Mais de 2.000 operários da IBM em greve numa fábrica em Shenzhen |
Em 2014, os operários especializados da construção e das novas fábricas, mineiros, professores e caminhoneiros chineses fizeram 1.378 greves e protestos, segundo o Labour Bulletin, editado em Hong Kong e ecoado pelo site Quartz.
Foi o dobro de protestos em relação ao ano anterior. O aumento foi mais sensível no último trimestre, com 569 manifestações, três vezes mais do que no mesmo período em 2013.
Aumento das greves nos últimos anos |
A generalização dos smartphones baratos e das redes sociais cooperaram para que as greves se alastrassem de uma fábrica a outra.
Por sua vez, o governo enfrenta a desaceleração da economia mundial, enquanto o controle da natalidade diminui a força de trabalho e obrigou a melhorar os ordenados.
O resultado desse coquetel explosivo é a multiplicação das greves e uma maior conscientização dos direitos dos trabalhadores.
Nesse ambiente, muitos chineses estão descobrindo um gostinho pelo ativismo cívico e se opondo à ditadura.
As greves por setor |
Na província de Guangdong, talvez a maior concentração industrial do planeta, algumas fábricas abriram exceções e permitiram eleições sindicais não forjadas.
E o resultado não foi do gosto do Partido Comunista.
Guangdong há tempos é o epicentro dos protestos, que se estendem a outras províncias mais ricas, como as de Jiangsu e Shandong, e também às mais pobres da China central, como Henan.
Veja o mapa interativo do China Labour Bulletin com a extensão desse tipo de protestos e de greves em 2014.
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