quarta-feira, 30 de julho de 2025

Torturas psiquiátricas para os dissidentes

Jie Lijian contou as torturas padecidas c
Jie Lijian contou as torturas padecidas c

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Dezenas de chineses críticos do governo socialista são internados em hospitais psiquiátricos, onde recebem antipsicóticos e tratamentos elétricos como repressão sem passar por tribunais.

O estudante Zhang Junjies foi denunciado à polícia e internado num “centro de testes de COVID” e diagnosticado de “doença mental muito grave” que causa “opiniões sobre o partido e o governo”.

Ficou 12 dias amarrado numa cama com uma medicação lhe fazia “sentir como seu cérebro embagunçado”, até fugir para a Nova Zelândia.

Esse abuso é proibido pela Lei de Saúde Mental do país mas seu uso aumenta em continuidade.

O advogado Huang Xuetao, que ajudou a redigir a lei, reconheceu ao BBC World Service que há muitos casos.

O ativista Jie Lijian que participou de um protesto por melhores salários na fábrica e polícia o internou num hospital psiquiátrico onde lhe injetaram medicamentos que afetaram seu pensamento crítico.

Como ele se recusou a seguir recebendo-os foi encaminhado para terapia eletroconvulsiva (TEC), com descargas de correntes elétricas pelo cérebro que lhe faziam doer desde a cabeça até os pés.

“Desmaiei várias vezes. Senti como se estivesse morrendo”, disse. Ele fugiu para Los Angeles e procura asilo nos EUA.

A BBC comunicou os resultados da investigação à embaixada chinesa no Reino Unido, a qual reconheceu que o Partido Comunista Chinês precisa “aprimorar os mecanismos” da lei, sem inspirar esperança alguma às vítimas.


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