
Os dados são oficiais da Secretaria para o turismo. A queda deu-se apesar do corte no preço dos quartos e serviços.
A queda foi atribuída às dificuldades postas pelo regime policialesco à entrada de estrangeiros, alegando “motivos de segurança interna”, explicou AsiaNews.
Por sua vez, o diário “The Sunday Times” de Londres noticiou que milhares de camponeses chineses foram jogados na miséria porque água indispensável à agricultura foi desviada para garantir as necessidades dos Jogos Olímpicos.

A apenas 90 minutos ao sul de Pequim de trem, reportou “The Sunday Times”, descobria-se uma outra realidade.
Não era a olímpica falácia festiva da capital comunista: terras secas, plantações em agonia, camponeses beirando o desespero, endividados, e em certos casos se suicidando.
Entre as duas Chinas ‒ a da tapeação ideológica e a da realidade ‒ erguia-se um cordão sanitário de tijolos e de centenas de agentes de segurança encarregados de que ninguém visse o que estava acontecendo.
A realidade parecia pesadelo orwelliano. A planificação central socia-lista avisou com precedência que não haveria água em Pequim para os Jogos. Decretos foram abaixados para em “cem dias de luta” construir mais de 300 quilômetros de canais e dutos até a capital.

O nível das águas subterrâneas ficou inatingível, as plantações morreram, os campos foram abandonados e as casas camponesas ficaram desertas.
Perto de 31.000 habitantes da região de Baoding queixaram-se de terem perdido casas e terras.
A mídia oficial, entrementes, anunciava que a popu-lação exultava de regozijo por fazer um sacrifício em aras do bem nacional.
O jornalista do “The Sunday Times” viu canais de concreto vazios ou com poças de água de chuva, ou simplesmente inacabados, e reservatórios en-tupidos de lama ou pedregulho. A poeira obscurecia o horizonte.

Outro recurso oficial para solucionar o problema da água foi banir legiões de operários da capital.
No interior, a ditadura recorreu à repressão dos infelizes.
Controles nas estradas impediam a migração para as cidades, sobre tudo para Pequim. Os taxis só podiam levar passageiros “inusuais” com permissão exclusiva da polícia.

Nos controles, cartazes ofereciam um prêmio de R$25.000 para aqueles que delatassem “informações especiais Olímpicas” ao esquema de repressão.
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