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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Milagre econômico chinês deu em terremoto financeiro mundial

Projetos concebidos sem relação com a realidade
Projetos sem relação com a realidade presagiam terremoto financeiro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









O editor de economia da BBC, Robert Peston, vem investigando como a desaceleração econômica da China pode levar a uma 'terceira onda' da crise econômica que abalou o mundo em 2008, noticiou G1.

A cidade chinesa de Wuhan é um exemplo: cresceu mais do que qualquer outra cidade do país nas últimas três décadas.

Mas hoje é o símbolo que o “milagre” econômico chinês beira o fim com sério risco para os mercados mundiais.

O prefeito de Wuhan, Tang Liangzhi, gasta quase R$ 800 bilhões na tentativa de transformar a cidade – 10 milhões de habitantes – querendo construir uma megametrópole que dispute com Xangai o segundo lugar entre as cidades chinesas.

Gigante chinesa ameaça desabar e o mundo e o Brasil podem ser afetados



Em Wuhan se constroem centenas de edifícios residenciais, anéis viários, pontes, ferrovias, um sistema de metrô e um aeroporto internacional, entre outras coisas mastodônticas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Babéis vazias na China: maus presságios econômicos

Kangbashi: não e filme fiction mas é mais uma cidade fantasma da China
Kangbashi: não e filme fiction mas é mais uma cidade fantasma da China
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









É uma cidade fantasma, mas não é um cenário de novela. Está despovoada, mas não é uma cidade como as da Antiguidade.

Kangbashi, na Mongólia Interior, norte da China, pode dar moradia a um milhão de habitantes, más nela só há 50.000 pessoas, noticiou “La Nación” de Buenos Aires.

É um cidade brilhante pela sua modernidade. Milagre da planificação socialista, ela possui largas avenidas, enormes prédios, parques impecáveis e gigantescos shoppings, além de um museu e uma pista de corrida de carros ‘novinha em folha’.

Só que não tem gente.

Kangbashi está no meio das estepes da Mongólia, a 23 km de Dongsheng, capital de Ordos, uma das 12 zonas da região. 

O problema foi a sua má planificação. Ela é até um símbolo do erro crasso de se pretender fazer uma urbanização planificada, nos moldes que os Planos Diretores esquerdistas no Brasil tentam a seu modo imitar.

O pesadelo começou assim: na região de Ordos foram descobertas jazidas de carvão, gás natural e “terras raras”. A partir dali começaram as elucubrações cerebrinas de uma futura metrópole invejável. A iniciativa privada foi banida de vez.

A abissal diferença entre o cálculo e o produto final não pode ser reconhecida, sob pena de crime contra a sabedoria dos dirigentes totalitários do PC.

Kangbashi: o asfalto já esta rachando mas os carros não passam
Kangbashi: o asfalto já esta rachando mas os carros não passam
Mais ainda, o responsável pelas relações públicas da cidade fantasma, Chai Jiliang, sublinhou no jornal oficial China Daily que o absurdo descompasso faz parte de um plano estratégico! Plano esse que ele obviamente não explicou, estratégia que nem sequer disse no que consiste.

Desde 2013 a China construiu por volta de 20 cidades e distritos fantasmas.

No passado, a criação por Deng Xiao Ping de “Zonas Econômicas Especiais” favoreceu a instalação de fábricas de empresas capitalistas privadas e a aparição de gigantescos centros urbanos exportadores e importadores.

Shenzhen e Pudong, em Xangai e Zhengdou, são exemplos.

Mas a bonança econômica internacional já não está para isso. Capitais e indústrias até estão saindo da China.

Mas o Partido precisava exibir resultados econômicos fulgurantes, inclusive em plena recessão planetária, para justificar a crescente projeção chinesa no mundo todo.

Então as cidades fantasmas encheram os números do PIB, obedecendo às dogmáticas indicações do poder central. Mas já não dá mais, como disse Gary Liu, diretor executivo do Instituto Internacional Lujiazui, ao jornal espanhol El País.

As vendas imobiliárias caíram mais de 10% entre janeiro e maio deste ano em 71 das 100 cidades acompanhadas pelo Sistema de Índice Imobiliário da China. Só em Pequim a queda foi de 34,8%.

Fiel a seu infalível dirigismo, o socialismo anunciou um “Novo Plano de Urbanização Nacional 2014-2020” que custará US$7 bilhões.

Kangbashi: a cidade que não nasceu mas já tem seu museu
Kangbashi: a cidade que não nasceu mas já tem seu museu
Imperturbável em face do naufrágio deste “Titanic” de dimensões continentais, o governo anunciou que a urbanização artificial prosseguirá, porque “é um poderoso motor para o crescimento econômico num ritmo sustentável”. O slogan soa lindo aos ouvidos ambientalistas, mas não por isso o plano de urbanização é menos insustentável.

Haverá, pois, mais cidades e distritos fantasmas. Nelas, os exíguos habitantes como os de Kangbashi usufruem de benefícios exclusivos como ônibus grátis (poderíamos enviar muitos desordeiros brasileiros para fazer experiência lá), impostos quase zero e serviços subsidiados.

Algum dia a verdade baterá à porta e o desastre ficará exposto a todos os ventos. E isso talvez aconteça antes mesmo de esses fantasmas de cimento terem sido completados. Como Babel há alguns milênios atrás...


quarta-feira, 30 de junho de 2021

Cidades fantasmas chinesas podem afundar economia mundial

Kangbashi: cidade habitada por fantasmas
Kangbashi: cidade habitada por fantasmas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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diversos blogs









Enormes cidades-fantasma povoam o horizonte chinês e ameaçam jogar por terra o castelo de baralho da planificação econômica marxista, segundo descrevera há anos a “Folha de S. Paulo”.

Milhares de prédios novos em cidades completas e novas em folha, mas desabitadas, existentes em várias regiões chinesas, sugerem que imensa bolha está em vias de fazer voar aos pedaços a economia mais desequilibrada do mundo.

A escala dos empreendimentos vazios impressiona os observadores estrangeiros.

Só em Chenggong, no sudoeste chinês, há, vazios, 100 mil apartamentos e uma vasta infraestrutura de universidades, escolas, bancos e até duas estações de trem inteiramente vazias. 

Taiyuan: seres humanos são raridade. Bolha pode explodir.
Taiyuan: seres humanos são raridade. Bolha pode explodir.
A mais famosa das cidades fantasmas é Ordos, na desértica Mongólia Interior: 300 mil apartamentos e uma vasta infraestrutura, mas a população, segundo cálculos oficiais, é de cerca de 30 mil pessoas.

O governo precisava de cifras vertiginosas de crescimento para projetar a imagem da China no mundo.

Os funcionários estatais imaginavam cidades completas – ai deles se não o fizessem – com os mais variados argumentos e o governo os financiava alimentando vertiginosamente a bolha financeira.

Taiyuan: porco do mato anda como em sua floresta.
Taiyuan: porco do mato anda como em sua floresta.
Em Tianjin – cidade portuária que fica a meia hora da capital em trem-bala – um novo bairro, chamado Yujiapu, com dezenas de prédios de escritório, cresce para servir a um polo de empresas financeiras.

Será concluído em 2019 e terá réplicas de edifícios de Manhattan, incluindo o Rockfeller Center.

O custo estimado é de R$ 63 bilhões. Ele acrescentará mais 9,5 milhões de metros quadrados de escritórios e ameaça virar mais uma cidade fantasma.

Taiyuan: polícia abateu porco do mato em caçada surrealista.
Taiyuan: polícia abateu porco do mato em caçada surrealista.
Em Hainan, ilha no sul do país, emerge a Phoenix Island, um arquipélago artificial que abrigará um resort e uma torre de 200 metros, apelidada de “Dubai da China”.

O empresário britânico Mark Kitto, radicado na China, prevê que a bolha estourará ou, numa hipótese mais remota, se desinchará lentamente, gerando instabilidade social.

Ao mesmo tempo há dezenas de milhões de chineses morando em condições miseráveis, muitos deles expulsos de seus casebres para liberar terreno para essas cidades-fantasma que não são para eles.

Ao se associar economicamente à China, o Ocidente está abraçando um colosso de papelão que na sua queda poderá arrastar o mundo ao mais fundo dos precipícios.

Imobiliário chinês: próxima causa de catástrofe econômica mundial?



Cidades fantasmas - A farsa do crescimento chinês




terça-feira, 5 de novembro de 2013

Socialismo induz desespero,
suicídios e revoltas de camponeses

Policiais em ação para confiscar casas e terras de camponeses em Zhuguosi
Policiais em ação para confiscar casas e terras de camponeses em Zhuguosi
Dirigindo numa movimentada estrada, Tang Huiqing mostrou o terreno onde ficava a oficina de sua irmã.

Quatro anos atrás, funcionários do governo informaram à irmã de Tang que Chengdu estava se expandindo em direção ao campo e que sua aldeia precisava ceder espaço à cidade, noticiou o “The New York Times”.

Agricultora que já havia passado pela transição para o trabalho industrial, a irmã de Tang construiu uma pequena oficina para trabalhar com o marido. Os funcionários a informaram de que a estrutura seria demolida.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Negócios da China “loucamente ruins”

China pode entrar numa crise da qual não conseguirá sair em uma década
China pode entrar numa crise da qual não conseguirá sair em uma década
Christopher Balding, professor na HSBC Business School da Universidade de Pequim, denunciou que mais de um trilhão de dólares contabilizados no PIB oficial chinês pura e simplesmente não existem.

Ele argumenta com dados convincentes: o PIB chinês está distorcido e cálculos prudentes apontam um número bem menor, noticiou “World Affairs”.

Balding se apoia no trabalho de Stephen Green, do Standard Chartered Bank, um dos primeiros a denunciar que a China superdimensiona o seu PIB ao manipular os dados da inflação, e que a economia chinesa só cresceu 5,5% no último ano e não 7,8% como reza a vulgata oficial.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Projeto imobiliário chinês cria cidade fantasma em Angola

Nova Cidade de Kilamba Kiaxi, Angola, é fracasso chinês
Nova Cidade de Kilamba Kiaxi, Angola, é fracasso socialista
A China desenvolveu um projeto residencial nos arredores de Luanda, capital de Angola, e acabou criando uma moderna cidade-fantasma.

O bairro de Nova Cidade de Kilamba devia receber 500 mil novos habitantes.

Os prédios já estão construídos, mas só se vê ruas desertas e apartamentos fechados.

Dos 2.800 apartamentos postos à venda há um ano, apenas 220 foram comprados.

Os preços são irreais, não existe financiamento, o plano foi concebido num gabinete fechado socialista desligado da realidade. Esta é uma das mazelas, e não das mais graves, do dirigismo totalitário marxista.