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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

China condena ao Cardeal Zen cobrindo de vergonha a Santa Sede

Momento da prisão do Cardeal Joseph Zen
Momento da prisão do Cardeal Joseph Zen
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O tribunal comunista de Hong Kong numa primeira sentença impôs ao Cardeal Joseph Zen e a outros cinco réus, uma pena material leve, mas de grande significado político e religioso, informou o site “La Nuova Bussola Quotidiana”.

A condena estava “cozinhada” desde o início e consiste em pagar uma multa de 4 mil dólares de Hong Kong (pouco menos de 500 euros)por não registrar adequadamente um fundo humanitário que ajudou os protagonistas das manifestações pró-democracia de 2019.

E isso é só o aperitivo, porque o Cardeal Zen terá em breve de enfrentar um processo muito mais pesado, o de “conspiração” com forças estrangeiras, sempre que a Lei de Segurança de 2020 considera crime gravíssimo.

Também aqui, qualquer condenação ainda teria um enorme significado político e religioso por que embaraçará ainda mais uma Santa Sé que continua a manter um silêncio injustificável para salvar o Acordo com os ditadores marxistas de Pequim, acrescenta o site.

O Cardeal Zen criou o Fundo Humanitário 612 para fornecer assistência econômica, psicológica e de saúde a pessoas presas ou feridas durante manifestações pró-democracia. As autoridades socialistas de Hong Kong contestam o registro.

A condenação do Cardeal Zen não é séria, mas tem como pano de fundo o acordo secreto entre a China e a Santa Sé para a nomeação de bispos, renovado há apenas um mês.

Então o processo se torna um grande escândalo da Igreja aceitando uma submissão ao regime chinês em troca de um prato de lentilhas envenenado: o das prometidas nomeações de bispos descumprido frequentemente pelo Partido Comunista Chinês.

Diante de um julgamento sensacional e injusto de um cardeal, a Secretaria de Estado do Vaticano continua mantendo um silêncio injustificável.

O Cardeal Zen e cooperadores presos pela polícia
O Cardeal Zen e cooperadores presos pela polícia
Mas Roma não estão tão arrependida já que o cardeal Zen é muito crítico do Acordo China-Santa Sé e, por isso, é um personagem indigesto tanto em Pequim quanto no Vaticano.

As perseguições aos católicos na China estão aumentando e dito Acordo só serve para anestesiar sobre a verdade.

Está aparecendo um sinistro espectro que fala da liberdade religiosa menosprezada em Roma.

Todos os sinais enviados a Pequim para demonstrar que a Santa Sé está pronta para transferir sua representação diplomática para a capital vermelha assim que o regime comunista assim o desejar.

E talvez no Vaticano se espere que o silêncio forçado do cardeal Zen facilite a operação. Porém mais uma condenação previsível por “conspiração” com forças estrangeiras será muito difícil de explicar ao mundo católico, por mais adormecido que esteja.

O cardeal Zen sempre lutou pela liberdade da Igreja e para ajudar os católicos perseguidos. Ele está dando a vida pela Igreja chinesa como muitos dos santos e mártires que o precederam na China.

Humilhá-lo dessa maneira é a última ignomínia de uma Cúpula do Vaticano cuja podridão está emergindo em processos morais e econômicos em andamento no próprio Vaticano.


terça-feira, 8 de julho de 2014

Cardeal Zen exorta chineses a enfrentar heroicamente o comunismo

Após o governo comunista de Pequim ameaçar a cidade de Hong Kong com a privação total de suas liberdades, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, arcebispo emérito da cidade, reagiu como os católicos desejariam que seus bispos reagissem diante do anticristianismo ovante.

Com efeito, dirigindo-se ao governo comunista, o cardeal disse pela rádio: “Vós podeis me amarrar, me sequestrar ou me decapitar, mas nunca fareis de mim um escravo”.

E exortando o povo de Hong Kong para não ceder diante da ameaça contra suas liberdades, advertiu: “Se vos inclinardes [diante do comunismo de Pequim], se puserdes um joelho em terra, tudo estará perdido”, informou a “Agence d’informations des Missions étrangères”.

Os ambientes anticomunistas de Hong Kong estão engajados há várias semanas na luta para obter a instauração plena e inteira do sufrágio universal em 2017.

O território de Hong Kong está sendo transferido pela Grã-Bretanha à China continental. Mas se o sufrágio universal estivesse em vigor, as autoridades de Hong Kong seriam anticomunistas e Pequim teria dificuldades sérias para implantar ali o comunismo.

A Igreja Católica não se engaja em questões meramente políticas, mas intervém quando a moral ou os bons costumes estão ameaçados, pondo em risco a salvação das almas.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Grande vigília em Hong Kong relembra massacre de Tiananmen e pede liberdade

Vigília pode ser a maior da história de Hong Kong por Tiananmen
Vigília pode ser a maior da história de Hong Kong por Tiananmen

Um número impressionante de público compareceu ao Victoria Park de Hong Kong, para participar da vigília anual a luz de velas que indicia o regime comunista da China pelo desrespeito aos direitos humanos.

Também e em ponto maior, a vigília marcou o 24º aniversário do massacre da Praça da Paz Celestial, ou Tiananmen, em Pequim.


O número dos presentes pode ter superado o do ano passado (mais de 180.000 pessoas) malgrado a persistente chuva.

As autoridades se recusaram a fornecer estimativas, porque a primeira vista as restrições impostas desde Pequim não surtiram todo o efeito desejado.