terça-feira, 21 de junho de 2016

Ditos de Trump atemorizam países libres
e regozijam ditaduras marxistas

Para bálticos, Trump é um amigo encapuzado de Putin.
Para bálticos, Trump é um amigo encapuzado de Putin.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



Num grafite gigante sobre o muro de um fast-food de Vilnius, capital e mais populosa cidade da Lituânia, apareceu toda a preocupação que suscita no país a eventualidade de o candidato populista Donald Trump assumir a presidência dos EUA.

Na perspectiva dos Países Bálticos, Trump vem agindo como um amigo e êmulo do agressivo dono do Kremlin Vladimir Putin.

A imagem é repugnante e claramente inspirada numa famosa foto em que o ditador soviético Leonid Breznev aparece beijando a boca do chefe comunista da Alemanha Oriental Erick Honecker, noticiou a agência AFP.

A simpatia que o pré-candidato republicano manifesta pelo dono do Kremlin não parece ser apenas eleitoreira, mas resulta de uma afinidade de modos de ser e de governo, além de um fundo populista que está sendo recusado na América do Sul, mas reina de látego na mão na imensa Rússia.

“Temos a impressão de estarmos engajados numa nova guerra fria e os EUA poderiam vir a ter um presidente que corteja a Rússia”, disse à AFP o proprietário do fast-food em cujo muro está o grafite, Dominykas Ceckauskas.

“Vemos as semelhanças entre os dois ‘heróis’”, acrescentou ironicamente. “Ambos têm um ego inchado ao extremo e é preocupante ver que eles se dão tão bem”.



Os lituanos, da mesma maneira que as outros povos bálticos vizinhos, estão preocupados pelas posições críticas de Trump à NATO. A Aliança Atlântica é para eles a garantia de sobrevivência face ao gigante agressivo que procura recompor o império despótico da ex-URSS.

“Trump disse publicamente que Putin é um líder forte e que a NATO está obsoleta e gera muita despesa”, apontou o Prof. Kestutis Girnius, do Instituto de Relações Internacionais e de Ciências Políticas de Vilnius.

“O grafite reflete o medo dos lituanos de que Trump venha fazer salamaleques a Putin e negligencie suas obrigações de garantir a segurança dos países bálticos”, explicou.

Para os lituanos, a afinidade entre as duas figuras se reflete até na duplicidade típica de populistas dispostos a trombetear qualquer propósito, com ou sem sinceridade, para seduzir o povo.

Confirmando as simpatias por Trump que emergem das últimas ditaduras comunistas escancaradas ou encapuzadas, o DPRK Today, jornal oficial da Coreia do Norte, comemorou entre despautérios contra os EUA, o capitalismo e o Ocidente, uma eventual vitória do populista, segundo informou o jornal “The Washington Times”. 

Ditadura norte-coreana comemora anúncios de Trump
Ditadura norte-coreana comemora anúncios de Trump.
O porta-voz da ditadura marxista mais radical do mundo não hesitou em lhe conceder o título de “político sábio”. Porque em seus ditos inflamados “há muitas coisas positivas”, como o fato de que ele não se engajará pela Coreia do Sul caso estoure uma guerra, a qual só poderá começar por iniciativa da comunista Coreia do Norte.

Trump também disse que gostaria de se encontrar com o tirano norte-coreano Kim Jong Um, enquanto explicava que, se depender dele (Trump), a Coreia do Sul terá que se arranjar para garantir sua defesa atômica.

Em Seul, o jornal “JoongAng Ilbo”, um dos maiores do país, qualificou de “míopes” as ideias do candidato que abre as portas ao agressor marxista.

Trump adiantou que se for eleito retirará tropas americanas da Coreia do Sul. Um cenário que os países bálticos temem em relação à Rússia.

Pyongyang se regozijou com a proposta e um editorial do jornal do governo lhe respondeu: “Sim, faça-o, e logo”, acrescentado que esta frase substituirá o velho slogan comunista “Yankee, Go Home”.


3 comentários:

  1. Olá!
    Gostei do artigo, o achei muito pertinente, e é exatamente o que eu penso. Li muita coisa sobre as artimanhas do Kremlin na política europeia dos países democráticos. Sua influência em países fracos dos Bálcãs e de todo o leste, nos quais tentam pôr influência. Como já fizera com Montenegro, agitando capachos para se manifestarem contra a adesão do país à OTAN. Também tive ciência da sua influência ainda ativa na Geórgia, mesmo após a invasão, tentando dissuadir os georgianos de que juntar-se à União Europeia é perca de tempo, e um risco – como se sujeitar a ele fosse uma benesse. No tocante ao Trump, também o acho inadequado como presidente, tanto pelo populismo, quanto pela insensatez e inconsequência. Penso nele como um charlatão oportunista, e acredito que à direita americana está toda cega, ou alienada, ou má intencionada.
    Teve alguns colunistas do WND (World Net Daily) falando em deixar a Rússia em paz na Criméia, em Ossétia e nos Bálticos assim como em qualquer outro lugar que os russos queiram “libertar” [invadir]. Sua fala em que os países adquiram armas nucleares para resolverem seus problemas com a Coreia do Norte belicamente é um absurdo total. Fico feliz de poder ler um artigo de qualidade, contrariando as falas dúbias dos seguidores cegos da direita norte-americana, que nesse quesito, tem errado feio, e vão passar vergonha nos próximos anos.

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  2. O washingtonpost é um jornal claramente partidário do establishment americano, o Trump não é o melhor candidato, mas é única alternativa para enfrentar a Hillary Clinton, além do que, qual foi o candidato mais pró-comunista da história americana? Bill Clinton. Quem abriu a porteira para China comunista para o século 21 foi o Bill Clinton. Se o Trump pode ser o candidato preferido do Vladimir Putin e do Kim Jong, com absoluta certeza que a candidata deseja e sonhada pela China Comunista, pela Coréia do Norte e pelos Radicais Islâmicos é a Hillary Clinton. É só estudar a biografia da Hillary, uma ministra que faz o que ela fez em Benghazi diz tudo o que ela fará no governo: https://www.amazon.com/REAL-Benghazi-Story-White-Hillary/dp/1936488868/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1466796438&sr=1-1

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  3. Não acredito que o Trump seja o presidente ideal, porem, é o único disponível no momento para parar os "liberais americanos". Embora demonstre certa simpatia pelo Putin, ele não é um tolo e certamente não colocará os Estados Unidos de joelhos. Coisa que a Hillary, fará dando continuidade ao legado Obama. Seu passado não é de submissão ou subserviência. A América é o último bastião de defesa da civilização cristã, e precisa de um homem forte no poder. O resto é brincadeira. Ou alguem deseja ver os americamnos feminilizados e sem personalidade da mesma forma que o homem europeu está se transformando? Imigrantes legais dentro de uma regra clara e rígida, é uma coisa, Cavalo de Trioa é outra.

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