O Television Cultural Center (TVCC), uma das “maravilhas” com que Pequim pensou projetar no mundo uma imagem de uma “Nova China” super-potência, foi devorado parcialmente pelas chamas, como noticiou a grande imprensa.
O fogo destruiu completamente uma das torres que possui 34 andares. Ela deveria ter acolhido estudos de gravação, um teatro para 1.500 espectadores, cinemas digitais, sala de dança, instalações para eventos e um hotel cinco estrelas com 241 quartos.
A torre fica ao lado de mais outras duas estruturas inclinadas, singulares pela sua extravagância.
Elas se conectavam pela base e pelo topo, formando um conjunto que os populares qualificaram de “cueca de aço”. Algo muito pouco empolgante.
Os bombeiros não estavam equipados para uma catástrofe dessa magnitude. A polícia apareceu com muito atraso.
Imensas labaredas reduziram a cimento calcinado o prédio fruto de megalomania ideológica e que custou mais de 100 milhões de dólares.
As primeiras notícias e fotos devem-se a internautas.
A censura agiu logo. Mas, o regime reagia de modo atabalhoado e incerto.
Até que, vendo que a notícia do desastre se espalhava, produziu sua contra-informação.
Os comentários populares atribuíam o desastre a fogos de artifício. Então, a agência oficial de notícias Xinhua manipulou essa versão. Ela afasta as versões mais comprometedoras, que envolveriam a corrupta administração socialista, as manias de prazeres mirabolantes por parte da nomenklatura, a custas do erário público.
Depois, o regime teceu outra versão: os diretores da TV, responsáveis do prédio, teriam organizado de cabeça própria um festejo com fogos que, mal feito, transformou o arranha-céu numa tocha fabulosa. Os diretores até saíram a público pedindo perdão. 12 deles teriam ido para a prisão.
Custa se acreditar nas quantidades fabulosas de material para fogos que precisava ter nesse prédio para dar tal incêndio. Segundo o "Washington Post", mais de 80 pirotécnicos contratados estavam no arrana-céu na hora do descalabro.
A TVCC deveria ter iniciado as transmissões durante a Olimpíada, mas a desorganização impediu que o complexo estivesse pronto para o show de propaganda marxista.
O conjunto arquitetônico custou perto de 600 milhões de dólares.
A TVCC pretende ser uma rede que atinja o mundo todo. Ela quer imitar o esquema da BBC britânica.
As transmissões desde o complexo estariam controladas pela censura e serviriam aos intuitos ideológicos do Partido Comunista.
Os populares interpretam o incêndio como mau augúrio.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Incêndio mal-explicado devora um dos novos arranha-céus da TV em Pequim
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censura,
Olimpiadas,
TVCC
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