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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Pesadelo pode explodir de Taiwan ao mundo em 2024

Uma guerra de agressão da China contra Taiwan seria um pesadelo para o mundo todo
Uma guerra de agressão da China contra Taiwan seria um pesadelo para o mundo todo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Taiwan se dividiu escolhendo presidente a William Lai Ching-te, candidato do Partido Democrata Progressista (DPP) com ampla margem de vitoria, mas lhe negando a maioria no Parlamento em favor do Kuomintang, observou “AsiaNews”.

O último resultao, somando e restando, satisfaz a Pequim.

O fato dominante é que a grande maioria da população não quer a reunificação com a China comunista.

Porém, não quereria declarar a independência para não alastrar a ilha a uma guerra que estaria destinada ao fracasso. Então prefere manter o ‘statu quo’, relegando as aspirações nacionalistas predominantes.

A enganosa fórmula de “um país, dos sistemas”, que teria sido modelo também para Taiwan, acabou sendo abortada pela lamentável sorte de Hong Kong, hoje engolida por Pequim.

Portanto, ficou impensável a hipótese de “um país, dos sistemas” outrora aventada para uma reunificação que salvaguardaria as liberdades fundamentais.

Em Hong Kong, a ditadura chinesa encarcerou toda a oposição democrática, inclusive os líderes não violentos.

Constantes atritos servem a Pequim para testar as defesas taiwanesas
Constantes atritos servem a Pequim para testar as defesas taiwanesas
Em muitas partes opinião dos 23 milhões de taiwaneses, ainda que expressada em eleições livres, parece contar pouco: Taiwan é considerada só como um problema político ainda não resolvido com a China.

Em Pequim, o ditador Xi Jinping fala expressamente, até em ocasiões solenes, que não pode se adiar muito a reunificação e que para isso está disposto ao uso da força.

Desde 2005 uma lei excogitada por Pequim autoriza a guerra contra Taiwan se a ilha proclama a independência ou se a reunificação pacífica resulta impossível.

Desde 2023, Xi aumentou a pressão militar em volta de Taiwan, com operativos aéreos e movimentos de navios de guerra simulando um ataque.

Xi Jinping consolidou completamente o controle do aparelho militar que está prestes a executar as arbitrariedades que queira o ditador.

Para 2024 é de se temer a intensificação da escalada bélica rumando para um conflito econômico e militar numa zona clave para os equilíbrios mundiais.

A nível mundial, isolar Taiwan é uma condição que Pequim impõe a todos os que querem se beneficiar com sua cooperação econômica.

Mas os EUA não podem permitir que Taiwan vire um posto militar de avançada chinesa no Pacífico.

Nem catástrofes naturais adversos abalam a bem organizada Taiwan
Nem catástrofes naturais adversos abalam a bem organizada Taiwan
Taiwan produz mais do 80% dos microchips do mundo
, ferramentas indispensáveis para o funcionamento do planeta, desde celulares até computadores, desde componentes de veículos de transporte e militares até eletrodomésticos.

A destruição de Taiwan poria de joelhos o mundo que conhecemos hoje. Acresce que quase metade dos portacontenedores do mundo passa pelo Estreito de Taiwan.

Xi Jinping que não duvidou em eliminar adversários e opositores, quer passar à historia como uma divindade materialista à altura de Mao Tsé-tung, o fundador do comunismo chinês.

Mas, para isso precisaria ser glorificado.

E a anexação de Taiwan à China continental seria a tarefa histórica, sagrada e irrenunciável que o elevaria ao patamar dos deuses, melhor seria dizer demônios, marxistas.

E é de se temer que queira fazê-lo nesta vida, aliás a única que existe para um ateu.

Então estaria disposto a fazer pagar ao sofrido povo chinês o preço de uma guerra monstruosa que acabaria abalando até o último canto do mundo


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Católicos chineses padecem sob a “sinodalidade vaticano-comunista”

Bispo cismático comunista  Joseph Li-Shan semeou preocupação nos fiéis visitando Hong Kong
Bispo cismático comunista  Joseph Li-Shan semeou preocupação nos fiéis visitando Hong Kong
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A visita a Hong Kong de Dom Joseph Li-Shan, líder do órgão do Partido Comunista Chinês enganosamente nomeado Associação Católica Patriótica Chinesa (APCC), convidado pelo Bispo de Hong Kong, Cardeal Stephen Chow causou arrepios. 

Lord Patten, o último governador britânico de Hong Kong, chamou a abordagem do Vaticano de "autoengano" e pouco mais do que uma “política de apaziguamento” em relação “ditadores que demonstram violência delictiva”, escreveu “Infovaticana” .

A “Igreja clandestina” da China, leal a Roma, é perseguida desde que Mao Zedong assumiu o poder em 1949, em castigo dessa lealdade. Seus bispos estão em comunhão com Roma e rejeitam a jurisdição do Partido Comunista Chinês sobre a Igreja.

Em sentido oposto, a APCC criou bispos e dioceses que eram outro ramo do Estado chinês. Seus bispos da APCC ordenados de forma ilícita, foram automaticamente excomungados. A ilegalidade continuou até que o pacto Sino-Vaticano de 2018 força a união da Igreja clandestina com a APCC.

Pelo pacto, deveria haver uma Igreja Católica única: a excomunhão de sete bispos ordenados ilicitamente seria levantada e o PCCh iria concordaria com o Vaticano sobre a nomeação de bispos no futuro.

Porém, para muitos fiéis esse pacto cai encima dos católicos clandestinos que sofrem pela sua lealdade ao Papa.

O Cardeal Joseph Zen, um dos mais respeitados Cardeais, transmitiu essas preocupações ao Vaticano e foi ignorado; quando solicitou uma audiência urgente com o Santo Padre, foi rejeitado.

Mais recentemente, o Cardeal foi preso pelas autoridades chinesas; e agora, aos noventa anos, vive sob vigilância. Por outra parte, o Pacto Sino-Vaticano está sendo repetidamente violado pelo PCCh, o Vaticano sabe mas engole.

Bispo cismático Joseph Li-Shan comanda organismo burocrático comunista chamado de Igreja Patriótica
Bispo cismático Joseph Li-Shan comanda organismo burocrático comunista chamado de Igreja Patriótica
João Paulo [nome fictício], um chinês que vive e estuda nos EUA, mantém contacto regular com a família e amigos no seu país, concedeu uma entrevista sob anonimato em que falou do Cardeal Zen com carinho e profunda reverência

“Ele foi preso e condenado. Estamos todos em perigo. ... Não sei o que vai acontecer comigo”., se referindo ao Sínodo da Sinodalidade.

Num momento em que precisávamos desesperadamente de apoio, Roma traiu-nos. Agora, ao silêncio do Vaticano sobre as perseguições sistêmicas na China acrescenta-se a sua forte promoção da imoralidade sexual, que levará a minha nação pelo mesmo caminho da desordem ocidental”.

“Os membros da Igreja oficial controlada pelo PCCh – continua João Paulo – usam a opinião do Papa Francisco de que os chineses podem ser bons cristãos e bons cidadãos ao mesmo tempo. Mas o Santo Padre não descreve o regime como antidemocrático. 

“Na verdade, qualquer verdadeiro cristão que não deseje ser um sujeito pró-PCCh – sofre muito sob a ditadura chinesa”.

O Centro Jesuíta de Pequim, única congregação religiosa não condenada pelo PCCh, garante aos estudantes americanos que “viver num país comunista não é muito diferente de viver num país com um sistema político democrático”.

Há belas igrejas oficiais, mas nelas não brilha a luz da verdade. Não precisamos do catolicismo sinicizado do Presidente Xi. “Precisamos de uma doutrina social que ensine inequivocamente por que o comunismo é inimigo do cristianismo”, prossegue o testemunha.

A perseguição aumentou, em vez de diminuir, desde que o Vaticano fechou o seu acordo com a China em 2018. A tentação de apostatar tem sido forte: “um número crescente de padres clandestinos – coagidos pelo PCCh e encorajados por Roma – começaram a registar-se no governo. “Eles foram imediatamente autorizados a presidir missas e administrar os sacramentos nas igrejas oficiais”.

“Obedecem frequentemente a ordens para proibir as crianças de entrar em igrejas e campos de verão, comprometem ou distorcem a sua pregação sobre a doutrina, a moralidade e as relações entre a Igreja e o Estado”

“Os católicos clandestinos identificam-se com os mártires pós-1949 e recusam-se a aderir à Igreja oficial e reforçam a sua heroica lealdade à Santa Sé. “Continuam a circular cartas de Pio XII, João Paulo II e Bento XVI que condenaram o regime e apoiaram os perseguidos”.

“Sentem-se totalmente traídos pelo acordo entre a China e o Vaticano, a ponto de considerarem que os sacramentos da Igreja oficial não são válidos. 

Raramente encontram um “padre leal” não registrado – que não aderiu ao Partido Comunista – para celebrar uma missa clandestina num local seguro, têm de receber os sacramentos apenas em espírito. "Alguns 'padres leais' remanescentes celebram missas privadas em casas."

“Este grupo clandestino tem uma visão conservadora sobre questões morais e está horrorizado com a sugestão de que os ensinamentos sociais tradicionais da Igreja possam agora ser objecto de debate”.

João Paulo II explica que “quando os que apoiam o acordo e afirmam que ‘só existe uma igreja na China’, eles aceitam que uma igreja que não é livre para pregar toda a verdade”.

João Paulo publicou artigos em um blog mas, como ele mesmo explica, “minha conta foi encerrada permanentemente três dias depois, fui denunciado às autoridades por membros da Igreja oficial.” No entanto, os elogios ao Papa Francisco e ao ditador Xi não têm problemas de divulgação.

Missa na clandestinidade de fiéis chineses leais a Roma que temem a sinodalidade
Missa na clandestinidade de fiéis chineses leais a Roma que temem a sinodalidade
“Após 30 anos de perseguição, muitos filhos leais que conseguiram sair dos campos de trabalho regressaram às suas cidades e paróquias. 

Os padres esforçavam-se por celebrar missas, administrar os sacramentos e pregar de casa em casa. As igrejas foram recuperadas e reconstruídas. 

A antiga missa em latim estava bem preservada, porque a China estava fechada ao mundo desde 1949.

Tem havido muita angústia e raiva entre aqueles que mantiveram viva a chama da fé na China; em grande parte dirigida contra o Papa Francisco. Perante isto, o Cardeal Zen apelou à prudência.

“Eles traíram vocês”, ele lhes disse. “não comecem uma revolução, voltem para casa, orem com sua família e esperem por tempos melhores. É um regresso às catacumbas: mas o comunismo não é para sempre.

O Cardeal Zen interpelou os membros do Colégio Cardinalício em 2019: “Podemos testemunhar passivamente este assassinato da Igreja na China por aqueles que deveriam protegê-la e defendê-la dos seus inimigos?”

Ele implorou a seus irmãos cardeais que agissem: “Eu imploro de joelhos”.

“Eu me junto a ele de joelhos”, acresce João Paulo: “eu vos imploro; não vos prostreis diante deste mal”.



quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Alerta vaticana: China reprimirá a liberdade religiosa em Hong Kong

Manifestante diante do quartel geral da polícia em Hong-Kong
Manifestante diante do quartel geral da polícia em Hong-Kong
Luis Dufaur
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O representante não oficial do Vaticano, Mons. Javier Herrera-Corona, enviou uma alerta às 50 missões católicas da cidade de Hong Kong avisando que as liberdades serão extintas e devem se preparar para sofrer a repressão socialista chinesa, noticiou “Religião Digital”.

O bispo soou a finados para a liberdade dos católicos dizendo: “Hong Kong já não é a grande cabeça de praia católica que foi até agora”.

Do lado estatal, quem soou o gongo fúnebre foi o ditador chinês Xi Jinping.

Em 30 de junho [2022], foi a Hong Kong, na sua primeira viagem fora das fronteiras da China continental após a pandemia.

Na ocasião ele comemorou com o novo chefe do Executivo “autônomo” o 25º aniversário da escravização da ex-colônia britânica à soberania de Pequim.

Cruzes coladas em mapa da China diante do escritório do Partido Comunista em Hong Kong
Cruzes coladas em mapa da China diante do escritório do Partido Comunista em Hong Kong
A viagem aconteceu no momento em que os habitantes da ilha viam minadas todos os dias as liberdades consagradas no protocolo de transferência do enclave a Pequim, num estrangulamento indisfarçável.

Em quatro reuniões realizadas desde outubro do ano passado, o prelado mexicano Javier Herrera-Corona preparou os missionários católicos em Hong Kong para um futuro difícil.

Ele os exortou a proteger suas propriedades, arquivos e fundos, segundo extenso relatório da agência Reuters.

Mons. Herrera-Corona avisou que nos próximos anos virão restrições cada vez mais tirânicas a grupos religiosos no “estilo continental”.

A notícia é especialmente alarmante para os católicos leais ao Vaticano e que no continente formam a “Igreja clandestina” por oposição aos submissos ao socialismo autogestionário oficial que são apoiados, mas também humilhados, pelo estado comunista.

Os católicos fiéis a Roma tinham toda a liberdade, como também os outros. 

Já estão sofrendo restrições, enquanto que nada garante que também os “oficiais” não venham a ser ainda mais aviltados, inclusive sob o acordo que o Papa Francisco quer renovar com os déspotas de Pequim.

Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixiang, morreu após 14 anos de prisão
Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixiang, morreu após 14 anos de prisão
na China Continental. Protesto em Hong Kong
As sociedades missionárias de Hong Kong cooperam estreitamente com a Igreja Católica local e recebem orientação do Vaticano. Concentram-se em atividades como a redução da pobreza e a educação.

Muitas vezes são financiadas e dirigidas desde outros países, mas isto é considerado crime e traição pela ditadura comunista.

Acresce que algumas dessas sociedades mantêm laços estreitos com os católicos no continente, onde a atividade religiosa é controlada e o trabalho das missões estrangeiras permanece estritamente limitado pelo governo como delitiva interferência externa nos assuntos chineses.

O Vaticano não tem Nunciatura na China depois que as relações diplomáticas foram rompidas em 1951 pela revolução marxista de Mao Tsé Tung perpetuada por Xi Jinping. Apenas mantém a presença de dois enviados não oficiais em Hong Kong.


quarta-feira, 7 de julho de 2021

Hong Kong: comunismo enforca liberdade de expressão

Centenas de policiais invadiram e confiscaram equipamentos do jornal Apple Daily de linha anti-comunista
Centenas de policiais invadiram e confiscaram equipamentos
do jornal Apple Daily de linha anti-comunista
Luis Dufaur
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Quinhentos policiais invadiram a redação do jornal pró-democracia Apple Daily de Hong Kong e prenderam seus executivos alegando a nova lei de segurança nacional que replica o regime ditatorial pequinês no território que foi livre, noticiou “Yahoo! Finanças”.

O proprietário Jimmy Lai, ferrenho crítico da ditadura comunista, teve os bens congelados e cumpre pena de prisão por se manifestar contra o regime de Xi Jinping e a invasão de fato do antigo território livre de Hong Kong.

Os policiais confiscaram os documentos e proibiram os funcionários de ingressar ou ter contato com os equipamentos da redação.

As autoridades vermelhas definiram a redação como sendo uma “cena de crime” onde os funcionários usariam suas reportagens como “ferramentas para colocar em perigo” a segurança nacional, incitando a intervenção de “forças estrangeiras”.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Invasão de Hong Kong
e paroxismo de perseguição religiosa

Igreja de Zhangmengtun 'decapitada ou «sinisizada'.
Igreja de Zhangmengtun 'decapitada ou «sinisizada'
Luis Dufaur
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Em pleno surto de coronavírus, as administrações provinciais como as de Henan, Shanxi, Jiangxi e Shandong forçam os cristãos pobres a remover os símbolos religiosos de suas casas e a renunciar à fé em Deus para receberem bolsas.

Caso não se submetam perdem as bolsas mínimas de subsistência ou redução da pobreza. A intimidação se espalhou por todo o país, noticiou “Bitter Winter”.

Em junho, um funcionário do condado de Lin – norte do país – alertou repetidamente pelas redes sociais para remover todos os símbolos religiosos das casas.

O agente do Estado marxista pregou que a Cruz representa ensinamentos heterodoxos e que deve ser eliminada por ordem superior. Em seu lugar as famílias pobres devem instalar retratos de Xi Jinping.

Quem não obedecer deve responder criminalmente.

As bolsas contra a pobreza também serão cortadas se os residentes não se livram de livros e objetos religiosos.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Estocada final a Hong Kong

Manifestante pela liberdade preso em Hong
Manifestante pela liberdade preso em Hong
Luis Dufaur
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As liberdades relativas da ex-colônia britânica ficaram condenadas.

Foi a estocada final, marca o fim de Hong Kong como uma cidade livre concluiu “Le Monde” de Paris.

“É o fim de Hong Kong como o mundo o conhecia”, resumiu Joshua Wong, uma figura do movimento pela democracia.

A executiva-chefe local Carrie Lam, católica formada na teologia da libertação e admiradora do Papa Francisco, defende a imposição de Pequim.

A Lei de Segurança Nacional “certamente não é tão sombria quanto parece”, disse hipocritamente em conferência de imprensa.

E reconheceu que sua aplicação envolve violência: “as consequências de violar esta lei são muito graves” acrescentou.

Todo mundo estava vendo na rua os soldados comunistas esmagando os partidários da liberdade.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Hong Kong no pelourinho comunista

Parra hongcongueses é clara a conotação marxista da manobra de Pequim
Parra hongcongueses é clara a conotação marxista da manobra de Pequim
Luis Dufaur
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O Partido Comunista Chinês em Pequim impôs uma “lei de segurança nacional” que pune os partidários da democracia e da liberdade no território de Hong Kong.

Dessa maneira extingue a liberdade de expressão e instala o regime opressivo na cidade, que até agora foi uma mini capital financeira de economia liberal, segundo a France Press.

Em revide a Câmara dos Representantes e o Senado americano aprovaram por unanimidade uma lei punindo os responsáveis chineses que apliquem as normas repressivas contra Hong Kong e visando os bancos que as financiam.

O senador democrata Chris Van Hollen, co-autor da lei, sublinhou que os “EUA devem apoiar o povo de Hong Kong”. A lei vai além das represálias anunciadas pela administração Trump após o diktat do PC chinês.

Pequim repeliu a decisão americana declarando que os assuntos em Hong Kong são internos da China e nenhum outro país pode se imiscuir.

Menos de 24 horas da entrada em vigor da ditatorial lei aprovada por Xi Jinping a polícia procedia a prender os primeiros hongcongueses.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Hong Kong não teve paz
nem para comemorar o novo ano

Liberdade para Hong Kong: os outrora ricos fogos de fim de ano foram toldados por um patético clamor pelo fim da ameaça comunista
Liberdade para Hong Kong: os outrora ricos fogos de fim de ano foram toldados
por um patético clamor pelo fim da ameaça comunista
Luis Dufaur
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O Consulado Geral da Espanha em Hong Kong alertou os estudantes no território para a possibilidade “de adiantar o retorno” ao país, informou o quotidiano de Madri “El Mundo”.

Segundo o jornal, Hong Kong arde com a repressão antidemocrática teleguiada desde Pequim, estando ao “borde do colapso total”. O clima de tensão marcou a passagem do ano.

A ditadura marxista continental acharia que a ocasião é ideal para intervir com mão forte e já teria enviado tropas para isso.

As manifestações acirraram quando um policial matou um jovem com um tiro no abdômen, outro agente atropelou vários estudantes e um cidadão queimou após ser pulverizado com um líquido inflamável e incendiado.

No campus da Universidade Politécnica houve barricadas, coquetéis molotovs, gás lacrimogêneo, tanques de água.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Ouvirá o Papa Francisco o clamor de seus filhos católicos de Hong Kong?

Voando ao Japão o Papa Francisco enviou saudações ao ditador comunista de Pequim e à governadora filo-comunista de Hong Kong Carrie Lam. Ignorou o sofrimento do povo dessa cidade. O povo que logo depois recusou a marcha anti-democrática em eleições com dimensões de referendo. Cfr: South China Morning Post
Voando ao Japão o Papa Francisco enviou saudações ao ditador comunista de Pequim
e à governadora filo-comunista de Hong Kong Carrie Lam.
Ignorou o sofrimento do povo dessa cidade. O povo que logo depois recusou
a marcha anti-democrática de Carrie Lam em eleições com dimensões de referendo.
Cfr: South China Morning Post
Luis Dufaur
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Um abaixo-assinado foi reunido pelos sofridos universitários católicos de Hong Kong, informou a conceituada agência católica oriental UCA News.

Ele implora ao Papa Francisco sua intercessão para impor a paz sobre a violência desencadeada pela polícia e forças militares da cidade e do governo marxista de Pequim contra os jovens das universidades que pedem democracia.

A folha com o abaixo-assinado passava de mão em mão enquanto voavam as balas de borracha que tiraram os olhos de muitos jovens e muitos signatários choravam sob efeito das granadas de gás lacrimogênio.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Pequim agarrota católicos
para que não imitem protestos de Hong Kong

Policial dispara a queima-roupa contra estudante desarmado
Policial dispara a queima-roupa contra estudante desarmado em Hong Kong
Luis Dufaur
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Muitos cristãos saíram às ruas em Hong Kong para apoiar o movimento democrático.

Então, o Partido Comunista Chinês (PCCh) passou a controlar de perto as visitas de e para essa cidade, informou “Bitter Winter”.

Em 11 de agosto, cerca de 30 funcionários do Escritório de Assuntos Étnicos e Religiosos oficiais do governo invadiram uma igreja na prefeitura de Dali, na província de Yunnan, regida por missionários de Hong Kong.

Todos os presentes foram todos identificados e seus números de celular anotados. Todas as cópias da Bíblia e hinários foram confiscados.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Temor de mais um 'massacre da Praça da Paz Celestial' em Hong Kong estarrece o mundo

Hong Kong geme sob as pauladas da polícia anti-distúrbios
Hong Kong geme sob as pauladas da polícia anti-distúrbios
Luis Dufaur
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Desde o 9 de junho os cidadãos realizaram passeatas gigantescas pedindo o fim de um projeto que permitiria à polícia e ao exército de Pequim sequestrar qualquer dissidente em território de Hong Kong para leva-lo ao continente comunista, escreveu “Clarín”.

No fim de semana de 17 e 18 de agosto 2019, desafiando as ameaças militares de Pequim por volta de 1,7millhão de hongcongueses – segundo os organizadores – saíram às ruas para patentear seu imenso mal-estar pelo perigo que paira sobre seu território

Os hongcongueses estão certos de que as promessas da chefe do executivo da cidade Carrie Lam são insinceras.

Ela tinha usado fórmulas escorregadias para dizer que o projeto não estava sendo mais discutido.

A imensa maioria dos habitantes do território não é católica, mas esses têm a merecida reputação de serem melhor preparados nas escolas da Igreja.

Acresce que o catolicismo autêntico teve e está tendo uma atitude heroica diante da perseguição marxista. Inúmeros mártires dão testemunho disso e da incompatibilidade entre Cristo e Mao.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Dois milhões em Hong Kong contra sequestro “legal” de opositores

Angústia em Hong Kong o sistema ditatorial comunista parece próximo
Angústia em Hong Kong o sistema ditatorial comunista parece próximo
Luis Dufaur
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Por volta de dois milhões de cidadãos de Hong Kong saíram às ruas vestidos de preto no domingo 16 contra o projeto de lei que autoriza extradições para a China continental, segundo noticiou a “Folha de S.Paulo” e a imprensa nacional e internacional.

A populosa e rica cidade de Hong Kong vive um lento, mas incoercível processo de transição político-econômica. Todos os poderes que outrora estavam nas mãos do Reino Unido estão sendo transferidos a Pequim.

Um acordo de 1984 transferiu a soberania a Pequim em 1º de julho de 1997, mas com a condição que a cidade seria uma Região Administrativa Especial com a fórmula “um país, dois sistemas” com liberdade de imprensa.

Sob o amparo dessa fórmula ambígua, o regime comunista ousa cada vez mais violando as liberdades que ficam na cidade. Entre múltiplos delitos internacionais praticou o sequestro de oposicionistas que foram recluídos em cárceres marxistas no continente.

No momento atual, Carrie Lam, governadora de Hong Kong, promove um projeto que autoriza extradições para a China continental.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Arrancando “confissões”
como no auge da Revolução maoísta

Gui Minhai e Peter Dahlin foram forçados a 'confessar' pela TV chinesa.
Gui Minhai e Peter Dahlin foram forçados a 'confessar' pela TV chinesa.
Luis Dufaur
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Em 2016, Peter Dahlin, militante de uma ONG pelos direitos humanos ativa na China “desapareceu” na estrada rumo ao aeroporto de Pequim.

Poucas semanas depois, reapareceu na TV estatal confessando ter “posto em perigo a segurança do Estado” apoiando ativistas locais. Pediu então perdão por “ferir os sentimentos do povo chinês”.

Algumas semanas mais tarde, após ser deportado à Suíça, ele revelou que aquela “confissão” pública foi forçada pelas autoridades. Essas exploraram sua frágil saúde e ameaçaram sua noiva que também ficou “desaparecida”, denunciou reportagem de “El Mundo” de Madri.

A ONG Safeguard Defenders recolheu em relatório essa horrível experiência e a de outros presos que durante os últimos anos viveram amargos momentos similares.

O relatório aponta que o regime comunista – “o que melhor aplica a doutrina social da Igreja”, segundo o representante vaticano D.Sánchez Sorondo – usa sistematicamente métodos de intimidação e terror.

Ele age como sempre agiu o regime marxista com finalidades de propaganda violando os fundamentos de qualquer processo jurídico internacionalmente reconhecido.

O relatório de Safeguard Defenders analisa 45 casos registrados entre julho de 2013 e fevereiro de 2018. Mais da metade deles vitimaram advogados, jornalistas ou defensores dos direitos humanos.

A grande maioria dessas “confissões” foram divulgadas pela TV, antes mesmo de haver algum procedimento judicial, ignorando por completo a presunção de inocência que está incluída na legislação chinesa. Para inglês ver obviamente.

A TV chinesa irradia as 'confissões' que justifiquem a condena.
A TV chinesa irradia as 'confissões' que justifiquem a condena.
Os “arrependidos” descreveram como foram vestidos pela polícia para a iníqua encenação e o script que deviam memorizar, com instruções precisas de quando chorar ou fazer algum gesto desejado pelos torturadores.

Segundo o relatório, os torturadores procediam a várias gravações até que os chefes marxistas se achavam satisfeitos com o resultado.

“Tudo era uma coreografia que durou por volta de sete horas, mas as repetições foram tantas que não lembro com certeza”, disse um dos “arrependidos” identificado com o pseudônimo de Wen.

Nos tribunais chineses as condenas caem sobre mais de 99% dos acusados.

Outra associação, a Anistia Internacional em relatório 2015, registra que a justiça penal socialista se baseia principalmente nas “confissões” de réus para poder condena-los.

Por isso os agentes policiais não hesitam em recorrer à violência para arrancar a auto admissão dos fatos imputados e encerrar o caso.

Encenação dos maus tratos para arrancar 'confissões'.
Encenação dos maus tratos para arrancar 'confissões'.
“(A policia) me ameaçou dizendo que se não cooperava seria sentenciado à prisão, perderia o emprego, minha família me abandonaria e perderia a reputação para o resto da vida”, garantiu uma vítima do sistema identificada como Li.

O relatório de Safeguard Defenders sublinha a parte dos meios de comunicação, que colaboram na gravação e difusão desses mea culpa forçados.

“A mídia que filma, colabora com a polícia na montagem do processo, e emite as ‘confissões’ pelos órgãos estatais ou privados, é tão culpada quanto o Estado chinês nessa prática enganosa, ilegal e que viola os direitos humanos”, constata o texto.

A maior parte dessas emissões foi ao ar pelo canal estatal CCTV.

Em 2016, o site ‘The Paper’ financiado pelo governo emitiu mais uma “confissão” trucada de Wang Yu, advogada de direitos humanos, em que ela garantia que “forças estrangeiras” utilizaram sua empresa jurídica para danificar a reputação da China.

O relatório cita o jornal ‘South China Morning Post’, “o mais destacado jornal colaborador em inglês”, editado em Hong Kong, que publicou uma entrevista em que Gui Minhai, um dos cinco livreiros raptados em Hong Kong em 2015 diz que eles difundiam textos que danificavam a reputação do Partido Comunista chinês.

Desde que o presidente Xi Jinping assumiu o poder em 2012, foi desencadeado um ataque contra a sociedade civil, prendendo qualquer um que não esteja em consonância com o Partido Comunista chinês e suas políticas.

O advogado Xie Yang antes de ser preso 'Teu único direito é obedecer' diziam os guardas.
O advogado Xie Yang antes de ser preso 'Teu único direito é obedecer' diziam os guardas.
É o caso da Igreja Católica dita “clandestina” que não aceita as doutrinas e chantagens socialistas e por isso é perseguida até pela Ostpolitik vaticana.

Nesse caso, Pequim, mais do que confiar em sua polícia ideológica e nas torturas, prefere que o Vaticano se encarregue de reprimir. Essa é a essência dos desejos de Pequim num acordo com a Santa Sé dirigida pelo Papa Francisco.

O método das confissões forçadas foi imposto pelo ditador marxista Joseph Stalin na União Soviética. Mao Tsé Tung o adotou na China antes mesmo de usurpar o poder em 1949.

“O processo de autocrítica é um dos objetivos mais importantes da cultura e da arte. Se se faz forma correta... podemos estar certos da qualidade e da efetividade da educação das massas”, garantiu o líder comunista em um de seus mais cultuados e monstruosos discursos.

Essa prática foi especialmente aplicada durante a Revolução Cultural chinesa (1966-1976) tão admirada pelos agitadores de Maio de 68 no Ocidente.

E hoje voltam por instrução de Xi Jinping também em boas relações com as esquerdas civis e vaticanas.



quarta-feira, 11 de março de 2015

Habitantes de Hong Kong emigram
após repressão antidemocrática

Pequim reprimiu as manifestações pelas liberdades democráticas.
Os cidadãos procuram o exílio antes de padecer sob a ditadura



É cada vez mais numeroso o contingente de habitantes que abandona a cidade de Hong Kong, decepcionados com o rumo impresso à região pela administração especial apontada por Pequim, informou o site Quartz.

Após meses de protestos em favor do sufrágio universal, reprimidos por ordem de Pequim, milhares de residentes de Hong Kong empreenderam o êxodo

Em primeiro lugar os que possuem o estatuto de Cidadão Britânico de Ultramar, o qual lhes confere o direito de ingressar no Reino Unido sem visto. Estes estão solicitando a residência no país europeu, segundo a agência AFP.

Uma sondagem feita para a Universidade Chinesa de Hong Kong quando estavam começando os protestos, mostrou que um de cada cinco residentes estava considerando a hipótese de emigrar.

Outros escolhem destinos mais próximos de seu país, como a Malásia e a Coreia do Sul. Nos últimos dez meses de 2014, 6.400 residentes de Hong Kong e Macau migraram para Taiwan. O dobro do ano anterior.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

“Revolução dos guarda-chuvas” enfrenta repressão

“Revolução dos guarda-chuvas” não quer os “dois ou três” candidatos mais ou menos idênticos oferecidos pelas artimanhas políticas do PC
“Revolução dos guarda-chuvas” não quer os “dois ou três” candidatos
mais ou menos idênticos oferecidos pelas artimanhas políticas do PC
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Hong Kong, uma das grandes capitais financeiras do mundo, é proa de violentos enfrentamentos entre a polícia de um lado, e de estudantes e jovens de outro.

O caso se alastra há vários anos, mas adquiriu desta vez uma proporção inigualável. Está sendo chamado de “revolução dos guarda-chuvas”, porque os manifestantes se valem deles para se defenderem dos jatos d’água e dos gases lançados da polícia chinesa.

O bairro Central, centro das instituições financeiras, assemelha-se a um campo fortificado pelos manifestantes, informou o jornal “Libération” de Paris.

Centenas de policiais da tropa de choque tentaram desalojá-los, utilizando escudos, cassetetes e gases. Os jovens responderam “armados” com guarda-chuvas, máscaras caseiras, óculos de mergulho e barricadas improvisadas.

A disputa é por uma questão vital: a cidade terá eleições e o governo de Pequim cerceou drasticamente o seu significado.

O voto será universal, mas os candidatos foram escolhidos através de um alambicado e obscuro processo. Todos os candidatos, uns mais, outros menos, representam a mesma coisa: a vontade do governo socialista de Pequim.

Os manifestantes se sentem ludibriados: Que democracia é essa, na qual todos os candidatos dizem mais ou menos as mesmas coisas e obedecem no fundo a uma mesma ideologia??!!

Os candidatos a cada cargo ou função não poderão ser mais de “dois ou três” e todos devem ser aprovados pelo Partido Comunista.

A “revolução dos guarda-chuvas” teme que Pequim acabe enviando tanques, como fez para esmagar o movimento pela liberdade na Praça da Paz Celestial, em 1989.

Ainda assim, os jovens decidiram lançar uma “campanha de desobediência civil” antes do previsto. O jogo é tudo ou nada. É mais difícil os tanques aparecerem agora, quando ainda há um resto de liberdade, do que amanhã, quando o socialismo terá consolidado suas posições no território.

Como é de praxe nas ditaduras comunistas, o regime pôs a culpa da rebelião de seus cidadãos na “ingerência estrangeira”, leiam-se EUA e Grã-Bretanha.

“Revolução dos guarda-chuvas” resiste às tentativas de repressão policial
“Revolução dos guarda-chuvas” resiste às tentativas de repressão policial
“Hong Kong é China” e os assuntos do território “pertencem à soberania chinesa”, afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, durante uma coletiva de imprensa.

Hua se referia às reações de várias nações livres diante da repressão violenta das manifestações democráticas. O território está em processo de reintegração à China desde 1997, com salvaguardas explícitas das liberdades adquiridas.

O porta-voz insistiu que o governo chinês recusa qualquer tipo de apoio às iniciativas do movimento democrático, qualificadas arbitrariamente por ele de “atividades ilegais”, segundo noticiou o jornal espanhol “El Mundo”.

Hua qualificou de “assembleia ilegal” os sucessivos protestos que estão acontecendo em Hong Kong, os quais, segundo o ditatorial sistema chinês, “debilitam a ordem social e o estado de direito”, coisas que o socialismo chinês jamais leva a sério.

Até o presente, a polícia havia utilizado a violência maciça e gases lacrimogêneos contra a população de Hong Kong. Seria preciso remontar aos tempos da repressão maoísta dos anos 1960 para encontrar algo igual, escreveu o jornal “Le Figaro” de Paris.

As manifestações estão se espalhando pelos bairros populares e aguarda-se uma passeata gigante para o 1º de outubro, aniversário da instalação do poder comunista.

“A população está encolerizada”, diz Jean-Pierre Cabestan, professor da Universidade Batista de Hong Kong. “Ela se sente enganada. Nós lutaremos até o fim para impedir que vire uma cidade chinesa como as outras”, onde não há liberdade, acrescentou.

O movimento havia organizado um referendo não reconhecido pelo governo, contra os projetos liberticidas de Pequim, e recolheu 700.000 votos de apoio em junho.

Surpreendida pela extensão do protesto, Pequim mandou recolher sua tropa de choque. Mas a multidão continua em pé de guerra.

“Revolução dos guarda-chuvas” diz “não” ao liberticídio socialista
“Revolução dos guarda-chuvas” diz “não” ao liberticídio socialista

Para o jornal francês “Le Monde”, a lembrança de Tiananmen (abril a junho de 1989) está viva em muitas pessoas, inclusive nos dirigentes do Partido Comunista. Aquelas manifestações foram trucidadas e centenas de jovens massacrados na Praça da Paz Celestial, a maior de Pequim.

Passar os tanques por cima dos manifestantes de Hong Kong não parece provável, diz “Le Monde”, mas há vozes no governo socialista que pedem essa solução.

Como o Partido Comunista não goza de simpatias dignas de nota no território de Hong Kong, ele confia em partidos camuflados com nomes enganosos, como o DAB (em inglês: Aliança Democrática pela Melhoria e pelo Progresso de Hong Kong).

Tsang Wai Hung, chefe da polícia local, após os enfrentamentos que mandaram 26 jovens ao hospital, garantiu que só fará um “uso mínimo” da força.

Por sua vez, o movimento democrático Occupy Central condenou a conduta “unilateral” das autoridades e exigiu que a polícia pedisse desculpas. A violenta repressão está suscitando muitas simpatias na opinião publica chinesa e internacional.


terça-feira, 8 de julho de 2014

Cardeal Zen exorta chineses a enfrentar heroicamente o comunismo

Após o governo comunista de Pequim ameaçar a cidade de Hong Kong com a privação total de suas liberdades, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, arcebispo emérito da cidade, reagiu como os católicos desejariam que seus bispos reagissem diante do anticristianismo ovante.

Com efeito, dirigindo-se ao governo comunista, o cardeal disse pela rádio: “Vós podeis me amarrar, me sequestrar ou me decapitar, mas nunca fareis de mim um escravo”.

E exortando o povo de Hong Kong para não ceder diante da ameaça contra suas liberdades, advertiu: “Se vos inclinardes [diante do comunismo de Pequim], se puserdes um joelho em terra, tudo estará perdido”, informou a “Agence d’informations des Missions étrangères”.

Os ambientes anticomunistas de Hong Kong estão engajados há várias semanas na luta para obter a instauração plena e inteira do sufrágio universal em 2017.

O território de Hong Kong está sendo transferido pela Grã-Bretanha à China continental. Mas se o sufrágio universal estivesse em vigor, as autoridades de Hong Kong seriam anticomunistas e Pequim teria dificuldades sérias para implantar ali o comunismo.

A Igreja Católica não se engaja em questões meramente políticas, mas intervém quando a moral ou os bons costumes estão ameaçados, pondo em risco a salvação das almas.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Hong Kong: imensa multidão lembrou massacre de Tiananmen

No Vitoria Park, 14 de junho de 2014, lembrando
a repressão sangrenta comunista da Praça da Paz Celestial
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Dezenas de milhares de pessoas se congregaram em Hong Kong para lembrar a sanguinária repressão da Primavera de Pequim há 25 anos, noticiou a revista “Le Point” de Paris.

“Justiça para o dia 4 de junho!” cantou a multidão numa vigília de velas acessas, agitando faixas, enquanto eram lidos os nomes dos mortos na Praça da Paz Celestial, ou Tiananmen, esmagados brutalmente pelo Exército Vermelho.

Tiananmen significou uma tentativa de reproduzir em território chinês, o movimento liberalizante que derrubou a URSS. Mas o comunismo se impôs com a força dos tanques e das metralhadoras.

“Esse acontecimento (Tiananmen) deve ser instilado no coração de todos e cada um, nós não podemos deixar que o tempo dilua a sua lembrança”, comentou Anna Lau, estudante de 19 anos, que não tinha nascido no tempo da revolta que abalou o comunismo chinês.

A presença da juventude reforçou a ideia de que o movimento anticomunista tem muito futuro pela frente.

Maioritário número de jovens protestou contra o comunismo
“A cólera e as lágrimas pelo massacre ainda estão muito vivas” em nossa memória, declarou Lee Cheuk-yan, presidente da Aliança de Apoio aos Movimentos Democráticos da China.

Entre os presentes havia muita gente vinda da China continental.

“Eu vim aqui porque na China nós não temos nenhum direito nem nenhuma liberdade”, explicou Huang Waicheng, engenheiro de 35 anos que mora na vizinha Shenzhen.

Outras centenas de pessoas manifestaram no mesmo dia pela mesma causa em Taipei, capital de Taiwan. Pequim acha que a ilha de Taiwan lhe pertence.

Hong Kong, antiga colônia inglesa, é o único local chinês onde se pode relembrar Tiananmen.

No resto do país, o Partido Comunista Chinês (PCC) instaurou o silêncio de Estado sobre a revolta de jovens esmagada pelo exército.



Desta vez Pequim reagiu contra as manifestações num documento com ameaças, exigiu da Grã-Bretanha a entrega sem “poderes residuais” da rica Hong Kong, e reclamou o direito de passar por cima do “alto grau de autonomia” que a cidade tem, informou “The Telegraph” de Londres.

Os líderes de Hong Kong quereriam a instalação do sufrágio universal em 2017, liberdade que Pequim não tolera.

Jovens passearam pelas ruas de Hong Kong com a bandeira colonial inglesa
Michael DeGolyer, diretor do Hong Kong Transition Project, denunciou o documento como não somente uma forma de intimidação ao povo da cidade, mas como uma tentativa de extinguir as bases da autonomia local, inclusive com o uso das forças armadas.

O mal-estar cresceu muito porque a mídia de Hong Kong assumiu uma atitude subserviente em relação ao comunismo de Pequim.

“A maioria dos nossos jornais e TV agora são pró-China. Eles são manipulados por empresários pró-China”, disse Andrew Shum, da Frente pelos Direitos Humanos de Hong Kong, que participou da organização dos protestos.

CY Leung, representante oficial de Pequim em Hong Kong, negou a existência do inquietante documento.

Muitos residentes da cidade temem que nos próximos meses e anos haverá “crescentes intervenções de Pequim” e a “erosão de valores essenciais e do estilo de vida que desejamos”, explicou Joseph Cheng, professor de Ciências Políticas na Universidade da Cidade de Hong Kong.