Mercado de sapatos fechado em Houjie, China |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Pequim assiste na corda bamba à migração das fábricas manufatureiras de baixou custo para outros países, registrou o jornal econômico americano “The Wall Street Journal”.
Pequim não publica números sobre os fechamentos ou mudanças de fábricas. A investigadora Justina Yung, da Universidade Politécnica de Hong Kong, a pedido da Federação das Indústrias de Hong Kong, calculou que as empresas da cidade que operam no vizinho Delta do Rio das Pérolas diminuíram de um terço no período 2006-2013.
Os custos do trabalho na China superam há anos a inflação, segundo a consultora BMI Research, e quase quadruplicam os de Bangladesh, Camboja, Myanmar e Laos.
A tendência é mudar para o Vietnã, diz Wang Wei, gerente-geral de Guangzhou Weihong Footwear Industrial Co., fabricante de sapatos esportivos para Nike, Adidas e Puma.
Para conter a fuga, o governo oferece subsídios e incentivos em regiões mais centrais, onde os salários podem ser até 30% inferiores.