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terça-feira, 29 de maio de 2012

Apresentador de TV denuncia iogurtes contaminados e some

Zhao Pu
Zhao Pu
O apresentador da TV nacional chinesa, Zhao Pu, desapareceu após alertar sobre um escândalo de iogurtes adulterados. A denúncia partiu da organização Repórteres Sem fronteiras (RSF) e foi publicada no jornal “El Mundo”, de Madri.

Apresentador habitual de programas vespertinos no canal estatal CCTV, Zhao, 40, escreveu no seu microblog, em 9 de abril, uma mensagem alertando para a gelatina tóxica presente em iogurtes e outros alimentos.

Foi o último dia em que foi visto nas telas. A CCTV nada informa sobre sua desaparição. Segundo a RSF, ele pode ter sumido por “pedido do governo que, como em anteriores escândalos alimentares, quer suprimir qualquer comentário sobre uma questão muito sensível”.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Filmes revelam horrores do genocídio praticado pelo socialismo chinês

Campanha contra os direitistas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O cineasta chinês Wang Bing rodou dois filmes sobre os capítulos mais sinistros da revolução socialista chinesa, noticiou o site Slate.

O primeiro deles foi a campanha de 1957 contra os “direitistas”, verdadeiro episódio de repressão em massa.

Centenas de milhares de chineses foram deportados para campos de concentração.

Foi montado assim um goulag, semelhante aos da Rússia, no deserto de Gobi, onde os prisioneiros morriam como moscas, de frio, esgotamento e maus tratos.

O "Grande Salto Adiante": massacre gigante
Ordenada pelo Partido Comunista, a campanha foi o ponto de partida do “Grande Salto Adiante” (1958-1960) ou industrialização, da marcha forçada e do confisco de terras, gerando espantosa fome que matou entre 20 e 30 milhões de pessoas.

Os dois filmes longa metragem de Wang Bing – Fengming, crônica de uma mulher chinesa e A Fossa – são de tipo histórico e rompem o silêncio de mais de meio século mantido na China e no Ocidente sobre esses genocídios.

Segundo Slate, os campos de concentração chineses dos anos 50 são um tabu “infinitamente mais absoluto” que as tragédias da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung.

Até hoje está rigorosamente proibido falar do “Movimento contra os direitistas” e do “Grande Salto Adiante”, ligados à fome mais devastadora do século XX.

O “Grande Salto Adiante” ficara descrito em termos idílicos, mas não menos falsos, pelas esquerdas progressistas do Ocidente.

Os excessos chocantes da Revolução Cultural foram condenados até pelos dirigentes que sucederam a Mao.

Mas tanto eles quanto seus colegas ideológicos ocidentais não querem reconhecer esses morticínios em massa, oferecidos no altar da construção de uma sociedade igualitária em curto prazo.

Os filmes de Wang Bing rompem esse silêncio criminoso.

O cineasta se inspirou no livro O Cântico dos mártires nos campos da morte da China de Mao, de Yang Xian-hui, que recolhe testemunhos de sobreviventes do campo de Jabiangou, província de Gansu, um dos mais mortíferos.

Cena de "A Fossa"
Cena de "A Fossa"
Wang Bing empreendeu em 2004 um imenso trabalho de pesquisa: “Recolhi dezenas de testemunhos de pessoas ligadas a esta história. De sobreviventes, mas também de guardas ou de famílias de deportados”.

Carregando sua câmera, ele imergiu literalmente no inferno de Jiabangou, varrido pelos ventos gélidos do deserto de Gobi, nas valas cavadas na terra onde viviam e morriam os prisioneiros, vigiados por guardas quase tão maltratados quanto suas vítimas.

Absurda crueldade de um regime que determinou imolar friamente parte do povo que não vivia ou não pensava como ele.

A morte onipresente – acompanhada da impossibilidade sequer de tratar corretamente dos mortos – nunca será objeto de uma Comissão da Verdade nem de seus “companheiros de viagem” e propagandistas do Ocidente.