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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A lição da Coreia do Norte executando “traidores” e “inimigos do socialismo”

Jang Song Thaek preso de modo humilhante em sessão do Partido Comunista
Jang Song Thaek preso de modo humilhante
em sessão do Partido Comunista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Kim Jong-um, o ditador comunista da Coreia do Norte, ordenou a execução de seu tio e antigo tutor, Jang Song-thaek.

A supressão repentina do tio do ditador aconteceu nas condições mais humilhantes.

Ele foi preso durante a reunião do Partido Comunista, na presença de todo o plenário de dirigentes, e julgado sumariamente.

Do tribunal militar de condenação ele foi arrastado diretamente para a execução de forma degradante.

Jang Song-thaek foi vice-presidente da Comissão de Defesa Nacional, órgão de decisão mais poderoso do país, explicou o jornal “Libération” de Paris,

Nunca se saberá exatamente a causa do homicídio do dirigente. A agência oficial KCNA o acusou de “traidor”.

Como é costume, os insultos e acusações misturam-se arbitrariamente na ata de morte:

“O acusado é um traidor da nação, tem perpetrado atos facciosos e contrarrevolucionários contra o partido, visando derrubar a direção de nosso partido, do Estado e do sistema socialista”, disse a KCNA.

A mesma agência reproduz uma “confissão” do morto, cuja autenticidade é mais do que duvidosa, pois provavelmente foi forjada pelo tribunal que o condenou.

“Ele revelou sua verdadeira imagem de traidor de todos os tempos”, acrescentou a agência. A KCNA especificou alguns dos piores “crimes” do executado: aplausos insuficientemente vigorosos nas reuniões políticas, impedir a instalação numa fábrica de um mosaico criado especialmente para glorificar o ditador supremo marxista!!!

Jang Song Thaek levado de modo vexatório do tribunal à execução
Jang Song Thaek levado de modo vexatório do tribunal à execução
Alguns dos colaboradores de Jang Song-thaek teriam sido executados com ele. Na Coreia do Norte parentes e amigos próximos sofrem a mesma pena que o acusado. Teme-se também pela sorte de sua mulher.

Mas tudo aconteceu entre densas brumas, devido ao secretismo que envolve a ditadura.

Os analistas estrangeiros apenas acenam com alguma certeza para a hipótese de que a morte foi determinada pela inveja e paranoia do ditador, obsedado por temores de golpes e tentativas de assassinato, como ocorre, aliás, com inúmeros ditadores com a consciência em desordem.

Segundo Abraham Denmark, especialista do Escritório Nacional de Pesquisa Asiática, baseado nos EUA, “outra interpretação é que o ditador Jong-um já não tinha necessidade dele e não queria ninguém que partilhasse seu poder”.

Mas o especialista reconheceu que “não se podem fazer senão suposições, dada a natureza do regime”.

O crime e o mistério tenebroso somados traduzem o lado sinistro e, em certo sentido, satânico do comunismo.


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