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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Soldados norte-coreanos vítimas da inanição

A desnutrición cresce entre os militares (foto tirada desde a fronteira chinesa)
A desnutrição cresce entre os militares (foto tirada desde a fronteira China)
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A ASIAPRESS continua a receber relatos de várias áreas da Coreia do Norte sobre um aumento dramático dos soldados famintos devido à redução do fornecimento de alimentos para bases militares.

A fonte desses relatórios são soldados reenviados para casa devido à desnutrição. A ASIAPRESS realizou uma pesquisa sobre as condições nas bases na parte norte do país em meados de setembro.

Os parceiros de reportagem se reuniram com soldados enviados para casa por desnutrição. Assim obteriam melhor controle sobre as realidades da fome dentro das forças armadas.

Um parceiro de reportagem (“A”) na província de Yanggang disse à ASIAPRESS :

“Houve um aumento de soldados que voltaram para casa devido à desnutrição. ... um jovem soldado que voltou depois de um período em uma base em Wonsan, província de Kangwon, disse que comia duas refeições por dia na base, e em dias sem almoços, as autoridades pularam o treinamento da tarde e fizeram os soldados tirarem cochilos.


Outro parceiro de reportagem (“B”) na província de Hamgyung do Norte, conversou com um soldado que disse à ASIAPRESS :

“Há três jovens que sofrem de desnutrição que receberam alta por razões médicas em minha unidade de vigilância. Provavelmente há mais voltando para casa para não ser desonrosamente dispensado.

Soldados clinicamente inaptos para continuar o serviço militar devido a doenças, ferimentos ou desnutrição são liberados sob um sistema chamado “gamjongjaedae”.


“B” disse à ASIAPRESS mais sobre o que ele ouviu do soldado:

“O jovem com quem falei passou um ano e meio em uma base em Jajupo, província de Hwanghae do Norte, e recentemente voltou para casa por razões médicas.

“As refeições da base eram apenas sal e milho, nem mesmo totalizando 400 gramas por dia.

“Ele me disse que ‘havia três refeições por dia, mas elas equivaliam a apenas uma refeição dividida em três refeições’.

O soldado também disse que houve um aumento tão grande de soldados famélicos que ninguém poderia ser enviado para trabalhar em fazendas durante o verão.


Outro parceiro de reportagem na província de Yanggang (“C”) disse à ASIAPRESS o seguinte:

“Os soldados não podem voltar para casa só porque precisam de tratamento médico para uma doença. A maioria dos jovens que retornaram recebeu alta temporariamente por razões médicas.

“Pais com algum dinheiro subornam os hospitais para obter um documento que confirme que seus filhos precisam ser tratados em hospitais.

“Os hospitais então informam as bases militares de onde os soldados vieram”.


Por que os soldados estão famintos durante a época de colheita?

Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Soldados desnutridos na Coreia do Norte não é um problema novo.

Muitos desertores que serviram nas forças armadas testemunharam sobre a falta de suprimentos de alimentos em bases militares desde o início dos anos 90.

Existem três grandes fontes de alimento fornecidas aos militares norte-coreanos.

1. Algumas das colheitas de fazendas coletivas são enviadas para bases militares. Este alimento é chamado de “arroz militar”.
 
2. Alimentos importados do exterior.
 
3. Milho e legumes cultivados por soldados em campos perto de bases militares. Esses campos são chamados de “buopji”.

 
Na primavera deste ano, o regime de Kim Jong-un ordenou que todos os “buopjis” militares fossem combinados com os campos administrados por fazendas coletivas, embora não esteja claro quantos dos campos agrícolas administrados por militares estão realmente sob gestão de fazendas coletivas.

A comida é adquirida sistematicamente pelo governo. Mas esse, no entanto, não consegue o suficiente para alimentar os soldados, o que levou a níveis crônicos de desnutrição nas forças armadas.

A partir de abril de 2024, o governo norte-coreano não conseguiu adquirir arroz branco e milho suficientes para as lojas de alimentos estatais, por isso tirou das lojas militares de alimentos para resolver rapidamente o problema.

O impacto de tudo isso é que os soldados estão sofrendo de fome, o que levou a um aumento nos crimes por eles cometidos.

A ASIAPRESS se comunica com parceiros de reportagem por meio de telefones celulares chineses contrabandeados para a Coreia do Norte.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Socialismo na Coreia do Norte: ainda que o preço seja miséria, fome e morte

Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Declarações de norte-coreanos demonstram cabalmente a falência provocada pela ideologia socialista. Em reportagem publicada pelo New York Times e reproduzida no Brasil pelo site iG em 11/06/20101, a jornalista norte-americana Sharon Veronica Lafraniere, que obteve na China entrevistas com oito deles, revela a miséria causada pela política da Coréia do Norte.

A idéia que delas se depreende é a determinação férrea do ditador e seus sequazes de manutenção do ideal socialista, ou seja, o estabelecimento da igualdade social e econômica a qualquer custo, ainda que o preço seja a miséria, a fome e a morte de seus infelizes habitantes.

Saliento trechos da reportagem da competente jornalista. Os subtítulos são nossos:

“Entrevistas feitas no mês passado com oito norte-coreanos que deixaram o país recentemente – um fugitivo da prisão, contrabandistas, pessoas em exílio temporário para trabalhar na China, a mulher de um oficial do Partido dos Trabalhadores em viagem – pintam um retrato assustador do desespero existente dentro da Coréia do Norte, uma nação de 24 milhões de pessoas, e do crescente ressentimento em relação ao seu errático líder, Kim Jong-il.”

“Eles e outros norte-coreanos falaram apenas sob condição de não revelar seus nomes em conversas em grande parte arranjadas por igrejas clandestinas operando na China logo depois da fronteira. Se fossem identificados como viajando ou trabalhando ilegalmente na China, eles poderiam ser deportados e presos, assim como seus parentes.”

Fome e desnutrição de crianças

“O Programa Alimentos para o Mundo da ONU diz que uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos é desnutrida.”

Ausência do emprego e suborno

A fim de poder se ausentar de suas funções para trabalhar como empreendedor informal, para não deixar sua família morrer de fome, um operário estatal declara ter “esquecido de receber salário” durante anos -eufemismo que lembra o nosso conhecido “jeitinho”- para evitar dizer à repórter o fato contundente de que subornava seu chefe.

Isolamento e propaganda obnubilante

Em outro trecho da reportagem, Sharon La Franiere menciona que “pelo menos dois dos entrevistados na China repetiram a propaganda oficial de que a Coreia do Norte é vítima de inimigos obstinados, sua pobreza uma trama armada pelo Ocidente e sua sobrevivência ameaçada pelos EUA, Coreia do Sul e Japão.

“A acusação feita pela Coreia do Sul de que a Coreia do Norte afundou um de seus navios de guerra, o Cheonan, em março, é apenas parte da trama, afirmou a esposa do oficial do partido.


“É por isso que temos armas para nos protegermos”, disse durante uma visita a parentes no norte da China – período no qual aproveitou para ganhar um dinheiro extra como garçonete. ‘Nossos inimigos estão nos atacando por todos os lados e é por isso que não temos eletricidade e uma boa infraestrutura. A Coreia do Norte deve manter suas portas fechadas’.”

O “expert” em propaganda o nazista Joseph Goebbels não poderia fazer melhor do que o clã Kim.

Perseguição à livre iniciativa e propriedade privada

“Em um comunicado de 2007 do Comitê Central, Kim Jong-il reclamou que os mercados haviam se transformado em ‘um berço de todo tipo de práticas não socialistas’.

A desvalorização da moeda em 30 de novembro os virou de cabeça para baixo. O Estado decretou que um novo e mais valioso won substituiria o velho won, mas que as famílias poderiam trocar apenas 100 mil wons, cerca de US$ 35 no índice do mercado negro, pelo novo. A medida eliminou as reservas privadas de dinheiro.


Pyongyang: plásticos para fechar janelas com fríos abaixo de zero.
“A desvalorização da moeda apenas aumentou o sofrimento. Seu objetivo era desviar os rendimentos da ampla economia clandestina norte-coreana – seus mercados de rua – para as empresas estatais sem dinheiro.

“Os mercados são a única fonte de renda de muitos norte-coreanos, mas eles são uma afronta ao credo do governo no socialismo econômico.

Teoricamente todos, com a exceção de menores, idosos e mães de crianças pequenas, trabalham para o Estado. Mas as empresas estatais estão definhando há 30 anos e os norte-coreanos fazem tudo o que podem para escapar do trabalho nelas.


“Os fazendeiros cuidam de seus próprios jardins enquanto ervas daninhas tomam conta de fazendas coletivas.

Trabalhadores urbanos evitam suas obrigações em empregos estatais para venderem de tudo, de metal retirado de fábricas desativadas a televisores contrabandeados da China.


“A mulher do oficial do partido, com o cabelo suavemente encaracolado, uma bolsa de marca pirata ao lado, vangloriou-se de sua casa de seis cômodos com duas televisões coloridas e um jardim.

Na sequência, elogiou a desvalorização monetária como uma punição merecida para aqueles que tentaram enganar o Estado, apesar de reconhecer que isso levou ao caos e lembrar que um oficial de alto escalão foi executado pela administração por mau gerenciamento dessa política.

“Muitas pessoas ruins enriqueceram por meio do comércio ilegal com a China, enquanto as pessoas boas nas empresas estatais não tinham dinheiro suficiente”, disse. “Assim, os que tinham perderam para os que não tinham.”

Não terão essa mesma determinação férrea os que propugnam implantar no Brasil a sonhada igualdade absoluta na esfera social, econômica, política e mesmo na profundidade do pensar, querer e agir?

Deporá a favor dessa observação o aparente recuo ensaiado pelo Ministro Vannuchi diante da firme oposição manifestadas por amplos setores da sociedade civil, militar e religiosa ao ditames do PNDH3?


Autor: Nilo Fujimoto, site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira


quarta-feira, 30 de março de 2022

Delírio comunista contra os pardais matou milhões de chineses pela fome e devastou a ecologia

O combate às 'quatro pestes' ficou como ato hilariante e totalitário que contribuiu à morte de fome de milhões de chineses
O combate às 'quatro pestes' ficou como ato hilariante e totalitário
que contribuiu à morte de fome de milhões de chineses
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Na China, crescem as polémicas sobre as políticas do fundador do comunismo fundado por Mao Tsé tung. A mais absurda é em torno da “guerra contra os pardais” entre 1958 e 1960).

Nessa “guerra”, Mao mandou as crianças matar os pardais porque, dizia, comiam as sementes e impediam a reforma agrária atingir suas irreais metas.

E foi só um capítulo da “campanha contra as quatro pragas”: pardais, moscas, mosquitos e camundongos.

Mao convocou os 600 milhões de chineses da época de todas as idades e exaltou as “virtudes revolucionárias” das crianças que deviam levar à escola “rabos de rato”, segundo testemunhas.

O Comitê Central presidido por Mao elaborou o documento “Decisão de continuar a campanha de combate às quatro pragas” em 29 de agosto de 1958.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Corrupção no exército da Coreia do Norte

Soldados devem executar tarefas incompatíveis para agradar os chefes
Soldados devem executar tarefas incompatíveis para agradar os chefes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O testemunho do jovem recruta Roh Chol Min destinado à zona desmilitarizada na fronteira com a Coreia do Sul descortinou uma realidade silenciada pela nossa grande mídia: a generalizada corrupção no exército da Coreia do Norte.

“The Wall Street Journal” publicou uma alentada reportagem a esse soldado de elite que fugiu nauseado pelas suas experiências nos quarteis comunistas.

As exibições militares da Coreia do Norte, considerado a ditadura mais dura, implacável e impenetrável do mundo, são calculadas para passar a imagem oposta: a de um povo disposto a qualquer delírio em aras de uma família de inumanos ditadores marxistas.

Porém o grau de robotização das massas de homens e mulheres uniformizados nas passeatas inclui forte teatralidade visando a propaganda.

O soldado Roh se mostrou apto para a tropa de elite, mas ficou chocado vendo colegas subornar os oficiais para se ausentar dos treinos e tarefas militares.

Então fugiu do país. Foi mais um, dos por volta de 33.000 norte-coreanos que escaparam do inferno comunista.

Segundo o “The Wall Street Journal” , o fluxo de deserções aumentou motivado pelas privações no exército, que paradoxalmente é mimado pelo ditador.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Canibalismo na China hoje, "liturgia amazônica" amanhã?

As cápsulas pegas pela polícia da Coréia do Sul em 2012
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A China deu a partida a uma série de notícias sobre repugnantes fatos de canibalismo, não apenas entre pagãos incultos, mas entre ocidentais ex-cristãos que se vem prolongando a través dos anos, como fatos ou às vezes boatos não desprovidos de fundamento.

De início, em 2012, a polícia da Coreia do Sul interceptou carregamentos de cápsulas com aparência de medicamentos, contendo carne humana seca.

Verossimilmente foi tirada de fetos no regime anti-vida do gigante socialista. Seu destino alegado era alimentar o mercado de afrodisíacos...

A China negou a denúncia, mas logo depois a polícia deteve Zhang Yongming, 56, na província de Yunnan, suspeito de ter assassinado e decepado 20 jovens.

Ele vendia depois os horrendos “cortes” como “carne de avestruz”, entregando os restos aos cachorros. As macabras revelações vieram à luz na imprensa de Hong-Kong.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Wukan: pescadores e populares resistem a cerco da polícia chinesa

Cansados de serem constantemente enganados pelas autoridades locais, os agricultores da vila costeira de Wukan, na província de Guangdong, sul da China, estão desde setembro em protesto contra o governo comunista da cidade.

A polícia isolou a vila de 20.000 habitantes, cortando o abastecimento de alimentos para quebrar a resistência popular pela fome. Porém, a morte de um manifestante sob custódia da polícia acirrou ainda mais os ânimos.

Em causa está a apropriação de terras agrícolas por funcionários socialistas, ação que se tem tornado recorrente na região, como há muito no resto do país comunista. Esta mesma situação é vivida por outros 50 milhões de camponeses, os quais perderam suas terras na última década, noticiou “Global Times”.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Livro “A Lápide” descreve a espantosa fome provocada pelo marxismo maoísta e é proibido


O jornalista Yang Jisheng (foto) acaba de publicar o livro “A Lápide”, de 1.100 páginas revelando como o socialismo chinês matou 36 milhões de pessoas com sucessivas reformas de estrutura e Revolução Cultural.

“Aos 18 anos de idade, eu só comia arroz. Não tinha outro vegetal, nem carne, nem óleo, só arroz o dia inteiro. Meu pai morreu de fome esse ano (...) o controle da informação na China era total.”

Yang estudou o caso 20 anos e se baseia em centenas de fontes e documentos oficiais. Conta casos de famílias que devoravam cadáveres de parentes e pais que mataram seus filhos para se alimentarem. E ainda muitos outros casos pavorosos.

“Rádios e jornais, todos do governo, diziam que o país caminhava para ser uma potência. Ninguém tinha coragem de criticar o governo, após temporadas de expurgos”, disse Yang.

Os populares eram impedidos de pedirem socorro. Os médicos não tinham coragem de falar a verdade e o pessoal morria de fome.

“A Lápide” está proibido na China, mas cópias driblam o bloqueio da censura comunista a través da internet.

Mais informação aqui e excertos parte inicial. (inglês)

Sei que o blog 'Pesadelo chinês' é reprimido na China, mas desejaria receber atualizações gratuitas, sem compromisso, no meu Email