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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Barco chinês pego com toneladas ilegais de peixe no Atlántico Sul

O Tai An de 104 metros de eslora, retido no porto de Ushuaia.
O Tai An de 104 metros de eslora, retido no porto de Ushuaia.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Altos funcionários argentinos, ainda supérstites do anterior governo populista derrotado nas eleições, ativos no Ministério de Relações Exteriores e da província da Terra do Fogo tiveram que renunciar.

Eles são acusados de favorecimento da pesca ilegal de uma empresa chinesa cujo barco foi apreendido carregando toneladas de ‘merluza negra’ espécie de alto valor comercial protegida em todo o mundo.

Segundo o jornal portenho “Clarín” a apreensão também custou o cargo a um coordenador da Chancelaria envolvido no caso.

Trata-se de mais um episódio do prolongado e bilionário saque dos recursos pesqueiros do Atlântico Sul que vem acontecendo há muitos anos com a cumplicidade de políticos esquerdistas da região.

A mudança de tendência ideológica no governo da Argentina está repercutindo negativamente contra o conchavo ideológico da China com seus amigos sul-americanos.

O presidente Javier Milei recebeu em pessoa a um navio guarda-costas americano de alto mar que veio patrulhar os mares livres do Atlântico Sul.

O fato é que centenas de pesqueiros em sua imensa maioria chineses, apoiados por uma frota de buques fábricas e de logística, ficam no estrito limite das Zonas Econômicas Exclusivas (200 milhas náuticas da costa, ou 320 quilômetros).

E aguardam que os escassos guarda-costas argentinos que só podem exercer suas faculdades dentro de dita Zona, continuem seu patrulhamento, para ingressar em águas exclusivas e pescar ilegalmente.

Essa pesca ilegal, agravada pelo uso de métodos proibidos, acaba roubando em peixe o equivalente a bilhões de dólares.

Pesquero chinês pego pescando ilegalmente é escoltado por patrulheiro argentino
Pesqueiro chinês pego pescando ilegalmente é escoltado por patrulheiro argentino
Porém, Pequim não se satisfazia com esses furtos de ladrão de galinhas, e seduziu políticos de esquerda que outorgavam licenças de pesca descabidas.

Foi o caso atual de Julián Suárez, diretor nacional de Coordenação e Supervisão das Pescas desde 2020, nomeado pelo presidente peronista-esquerdista Alberto Fernández.

Trata-se de um militante confesso do grupo dito “La Cámpora”, criado pelo peronismo esquerdista para chefiar empresas e repartições públicas com flagrante corrupção a serviço das organizações de esquerda.

Suárez permanecia no posto exigindo que a Casa Rosada não revogasse as regras desenvolvidas pelo governo anterior.

Essas incluíam o registro da “empresa argentina” Prodesur S.A. que na realidade pertencia a capitais chineses e se dedicava à pesca ilegal e predatória, com base em portos argentinos.

O caso estourou quando o grande pesqueiro, um dos maiores da frota nacional, “Tain An” foi preso

O proprietário da Prodesur S.A é Liu Zhijiang, que se apresenta como requintado colecionador de arte que teria em seu acervo obras do pintor holandês Rembrandt, mas é um designado pelo governo marxista chinês.

O “Tain An” de 104 metros de comprimento foi denunciado e capturado por pesca ilegal de “merluza negra” e conduzido ao porto de Ushuaia com 163 toneladas do peixe em seus adegas sem as licenças correspondentes.

No mercado internacional a comercialização da carga ilegal descoberta pode chegar a custar 4 milhões de dólares.

A detenção do Tai-An cheio de exemplares juvenis de merluza negra em pesca predatória proibida.
A detenção do Tai-An cheio de exemplares juvenis de merluza negra em pesca predatória proibida.
Acresce que diferentes organizações ambientais, definem a atividade da empresa chinesa argentinizada como um “roubo de recursos naturais”, acrescentou “Clarín”.

Suspeita-se que tenha havido tráfico de influência e solicitações específicas para que o navio não fosse sancionado e pudesse comercializar sua carga.

A denúncia foi elaborada pelas empresas que detêm legalmente quotas desse peixe e visa o proprietário do “Tain An” e inclui um pedido de deportação do “assessor de pesca” do mesmo por atacar recursos naturais e não ter autorização.

O governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, havia solicitado uma quota extra de 300 toneladas de pesca para o navio chinês violando os critérios que definem dita quota para empresas e os períodos de tempo de pesca prejudicando aos pescadores argentinos.

O empresário chinês Liu Zhinjang, proprietário do navio, respondeu com escapatórias. Falou de uma “captura acidental” em “quantidades inesperadas”, sem olhar que pescavam também peixes muito juvenis, pesca essa proibida.

A 'cidade' de luzes é uma frota pesqueira chinesa flagrada desde avião
A 'cidade' de luzes é uma frota pesqueira chinesa no Atlántico Sul flagrada desde avião
“Eles sabiam que estavam causando um desastre e seguiram em frente”
, diz Lucía Castro, chefe da Organização Ambiental Sin Azul no Hay Verde, que quer áreas protegidas. Na Assembleia provincial o debate foi longe.

O maior temor é com a existência de empresas pesqueiras radicadas na Argentina que servem de fachada à China, que não respeitam os recursos pesqueiros violando as normas legais e de bom senso na pesca.

Em breve, quantos são os “Tai An” que andam fazendo estragos e roubando recursos no mar argentino?

A depredação desse mar vem acontecendo em conluio com políticos populistas violando as normas claras e precisas de modo surpreendente, notório e alarmante, segundo foi achado e fotografado nas adegas do “Tai An”, comentou “Clarín”.

O “Tai An” pelas faltas verificadas deveria pagar multa milionária, ter a mercadoria confiscada, ficar parado no porto por pelo menos sessenta dias e talvez perder a permissão de pescar. Mas, ali entra a política e os chineses proprietários acham que poderão voltar a pescar logo.


quarta-feira, 8 de março de 2023

Bases militares chinesas na Terra do Fogo?

China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
Luis Dufaur
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O governo esquerdista argentino prometeu impedir a instalação de uma base chinesa no sul da Argentina, argumentando questões de soberania.

Mas na prática avança na construção de um “porto polivalente” em Río Grande, Terra do Fogo, que tem por trás o China Shaanxi Chemical Industry Group, que promete instalar uma fábrica química e uma central elétrica no local.

A história é difícil de acreditar, disse o site bem informado “Infobae” porque a referida empresa chinesa delegou o serviço à HydroChina Corp, do governo socialista chinês que é representada na Argentina por Shuiping Tu, um burocrata do Partido Comunista Chinês.

“Sob a desculpa de um porto, o que a China busca na verdade é construir uma base naval com cais e acesso ao mar. Isso permitirá a Pequim uma porta de entrada para a Antártida. Também poderá monitorar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico e as comunicações em todo o hemisfério”, acrescentou “Infobae”.

Base espacial chinesa em Neuquén, Patagonia, onde os argentinos não podem entrar
Base espacial chinesa em Neuquén, Patagônia, onde os argentinos não podem entrar
O governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, é um entusiasta do desembarque chinês no sul e não incluiu o grande negócio nas contas oficiais. O Legislativo local deverá ratificar o acordo, informou o “El Diario del Fin del Mundo”.

A empresa chinesa de fachada se compromete a produzir 600.000 toneladas anuais de amônia sintética, 900.000 de ureia e 100.000 de glifosato.

Porém o que mais interessa à China comunista por trás da empresa de fachada é ter um porto próprio na região mais austral do planeta, porta de entrada para o Continente Branco.

O “plano comercial” promovido pelo governador esquerdista e pelo embaixador da Argentina em Pequim, Sabino Vaca Narvaja é suspeito também porque “fazer um porto na Terra do Fogo não é lucrativo.

“Não há volume, não há escala, nem há probabilidade de fazer um investimento que o justifique”, indicaram outras fontes reservadamente.

Outro especialista tirou todas as dúvidas: “os chineses nunca querem ganhar dinheiro. Eles sempre têm um objetivo político”.

O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén, disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén,
disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O embaixador da China em Buenos Aires, Zou Xiaoli, pressionou a Justiça local para remover os “obstáculos legais” que impediam o início do projeto.

O governador promete obter “as aprovações legais o mais rápido possível” e a empresa fachada China Shaanxi Chemical Industry Group, promete construir uma base para navios de até 20.000 toneladas.

Diz que com ela irá “incentivar as empresas chinesas a investir na Terra do Fogo”, prova de que não há movimento atual que justifique, e “implementar uma filosofia de proteção ambiental” que a China viola até em seu território.

A surpresa é maior porque já está em andamento a construção de um porto pelo setor privado com capital argentino.

O governador das esquerdas inventou uma estatal energética, a Terra Ignis Energía, com a intenção de envolver os chineses em projetos e negócios.

Na província é tida como um mais engendro da corrupção política.

A obsessão chinesa final é a Antártida, e para isso cogita mais uma instalação na cidade mais austral do mundo: Ushuaia.

A vantagem de Rio Grande, é que sendo pequena e afastada o regime comunista chinês poderia agir sem mito controle.

A China já recebeu de mão beijada um amplo espaço em Neuquén, onde construiu a Estação Espacial Distante localizada em Bajada del Agrio também na Patagônia.

China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
Só que apenas militares chineses podem entrar em suas instalações e ... para ver as estrelas! Diversas fontes na Argentina e nos EUA sempre suspeitaram que esse observatório espacial tem finalidades militares.

A “Infobae” enviou seu jornalista Andrés Klipphan a estudar o caso e achou graves irregularidades na entrada comunista em Terra do Fogo.

A China já tentou o mesmo projeto em 2010 mas foi abandonado totalmente porque a população se julgava enganada.

O jornalista Armando Cabral, ameaçado por investigar esse tipo de acordo entre Pequim e a corrupção na província, denunciou que a manobra se deve a que “é um lugar muito estratégico se tiveres em conta que estás no canal que une os dois oceanos”, além de ser um local muito pouco habitado.

A flota pesqueira clandestina
Outras iniciativas chinesas em período de governo esquerdista-nacionalista concluíram em escândalos judiciais e inconclusão das obras.

Por sua vez, uma base chinesa na Terra do Fogo preocupa no Brasil, escreveu “Mar sem fim”. A China já tentou o Uruguai para abrir uma base na América do Sul. Tendo fracassado procurou autoridades do Rio Grande (RS), também se frustrando. Agora se volta para a Argentina.

Marinha argentina captura mais um pesqueiro ilegal chinêsCom cobertura de silêncio da grande mídia, em 2021 os chineses foram recebidos pelo secretário do Meio Ambiente e infraestrutura do Rio Grande do Sul, teoricamente para melhorar a pesca.

Mais felizmente a manobra não foi em frente. Pois a China é a maior predadora dos mares do planeta. Depois de esgotar a pesca em sua Zona Econômica Exclusiva, foi depredar o litoral africano.

E o estrago feito, passou a depredar águas sul americanas especialmente as argentinas muito ricas em lulas dentadas (metade das capturas mundiais).

Essa depredação da frota ilegal chinesa já se fazia desde 2013! E, em 2016, um pesqueiro chinês suspeito abordado pela Armada argentina se afundou para não revelar o que estava fazendo.

Também a China invadiu e depredou os riquíssimos santuários marinhos das Galápagos (Equador) no Pacífico.

Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Agora segundo o site portenho pescare.com.ar um novo ataque da República Popular da China está visando nosso país. Não lhes basta a pesca ilegal. Agora eles buscam construir uma base naval em Ushuaia, (Terra do Fogo), abrindo uma “janela” para a Antártida”.

Segundo o site Intelligence Online da França, essa base permitiria à China controlar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Ushuaia fica às margens do Canal de Beagle, e seria um desastre para a América do Sul e a Antártica se os ‘chineses’ alcançarem seu intento.

Segundo o La Nación, a Rússia pretende ter num Polo Logístico Antártico coisa pouco compreensível porque já tem várias bases no continente antártico.

Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Com o pretexto “patriótico” de fortalecer a presença das Forças Armadas na Patagônia o Ministério da Defesa argentino promoveu instalações com magros equipamentos nacionais, mas visando a Grã-Bretanha.

O verdadeiro interesse das esquerdas argentinas está na parceria com a China e a Rússia, suscitando a preocupação nos EUA.

O Brasil ficará comprometido por esse desenvolvimento de potências expansionistas enquanto também aumenta a preocupação com a Amazônia Azul, altamente cobiçada no exterior, ameaça pouco acompanhada pela opinião nacional.


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Pesca mundial depredada pela China

Barcos pesqueros em Yangjiang, Guangdong
Barcos pesqueiros em Yangjiang, Guangdong
Luis Dufaur
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Após esgotar sem sabedoria os estoques de peixes em suas águas costeiras, a China se jogou a pescar em qualquer oceano.

Para isso, nas últimas duas décadas construiu a maior frota mundial de pesca em alto mar, com quase 3.000 embarcações, cuja presença predatória se faz sentir cada vez mais do Oceano Índico, no Pacífico Sul, das costas da África às da América do Sul, Brasil incluído, registrou longa e pormenorizada reportagem do “The New York Times”.

China não ouve protestos diplomáticos e legais, e essa frota também exerce atividades ilegais, invade águas territoriais de outros países, pratica abusos trabalhistas e captura espécies ameaçadas de extinção.

Em 2017, o Equador apreendeu o Fu Yuan Yu Leng 999, com uma carga ilícita de 6.620 tubarões, muito prezados na China. No verão de 2020, cerca de 300 pesqueiros chineses operavam perto das ilhas equatorianas de Galápagos, e eram responsáveis de quase 99% das capturas na área.

“Nosso mar não aguenta mais essa pressão”, disse Alberto Andrade, pescador de Galápagos. “Estão destruindo os estoques e tememos que no futuro não haja mais pesca”, acrescentou.

Hai Feng 718, barco receptador da pesa ilegal propriedade chinesa
Hai Feng 718, barco receptador da pesa ilegal propriedade chinesa
China encomendou embarcações como o Hai Feng 718, um cargueiro refrigerado construído no Japão em 1996, propriedade da estatal China National Fisheries Corporation.

É um navio-mãe que recolhe toneladas de pescado dos pesqueiros e transporta toda espécie de suprimentos para que navios menores não parem de colher.

Em um ano, desde junho de 2021, o Hai Feng 718 fez o transbordo de 70 embarcações chinesas de pesca menores. Após partir de Weihai, cidade portuária na província de Shandong, foi à zona econômica exclusiva do Equador nas Galápagos, prosseguiu para a costa do Peru, e carregado de peixes congelados, retornou à China.

Em dezembro rumou para o Oceano Índico, fez seu serviço ilegal na costa da Argentina, e voltou às Galápagos.

Entre 1990 e 20 de fevereiro 2022, os barcos chineses de pesca de lula em alto mar passou de seis para 528, e a captura anual de 5.000 toneladas para 278.000.

Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021
Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021
Em 2019, no Pacífico Sul a China era dona de quase todos os barcos de lula, peixe muito bem cotado nos mercados.

Embarcações menores desligam seus transponders para evitar a detecção e disfarçar capturas ilegais. Já existem sinais preocupantes de declínio dos estoques, que preludiam um mais amplo colapso da pescaria.

Na Argentina, uma liminar foi introduzida na mais alta corte do país, mas o governo nacionalista-socialista ideologicamente afim com Pequim, pouco faz para defender os direitos soberanos do país.

Pesqueiros piratas na Indonesia prefrem se afundar a serem pegos com cargas e instrumentos ilegais
Pesqueiros piratas na Indonésia preferem se afundar
a serem pegos com cargas e instrumentos ilegais
Os EUA se comprometeram a ajudar a combater as práticas de pesca ilegais da China, mas o governo populista de Buenos Aires não quis receber nos portos o guarda-costas de alto mar da Guarda Costeira dos EUA designado para a missão.

O consumo de peixe no mundo atingiu o recorde em 2019, mas as populações conhecidas da maioria das espécies de peixes continuam a diminuir, segundo relatório da FAO, órgão da ONU para a Agricultura e a Alimentação.

Após ter jogado na subnutrição a imensa população chinesa e matado a dezenas de milhões de pessoas pela fome da reforma agrária socialista e confiscatória, agora Pequim parece querer repetir a dose macabra pelos mares do mundo inteiro.

Algumas associações ambientalistas protestam, mas a China parece saber que de ali não vai sair nada sério.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Pesca pirata chinesa devasta os oceanos

Frota pesqueira de alto mar sai de Taizhou, para um ano de pesca em águas remotas
Frota pesqueira de alto mar sai de Taizhou, para um ano de pesca em águas remotas
Luis Dufaur
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Ficou no imaginário público o perfil do pirata perna-de pau com um periquito no ombro e um parche no olho, assaltando galeões no Caribe como nos filmes ou contos para crianças.

Acha-se que foram personagens do passado ou da literatura.

Os séculos passaram, tudo mudou e, pasmem, a pirataria ficou mais ativa e tecnificada do que nunca.

Hoje, no III milênio a pirataria é o pior flagelo de todas as atividades humanas que ocorrem no oceano.

A mais devastadora versão é a pesca ilegal não declarada e não regulamentada (IUU na abreviatura em inglês) que representa entre 20 e 50% da captura global mundial de peixes, escreveu “La Nación”.

Os novos piratas não têm “patente de corso”, salvo a de Pequim, e vão à procura de espécies protegidas, ou utilizam redes proibidas, provocando a queda vertical dos estoques marítimos pesqueiros.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Brasil recebe e Argentina recusa patrulheiro EUA contra a pesca ilegal chinesa

Patrulheiro EUA navegará vários meses no Atlântico Sul
Patrulheiro EUA USCGC Stone enviado ao Atlântico Sul
Luis Dufaur
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Os EUA ofereceram um navio guarda-costas de mais de 4.000 toneladas para patrulhar águas profundas no Atlântico Sul em cooperação com o Brasil, a Argentina, a Guiana e o Portugal, informou o “Clarín”.

Trata-se do navio patrulha USCGC Stone (Cortador da Guarda Costeira dos Estados Unidos) que chegou ao Rio de Janeiro em 18 de janeiro para exercícios conjuntos com a Marinha nacional.

Depois prossegue para o porto de Mar del Plata para uma recepção meramente protocolar posto que os exercícios combinados com o governo Macri foram suspensos pela atual administração esquerdista argentina.

Agora com Joseph Biden em Washington e Alberto Fernández na Casa Rosada, o ponteiro ideológico se inverteu para a esquerda no país vizinho.

A grande beneficiada no caso foi a China e os grandes prejudicados são os países sul-americanos que estão tendo seus recursos pesqueiros continua e ilegalmente depredados.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

China saqueia recursos pesqueiros sul-americanos

Pesqueiro ilegal chinês tenta fugir da guarda costeira argentina
Pesqueiro ilegal chinês tenta fugir da guarda costeira argentina
Luis Dufaur
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A América do Sul entrou nas redes das grandes frotas pesqueiras ilegais chinesas. Em 2020, uma delas com cerca de 300 barcos atravessou o Estreito de Magalhães e, posteriormente, ficou rondando as Galápagos, no oceano Pacífico.

O site defesa net da Marinha do Brasil difundiu análise em novembro 2020 com o título Pesca Ilegal na América do Sul: pontos de atenção e dilemas.

Enquanto que a agencia oficial alemã de informações Deutsche Welle (DW) publicou Aliança Sul-americana contra a pesca estrangeira ilegal no Pacífico.

Estas frotas majoritariamente chinesas, procuram litorais menos fiscalizados como os da África. Mas quando ficaram conhecidas e passaram a sofrer controles, vieram com mais frequência a depredar o Sul do Atlântico e do Pacífico, denuncia Marsemfim.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

China depreda a pesca mundial

Comandos sulcoreanos abordam pesqueiros chineses ilegais.
Comandos sul-coreanos abordam pesqueiros chineses ilegais.
Luis Dufaur
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O jornalista Ian Urbina do “The New York Times” acompanhou policiais marítimos da Gâmbia que em apenas uma semana prenderam 15 embarcações em plena pesca ilegal. Todas, exceto uma, vieram da China, segundo reproduziu o “Clarín” de Buenos Aires.

Meses depois partindo de Punta Arenas, Chile, os únicos navios que avistou foi uma dúzia de pesqueiros chineses tão enferrujados que mal pareciam em condições de navegar.

Num navio sul-coreano de pesca de lulas, em maio de 2019 viu quase duas dezenas de navios chineses entrando em águas norte-coreanas em flagrante violação das sanções das Nações Unidas.

Todos esses fazem parte da maior frota de barcos ilegais do mundo: 800 navios de arrasto chineses só no mar do Japão segundo a rede de TV NBC.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Pesqueiros fantasmas da Coreia do Norte
à deriva e cheios de esqueletos

Barco fantasma de pescadores da Coreia do Norte recuperado pela marinha japonesa.
Barco fantasma de pescadores da Coreia do Norte recuperado pela marinha japonesa.
Luis Dufaur
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No mais recente índice de pesca ilegal não declarada e não regulamentada (IUU), a China recebeu a pior pontuação entre 152 estados costeiros avaliados em todo o mundo, referiu “ChinaDialogueOcean”.

A China é, em muitos aspectos, a nação pesqueira mais importante do planeta, com uma frota de milhares de embarcações de pesca e transportadoras de peixes, operando em todas as principais bacias oceânicas.

Também é um dos três mais importantes mercados globais de frutos do mar, dos quais é o principal exportador e terceiro maior importador.

Com a pesca ilegal IUU a China rouba anualmente economias e sociedades de capturas no valor de bilhões de dólares.

Provoca imoralmente enormes impactos ambientais sobre os estoques de peixes, prejudicando a pesquisa científica e os esforços de gerenciamento da pesca.

No novo índice desenvolvido pela Poseidon Aquatic Resource Management (empresa de consultoria em pesca e aquicultura) e pela Global Initiative Against Transnational Organized Crime (rede de especialistas de ONGs com sede em Genebra, focada no crime em direitos humanos, democracia, governança e exploração de recursos naturais), a China se classifica como o pior desempenho global.

Sua vasta e frota de navios de pesca pratica infrações nos rincões mais distantes do mundo.

Como estado portuário, a China obtém a segunda pior pontuação porque seu grande número de portos de pesca não tem supervisão, nem ela assinou o Acordo de Medidas dos Estados do Porto, de 2009.

A China possui a pior pontuação, tanto na vulnerabilidade quanto na prevalência da pesca “pirata”.

terça-feira, 7 de maio de 2019

Frotas pesqueiras chinesas pilham os oceanos do planeta, incluindo costas brasileiras

Pesqueiros chineses no porto de Haiku
Luis Dufaur
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Pilhagem dos mares. A expressão pode parecer por demais forte, decididamente exagerada e cheia de preconceito.

Entretanto, ela foi lançada pelo cotidiano parisiense de tendência socialista Le Monde, próximo ideologicamente do regime de Pequim.

De fato, não há outra expressão para qualificar o gigantesco saqueio dos mares pelas frotas de pesqueiros chineses, segundo estudo internacional coordenado pelo renomeado biólogo Daniel Pauly, da Universidade de Columbia-Britânica.

O estudo colocou em números a fabulosa depredação de um recurso alimentar fundamental para o gênero humano, o qual está diminuído de modo preocupante pela descontrolada exploração ordenada pela ditadura de Pequim.