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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Xi Jinping prega nova “Longa Marcha”
para suprimir facções internas

Xi Jinping deposita flores no monumento do fim da Longa Marcha de Mao.
Xi Jinping deposita flores no monumento do fim da Longa Marcha de Mao.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



O secretário-geral do Partido Comunista e presidente da China, Xi Jinping, depositou uma coroa de flores no monumento comemorativo do fim da “Longa Marcha”, que consagrou a implantação da ditadura de Mao Tsé-Tung, noticiou “AsiaNews”. 

Xi Jinping foi até Jiangtaibao, Ningxia, onde convocou os compatriotas a “empreenderem uma nova Longa Marcha” para realizar o “sonho chinês”, por ocasião da comemoração do centenário da fundação do Partido Comunista (1921-2021) e dos 100 anos da criação da República Popular (1949-2049).

Realizada em 18 de julho, a visita revestiu-se do habitual valor supersticioso de uma romaria às fontes do Partido Comunista e visou exaltar a figura do próprio Xi enquanto herdeiro da tradição comunista de Mao.

A “Longa Marcha” (1934-35) tem um valor mitológico: foi empreendida pelo Exército Vermelho que fugia das tropas nacionalistas de Chiang Kai-Chek.



A manobra consolidou o poder de Mao Tsé-Tung sobre todos os comandantes comunistas pela eliminação das facções que não se lhe submeteram.

O gesto de Xi aconteceu em desolador desinteresse popular, sinal do vazio em volta do regime
O gesto de Xi aconteceu em desolador desinteresse popular, sinal do vazio em volta do regime
A visita teve um sentido análogo: aconteceu na véspera do encontro dos líderes do Partido em Beidaihe, Hebei. Xi Jinping se julga cada vez mais abalado e quer esmagar as facções partidárias, como outrora fez Mao.

Ele pensa lançar novas estratégias e planos para o Partido, dessangrado de militantes, desanimado ideologicamente, enfrentando motins operários em ambiente de crise econômica e humilhado pelo crescimento da religião.

A nova “Longa Marcha” poderá se traduzir em expurgos, eliminação de dissidentes e reforço da ditadura que se sente cada vez mais isolada em seu país.


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