O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Hong Kong: comunismo enforca liberdade de expressão

Centenas de policiais invadiram e confiscaram equipamentos do jornal Apple Daily de linha anti-comunista
Centenas de policiais invadiram e confiscaram equipamentos
do jornal Apple Daily de linha anti-comunista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Quinhentos policiais invadiram a redação do jornal pró-democracia Apple Daily de Hong Kong e prenderam seus executivos alegando a nova lei de segurança nacional que replica o regime ditatorial pequinês no território que foi livre, noticiou “Yahoo! Finanças”.

O proprietário Jimmy Lai, ferrenho crítico da ditadura comunista, teve os bens congelados e cumpre pena de prisão por se manifestar contra o regime de Xi Jinping e a invasão de fato do antigo território livre de Hong Kong.

Os policiais confiscaram os documentos e proibiram os funcionários de ingressar ou ter contato com os equipamentos da redação.

As autoridades vermelhas definiram a redação como sendo uma “cena de crime” onde os funcionários usariam suas reportagens como “ferramentas para colocar em perigo” a segurança nacional, incitando a intervenção de “forças estrangeiras”.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Nasce a mais requintada ditadura
rotulada “crédito social”

Comprar ou não comprar? Comer ou não comer?
O sistema socialista do 'crédito social' dirá se você pode e o que é que pode. ç
Crédito: Kevin Hong
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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A rama financeira de Alibaba, o maior conglomerado de comércio eletrônico do planeta aliás chinês, já passou a incluir em seu sistema o 'Zhima Credit'.

Esse apresenta no smartphone um inexplicado número de três cifras, entre 350 e 950.

O jornalista de “La Nación” de Buenos Aires constatou que seu número era 654, uma qualificação considerada 'excelente'.

Muito poucos sabem o que significa. Trata-se da entrada no sistema de pontuação social aplicado por Alibaba, para julgar seus clientes.

Oficialmente é uma nota à conduta dos usuários e um indicador da confiança que merecem.

O algoritmo que fixa a qualificação é extremamente opaco, e considera o que compram, a quem, multas e conduta face aos créditos bancários.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Ditadura censura informações e comentários económicos

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Economistas, analistas e jornalistas de cadernos econômicos não têm mais liberdade de apresentar uma visão da economia chinesa diversa da espalhada pela ditadura socialista de Pequim, escreveu “La Nación” de Buenos Aires.

Tudo “está escrito”, não no Corão, mas no plano quinquenal aprovado pelo Partido Comunista Chinês. E, assim, vai tudo no melhor dos mundos. Quem não afinar sofrerá as consequências, ainda que os números contrários lhe furem os olhos.

Reguladores do mercado de valores, censores oficiais e outros funcionários advertiram os comentaristas que formularam pontos de vista sobre a economia chinesa que não se encaixam nas declarações do governo.

Lin Caiyi, economista chefe de Guotai Junan Securities Co., foi advertido de evitar comentários “exageradamente pessimistas” sobre a economia e a moeda chinesa.

Os analistas das Bolsas tentam evitar os informes críticos. A ofensiva do governo é generalizada. Os funcionários se recusam a fazer comentários ou se referir ao tema econômico, ainda quando ‘para inglês ver’ as autoridades comunistas insistem em que a livre circulação da informação contribui para a vitalidade da economia.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Ditadura chinesa se agiganta, mas seus pés de barro
estão cada vez mais frágeis

Peter Dahlin foi obrigado a fazer uma 'autocrítica' pela TV oficial CCTV, e logo depois foi liberado e deportado.
Peter Dahlin foi obrigado a fazer uma 'autocrítica' pela TV oficial CCTV,
e logo depois foi liberado e deportado.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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A televisão estatal socialista difundiu uma “confissão de crimes” antissocialistas do cidadão sueco Peter Dahlin preso pelo regime.

O caso aconteceu após a reaparição misteriosa no território continental de dois editores desaparecidos em Hong Kong, a expulsão de uma jornalista francesa e citações policiais a advogados dos direitos humanos, noticiou o site 20minutes.fr.

Jean-Vincent Brisset, diretor de pesquisas no Institut de Relations Internationales et Stratégiques – IRIS, especializado na Ásia explicou que semelhantes crimes contra a liberdade são coisa de todos os dias na China.

terça-feira, 24 de março de 2015

China vira campeã dos atentados ao Direito
e da repressão na Internet

Policial impede fotos durante prisão de manifestantes
Policial impede fotos durante prisão de manifestantes



O presidente comunista chinês, Xi Jinping, acaba de ganhar o indesejável prêmio de maior violador dos direitos humanos, segundo se depreende de um balanço da ONG Human Rights Watch (HRW).

O argumento em favor da premiação foi que o governo chinês por ele presidido lançou desde março de 2013 “um ataque espetacular contra os direitos humanos fundamentais, com uma ferocidade inédita há anos”, escreveu o diário de Paris “Le Figaro”.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

“Revolução dos guarda-chuvas” enfrenta repressão

“Revolução dos guarda-chuvas” não quer os “dois ou três” candidatos mais ou menos idênticos oferecidos pelas artimanhas políticas do PC
“Revolução dos guarda-chuvas” não quer os “dois ou três” candidatos
mais ou menos idênticos oferecidos pelas artimanhas políticas do PC
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Hong Kong, uma das grandes capitais financeiras do mundo, é proa de violentos enfrentamentos entre a polícia de um lado, e de estudantes e jovens de outro.

O caso se alastra há vários anos, mas adquiriu desta vez uma proporção inigualável. Está sendo chamado de “revolução dos guarda-chuvas”, porque os manifestantes se valem deles para se defenderem dos jatos d’água e dos gases lançados da polícia chinesa.

O bairro Central, centro das instituições financeiras, assemelha-se a um campo fortificado pelos manifestantes, informou o jornal “Libération” de Paris.

Centenas de policiais da tropa de choque tentaram desalojá-los, utilizando escudos, cassetetes e gases. Os jovens responderam “armados” com guarda-chuvas, máscaras caseiras, óculos de mergulho e barricadas improvisadas.

A disputa é por uma questão vital: a cidade terá eleições e o governo de Pequim cerceou drasticamente o seu significado.

O voto será universal, mas os candidatos foram escolhidos através de um alambicado e obscuro processo. Todos os candidatos, uns mais, outros menos, representam a mesma coisa: a vontade do governo socialista de Pequim.

Os manifestantes se sentem ludibriados: Que democracia é essa, na qual todos os candidatos dizem mais ou menos as mesmas coisas e obedecem no fundo a uma mesma ideologia??!!

Os candidatos a cada cargo ou função não poderão ser mais de “dois ou três” e todos devem ser aprovados pelo Partido Comunista.

A “revolução dos guarda-chuvas” teme que Pequim acabe enviando tanques, como fez para esmagar o movimento pela liberdade na Praça da Paz Celestial, em 1989.

Ainda assim, os jovens decidiram lançar uma “campanha de desobediência civil” antes do previsto. O jogo é tudo ou nada. É mais difícil os tanques aparecerem agora, quando ainda há um resto de liberdade, do que amanhã, quando o socialismo terá consolidado suas posições no território.

Como é de praxe nas ditaduras comunistas, o regime pôs a culpa da rebelião de seus cidadãos na “ingerência estrangeira”, leiam-se EUA e Grã-Bretanha.

“Revolução dos guarda-chuvas” resiste às tentativas de repressão policial
“Revolução dos guarda-chuvas” resiste às tentativas de repressão policial
“Hong Kong é China” e os assuntos do território “pertencem à soberania chinesa”, afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, durante uma coletiva de imprensa.

Hua se referia às reações de várias nações livres diante da repressão violenta das manifestações democráticas. O território está em processo de reintegração à China desde 1997, com salvaguardas explícitas das liberdades adquiridas.

O porta-voz insistiu que o governo chinês recusa qualquer tipo de apoio às iniciativas do movimento democrático, qualificadas arbitrariamente por ele de “atividades ilegais”, segundo noticiou o jornal espanhol “El Mundo”.

Hua qualificou de “assembleia ilegal” os sucessivos protestos que estão acontecendo em Hong Kong, os quais, segundo o ditatorial sistema chinês, “debilitam a ordem social e o estado de direito”, coisas que o socialismo chinês jamais leva a sério.

Até o presente, a polícia havia utilizado a violência maciça e gases lacrimogêneos contra a população de Hong Kong. Seria preciso remontar aos tempos da repressão maoísta dos anos 1960 para encontrar algo igual, escreveu o jornal “Le Figaro” de Paris.

As manifestações estão se espalhando pelos bairros populares e aguarda-se uma passeata gigante para o 1º de outubro, aniversário da instalação do poder comunista.

“A população está encolerizada”, diz Jean-Pierre Cabestan, professor da Universidade Batista de Hong Kong. “Ela se sente enganada. Nós lutaremos até o fim para impedir que vire uma cidade chinesa como as outras”, onde não há liberdade, acrescentou.

O movimento havia organizado um referendo não reconhecido pelo governo, contra os projetos liberticidas de Pequim, e recolheu 700.000 votos de apoio em junho.

Surpreendida pela extensão do protesto, Pequim mandou recolher sua tropa de choque. Mas a multidão continua em pé de guerra.

“Revolução dos guarda-chuvas” diz “não” ao liberticídio socialista
“Revolução dos guarda-chuvas” diz “não” ao liberticídio socialista

Para o jornal francês “Le Monde”, a lembrança de Tiananmen (abril a junho de 1989) está viva em muitas pessoas, inclusive nos dirigentes do Partido Comunista. Aquelas manifestações foram trucidadas e centenas de jovens massacrados na Praça da Paz Celestial, a maior de Pequim.

Passar os tanques por cima dos manifestantes de Hong Kong não parece provável, diz “Le Monde”, mas há vozes no governo socialista que pedem essa solução.

Como o Partido Comunista não goza de simpatias dignas de nota no território de Hong Kong, ele confia em partidos camuflados com nomes enganosos, como o DAB (em inglês: Aliança Democrática pela Melhoria e pelo Progresso de Hong Kong).

Tsang Wai Hung, chefe da polícia local, após os enfrentamentos que mandaram 26 jovens ao hospital, garantiu que só fará um “uso mínimo” da força.

Por sua vez, o movimento democrático Occupy Central condenou a conduta “unilateral” das autoridades e exigiu que a polícia pedisse desculpas. A violenta repressão está suscitando muitas simpatias na opinião publica chinesa e internacional.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Erradicando os “advogados irredutíveis”
que defendem dissidentes

Pu Zhiqiang, advogado defensor dos direitos de dissidentes, foi presso e tudo indica que está condenado antes do julgamento.
Pu Zhiqiang, advogado defensor dos direitos de dissidentes, foi presso
e tudo indica que está condenado antes do julgamento.
A mídia chinesa e seu patrão – o governo comunista – qualificam com o pior título que conseguiram, os advogados que levam o Direito a sério.

Mas esse insulto das esferas oficiais soa como louvor para os amantes da Lei e da ordem. O título é “advogados irredutíveis”, os quais são oficialmente assemelhados a uma execrável forma de dissidência.

Para ganhar esse título é preciso denunciar com combatividade os abusos do poder e a corrupção no mais alto nível do governo – ou do Partido Comunista, segundo escreveu o jornal parisiense “Le Figaro”.

Esses ‘contrarrevolucionários’ fedorentos reclamam por uma justiça transparente e cometem o ‘crime’ de defender dissidentes cristãos, políticos, sociais ou culturais que o Partidão – o Partido Comunista Chinês (PCC) – considera inimigos do povo e quer reduzir ao silencio.

A principal federação de advogados da China – filiada ao governo, como toda associação que quer sobreviver –, alertou seus membros contra todo comportamento “impróprio” na Internet (leia-se: algo que danifique a imagem do governo socialista).

terça-feira, 8 de julho de 2014

Cardeal Zen exorta chineses a enfrentar heroicamente o comunismo

Após o governo comunista de Pequim ameaçar a cidade de Hong Kong com a privação total de suas liberdades, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, arcebispo emérito da cidade, reagiu como os católicos desejariam que seus bispos reagissem diante do anticristianismo ovante.

Com efeito, dirigindo-se ao governo comunista, o cardeal disse pela rádio: “Vós podeis me amarrar, me sequestrar ou me decapitar, mas nunca fareis de mim um escravo”.

E exortando o povo de Hong Kong para não ceder diante da ameaça contra suas liberdades, advertiu: “Se vos inclinardes [diante do comunismo de Pequim], se puserdes um joelho em terra, tudo estará perdido”, informou a “Agence d’informations des Missions étrangères”.

Os ambientes anticomunistas de Hong Kong estão engajados há várias semanas na luta para obter a instauração plena e inteira do sufrágio universal em 2017.

O território de Hong Kong está sendo transferido pela Grã-Bretanha à China continental. Mas se o sufrágio universal estivesse em vigor, as autoridades de Hong Kong seriam anticomunistas e Pequim teria dificuldades sérias para implantar ali o comunismo.

A Igreja Católica não se engaja em questões meramente políticas, mas intervém quando a moral ou os bons costumes estão ameaçados, pondo em risco a salvação das almas.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Exército secreto
de 2 milhões de censores da internet

A China tem dois milhões de pessoas vigiando a internet, contingente maior que o das Forças Armadas do país, informou a “Folha de S.Paulo” (11-10-2013).

O número foi divulgado pelo jornal estatal Beijing News.

Ele oferece uma rara pista para dimensionar o exército secreto usado pelo governo para controlar e censurar a rede dentro do país e no exterior.

Descritos pelo jornal como “analistas de opinião”, os vigilantes da rede são empregados pelo Estado e por empresas comerciais para filtrar o que é publicado em sites, blogs e microblogs, como o popular Sina Weibo, a versão chinesa do Twitter, com milhões de assinantes.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Jornalistas chineses não poderão citar mídia estrangeira


Mais uma lei repressiva da liberdade de expressão foi anunciada pela Administração Geral para a Imprensa, Publicações, Rádio, Filmes e Televisão de Pequim, informou o quotidiano inglês “The Telegraph”.

O órgão do governo socialista justificou o afogamento dessa liberdade com o argumento de deter a “difusão de informação prejudicial”.

“Sem licença expressa, nenhum grupo de mídia informativa está autorizado a usar informações fornecidas pela mídia ou por sites estrangeiros”, diz a nota, dada a conhecer pelo oficial Jornal da Imprensa e de Publicações da China.

Jornalistas e editores deverão se submeter aos “princípios de unidade, estabilidade e publicidade positiva”, ordena a diretriz. Estes termos genéricos e imprecisos têm um significado claro na China: só é lícito escrever, falar e pensar o que serve ao regime.

Quando as informações provenham de “testemunhas, ONGs e grupos empresariais”, não poderão ser publicadas sem antes serem objeto de uma verificação completa, informou o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

terça-feira, 24 de abril de 2012

China desencadeia ondas de repressão na Internet

Lanhouse, Hebei
Pequim iniciou uma operação de controle e repressão da Internet de extensão inédita. O argumento aduzido é cortar os boatos sobre um inverossímil eventual golpe de Estado.

Para o jornal “Le Figaro”, trata-se de uma chicotada da censura sobre as principais redes de microblogging chinesas. Na enxurrada repressiva foram fechados outros sites Internet, tendo muitos internautas sido presos, noticiou “Le Figaro” de Paris.

A medida mais espetacular consistiu no bloqueio dos comentários dos dois maiores microblogs do país: o Weibo e o QQ, equivalentes ao Twitter. Aumenos 16 sites da Internet foram fechados e numerosas pessoas arrestadas, pelo suposto crime de “fabricar e propagar falsos boatos online”.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Estatismo enforca revista símbolo da liberdade econômica e de expressão


A revista quinzenal “Caijing” (finanças em chinês) representou uma tentativa pioneira de jornalismo independente na China. Porém, as pressões do governo forçaram a demissão de 68 funcionários e a fundadora e diretora de redação, Hu Shuli, abandonará a publicação.

A crise foi desencadeada aproveitando a precariedade do estatuto jurídico das empresas público-privadas no país.

A diretora aprovou reportagens investigativas que apresentando a realidade prejudicavam a imagem da ditadura socialista.

Ela, então, foi pressionada a desistir dessa linha e convidada a “produzir material jornalístico simpático a anunciantes”, entre os quais as empresas com participação estatal têm destacada parte.

Com o fim de “Caijing” livre encerrar-se-ia uma exceção. A de uma publicação sem censura. No resto do país, a impressa executa a vontade dos ministérios e a censura do Partido Comunista reina nas redações.


Entre seus “crimes” anti-socialistas, “Caijing” revelou que a epidemia da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) também penetrara na China e denunciou a precariedade de centenas de prédios escolares que desabaram no terremoto de Sichuan em 2008 (foto ao lado).

Para se fazer uma idéia da importância que o regime concede a esse “crime”, o dissidente Huang Qi que denunciou a má administração das escolas afetadas pelo terremoto, foi condenado por “posse ilegal de segredos de Estado” pelo tribunal do distrito de Wuhou, Chengdu. Semelhante “crime” espantosamente impreciso é invocado regularmente pelo regime comunista para afogar toda oposição e encarcerar os dissidentes.

Em 11 anos de vida, a revista não chegou a ser fechada nem a diretora Hu presa devido a que Wang Boming, diretor da empresa que publica a revista, é filho de um figurão do Partido Comunista.

As publicações e jornalistas que desafiaram a linha oficial, entretanto, tiveram uma sorte bem diversa e muito triste.


A revista teve uma circulação de 250 mil exemplares. É lida pela elite econômica chinesa, e era a mais lucrativa do país.

Seus jornalistas não podiam receber propinas ‒ prática generalizada nos jornais estatais e praticada abertamente no transcurso de entrevistas coletivas.


Maio de 2008: "Caijing" publica foto de cemitério de crianças mortas no terremoto e enterradas só com um numero.


“Caijing” empregava 300 funcionários e reproduzia iniciativas da revista britânica “The Economist”, lançando ao fim de cada ano uma edição especial com perspectivas para o ano seguinte. Organizava conferências pelo mundo.

O desvirtuamento de “Caijing” acompanha uma forte tendência de re-estatização na China, análoga ao rampante estatismo na América Latina, liderado por Hugo Chávez, Cristina Kirchner e Lula da Silva.

Sei que o blog 'Pesadelo chinês' é reprimido na China, mas desejaria receber atualizações gratuitas, sem compromisso, no meu Email