Termoelétricas queimam mais carvão que todas suas equivalentes no resto do mundo |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
As emissões de dióxido de carbono da China (CO2) completaram mais um ano em alta e o país pode ter alcançado seu pico de emissão em 2023, sete anos antes do ano projetado, mostrou relatório do geógrafo finlandês Lauri Myllyvirta de repercussão nacional e internacional, segundo já noticiou a “Folha de S.Paulo”.
Myllyvirta é fundador do Centro de Investigação em Energia e Ar Limpo de Helsinque e especialista em China do think tank nova-iorquino Asia Policy.
Há quatro anos o ditador Xi Jinping trombeteou na Assembleia Geral da ONU que: “Nosso objetivo é alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060”.
Foi mais um gigantesco blefe engolido entusiasticamente pela diplomacia e pela mídia ocidental.
O geógrafo só constatou em 2021 que “Pequim havia atingido o pico em 2012”, pela manutenção das políticas de aumento de usinas de carvão.
“Precisamos deixar de aprovar novas centrais a carvão, deixar de construí-las”, disse ele.
Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas |
O sinal dado foi aplaudido até por Myllyvirta como “bastante positivo”, embora a China nunca cumpra suas belas agendas.
Essas são mais concebidas em função da propaganda e da desmoralização das economias ocidentais.
Alguma diminuição da queima de carvão pode ser registrada por caausa da decadência da produção industrial e da menor atividade na construção civil, dos últimos anos.
Mas o geólogo encerra o relatório com “um grande ponto de interrogação”, sobre o que pode acontecer porque há “visões amplamente divergentes” sobre o que a China fará visto seu longo histórico de falsos testemunhos.
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