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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

China bate recordes de intoxicação pelo quarto ano consecutivo

Termoelétricas queimam mais carvão que todas suas equivalentes no resto do mundo
Termoelétricas queimam mais carvão
que todas suas equivalentes no resto do mundo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







As emissões de dióxido de carbono da China (CO2) completaram mais um ano em alta e o país pode ter alcançado seu pico de emissão em 2023, sete anos antes do ano projetado, mostrou relatório do geógrafo finlandês Lauri Myllyvirta de repercussão nacional e internacional, segundo já noticiou a “Folha de S.Paulo”. 

Myllyvirta é fundador do Centro de Investigação em Energia e Ar Limpo de Helsinque e especialista em China do think tank nova-iorquino Asia Policy.

Há quatro anos o ditador Xi Jinping trombeteou na Assembleia Geral da ONU que: “Nosso objetivo é alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060”.

Foi mais um gigantesco blefe engolido entusiasticamente pela diplomacia e pela mídia ocidental.

O geógrafo só constatou em 2021 que “Pequim havia atingido o pico em 2012”, pela manutenção das políticas de aumento de usinas de carvão.

“Precisamos deixar de aprovar novas centrais a carvão, deixar de construí-las”, disse ele.

Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas
Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas
O ministério chinês para redução de emissões neste ano e no próximo reafirma, contra os fatos, que a China está fazendo tudo para acabar com uma situação que, do ponto de vista ecologista, e simplesmente humanitário, é desastroso.

O sinal dado foi aplaudido até por Myllyvirta como “bastante positivo”, embora a China nunca cumpra suas belas agendas.

Essas são mais concebidas em função da propaganda e da desmoralização das economias ocidentais.

Alguma diminuição da queima de carvão pode ser registrada por caausa da decadência da produção industrial e da menor atividade na construção civil, dos últimos anos.

Mas o geólogo encerra o relatório com “um grande ponto de interrogação”, sobre o que pode acontecer porque há “visões amplamente divergentes” sobre o que a China fará visto seu longo histórico de falsos testemunhos.