segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pequim: fachada cinematográfica, âmago de miséria e servidão

Aeroporto de Pequim, pesadelo chines
Atletas, jornalistas e turistas verão cinematográficos estádios e arranjos nas avenidas, aliás muito contestados estética e praticamente, e de uma qualidade de papelão e plástico chinfrim.

Só se prestarem atenção ‒ é bom não perguntarem de mais ‒ perceberão o muro que esconde a parte pobre de Pequim que a ditadura socialista não conseguiu arrasar em tempo para as Olimpíadas.

Por trás do muro as pessoas não ousam declinar seu nome e ouvem com terror qualquer crítica ao governo feita na sua presença. Os espiões estão na escuta.

Durmindo na rua, Pequim. Pesadelo chinesO muro já foi chamado de “segunda muralha da China” e foi levantado em tempo recorde de três horas. Ritmo de escravo trabalhando sob chibata.

O muro fica próximo da Praça da Paz Celestial, onde o povo que pedia liberdade foi esmagado pelos tanques em 1989.

As moradias são minúsculas e paupérrimas. Os banheiros são externos e coletivos. Há entulho por toda parte.

Expulsos da casa, Pequim. Pesadelo chines.As estatísticas oficiais falam que entre 1991 e 2003, o regime demoliu perto de 550 mil casas que abrigavam 1,5 milhão de pessoas.

O processo acelerou-se vertiginosamente na perspectiva dos Jogos.
E os habitantes? Ora, os habitantes... foram oficialmente enviados “para locais melhores”.


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