O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pequim “apura” explosões de Tianjin prendendo 15 mil descontentes

Até hoje o local está contaminado e inacessível aos antigos moradores.
Até hoje o local está contaminado e inacessível aos antigos moradores.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



Pequim ainda investiga as colossais explosões de Tianjin. O inquérito caminha para o abafamento das causas e sua conexão com a corrupção no esquema partidário comunista.

Porém, o processo está servindo de pretexto para apertar a censura da Internet. O Ministério de Segurança Pública procedeu a prender 15.000 internautas acusados de delitos que “puseram em perigo a segurança cibernética”, informou o quotidiano de Madri “El País”.

A legislação prevê condenações de três anos de cárcere para quem difundir “rumores” pelas redes sociais ou blogs, crime atribuído aos internautas que divulgaram informações relativas à explosão suspeita.

O Ministério – um dos mais poderosos da repressão interna – disse ter investigado 7.400 casos desse suposto delito, sem especificar o prazo em que fez as pesquisas, segundo a agência Reuters.

E no mês de agosto desencadeou a operação “Limpando a Internet”, que durante seis meses intensificará a espionagem no ciberespaço à procura de páginas com “informação ilegal e danosa” ou promovendo coisas tão diversas como a pornografia, o uso de explosivos, de armas de fogo e apostas ilegais.

A embaralhada definição do conjunto de “crimes” serve à maravilha ao objetivo do  Ministério: reprimir quem não pensa como o governo.

A Administração do Ciberespaço disse ter bloqueado pelo menos 360 contas em redes sociais e 50 páginas web que espalhavam “pânico” sobre a catástrofe de Tianjin que matou pelo menos 114 pessoas e feriu mais de 700. Cerca de 50 outras pessoas, incluídos bombeiros, continuam desaparecidas.

Desde que, após fortes lutas intestinas, Xi Jinping se apossou da presidência do aparelho comunista, a censura da internet e das redes sociais tornou-se uma das grandes prioridades, além da repressão religiosa e do doutrinamento marxista.

Proeminentes blogueiros críticos do regime foram presos e obrigados a confessar publicamente suas “faltas”, segundo um procedimento herdado da Campanha Antidireitista e da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung.

Entre as ruínas do 'Paraíso' prometido pelo governo poderiam estar os restos de 50 desaparecidos.
Entre as ruínas do 'Paraíso' prometido pelo governo
poderiam estar os restos de 50 desaparecidos.
O sino-americano Charles Xue, por exemplo, foi acusado de manter relações com prostitutas, uma prática herdada de Mao Tsé Tung e largamente generalizada no Partido Comunista. Mas quando se trata de silenciar um dissidente, qualquer pretexto vale.

Desde 1º de março, segundo havia anunciado a Administração do Ciberespaço, estavam proibidas as contas em redes sociais ou blogs que usem identidades de pessoas ou organizações.

O recurso visa recolher uma ficha mais completa dos usuários.

Em 1º de julho, a Assembleia Nacional Popular – o Legislativo chinês – concedeu mais poderes aos órgãos do Estado para tomar “todas as medidas necessárias” para proteger a soberania do ciberespaço nacional.

As larguíssimas atribuições da máquina de policiamento dos cidadãos foram intensamente criticadas pelas organizações interessadas pelos direitos humanos, mas deixou impávidas as instâncias judiciárias do Estado.

A China é o país com maior número de internautas do mundo: 688 milhões de usuários. Todos eles são agora vigiados por um governo socialista que quer impedir que essa multidão dissemine “informação ilegal ou prejudicial”.

Por aí pode se entrever o tamanho colossal da máquina de espionagem cibernética. 

Monstro repressivo que não causa impressão àqueles que no Ocidente ficam fazendo escândalo por arbitrariedades imensamente menores cometidas nos países livres.


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Após explosão, corrupção e suspeitas apavoram o país

A potência das explosões foi de 21 toneladas de TNT
A potência das explosões foi de 21 toneladas de TNT



Sucessivas explosões abalaram a cidade Tianjin, quinta maior cidade da China e um de seus polos mais dinâmicos.

Tianjin é o porto de Pequim, do qual dista pouco mais de 110 quilômetros. Por ele passam 540 milhões de toneladas de mercadorias por ano. É o quarto maior porto do mundo.

O fogo teria começado nos depósitos portuários da Rui Hai Logistics especializada no transporte de produtos perigosos, que chegam ou saem por barco, caminhão ou trem.

Todo ano, a empresa transporta um milhão de toneladas de mercadorias desse tipo.

A empresa vinha sendo apontada há anos pela falta de segurança de seus procedimentos, mas nenhuma medida foi tomada a respeito. Tal carência é comum na China onde a corrupção grassa na administração pública e no Partido Comunista garantindo a impunidade, como referiu o jornal de Paris, Le Monde.

O local da explosão ficou parecendo um campo de batalha, segundo o jornal de Paris Le Figaro. Milhares de carros carbonizados, prédios devastados incontáveis contêineres desfeitos e empilhados.

Calcula-se que a potência da série de explosões foi de 21 toneladas de TNT. A terra tremeu como num terremoto e as ondas expansivas devastaram tudo num raio de 2 quilômetros do epicentro.

O presidente Xi Jinping prometeu um inquérito implacável e “ uma informação transparente para o público”.

Ato contínuo, as autoridades locais confiaram o inquérito ao exército que baniu os jornalistas do local e cerceou a informação independente.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Produtos químicos nocivos até em roupinhas para crianças

Substâncias químicas tóxicas em roupas para crianças feitas na China
Substâncias químicas perigosas foram detectadas em roupinhas para crianças fabricadas na China e vendidas por grandes marcas do Ocidente como Disney, Burberry ou Adidas.

A ONG Greenpeace explicou ter submetido a analise 82 artigos de 12 marcas tendo encontrado em cada uma delas produtos químicos nocivos, noticiou “Libération”.

Entre os elementos de vestuário envenenados figuravam igualmente produtos das grifes Nike, American Apparel, C&A e Gap.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Milhares de porcos mortos boiam em rio que fornece "água potável" a Xangai e governo finge não saber por quê

Milhares de carcaças podres boiam em rio que fornece "agua potável" a Xangai

Mais de 13.000 porcos mortos foram retirados nos últimos dias do rio Huangpu, a principal fonte de água potável da metrópole chinesa de Xangai, com mais de 20 milhões de habitantes e o maior centro comercial e financeiro da China. Outras cidades vizinhas também sofrem com o problema.

Mas ninguém sabia – ou se sentia encorajado a – explicar ao certo de onde as carcaças em decomposição provinham, por que os porcos haviam morrido, nem quem os tinha jogado nesse rio, noticiaram o jornal francês “Le Figaro” e o português “O Público”.

A população está assustada com o que pode sair da torneira, uma vez que água para consumo humano é captada no referido rio. As autoridades reforçaram a frequência das análises e garantem que não foi detectado até agora qualquer problema de poluição.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Apresentador de TV denuncia iogurtes contaminados e some

Zhao Pu
Zhao Pu
O apresentador da TV nacional chinesa, Zhao Pu, desapareceu após alertar sobre um escândalo de iogurtes adulterados. A denúncia partiu da organização Repórteres Sem fronteiras (RSF) e foi publicada no jornal “El Mundo”, de Madri.

Apresentador habitual de programas vespertinos no canal estatal CCTV, Zhao, 40, escreveu no seu microblog, em 9 de abril, uma mensagem alertando para a gelatina tóxica presente em iogurtes e outros alimentos.

Foi o último dia em que foi visto nas telas. A CCTV nada informa sobre sua desaparição. Segundo a RSF, ele pode ter sumido por “pedido do governo que, como em anteriores escândalos alimentares, quer suprimir qualquer comentário sobre uma questão muito sensível”.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mais uma intoxicação de massa para atingir a meta do plano socialista

Em Shangzu, região autônoma de Xinjiang, oeste da China, onze pessoas morreram envenenadas com anticongelante altamente tóxico, segundo a agência oficial Xinhua.

Outras 120 pessoas tiveram de ser hospitalizadas pelo mesmo motivo. O químico tóxico mortal seria o etilenglicol, usado em motores, e solventes misturados em vinagre para consumo humano.

O governo socialista atribuiu a culpa ao Ramadã islâmico, que obriga ao jejum só durante o dia, enquanto à noite os muçulmanos se reúnem para comilanças.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ainda soja tóxica

Polícia procura mais leite adulterado
A sucessão de escândalos alimentares não pára na China.

As autoridades de Shenyang (nordeste do país) descobriram 40 toneladas de grãos de soja com aditivos proibidos como nitrito de sódio, uréia, antibióticos e hormônios vegetais, segundo o diário oficial “Legal Daily”.

As substancias nocivas visavam dar um aspecto mais apetecível ao produto. A soja em grão é de grande consumo na culinária do país.

O nitrito de sódio pode ser tóxico para o homem e é cancerígeno. O hormônio vegetal também está proibido para o consumo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

“Óleo de esgoto, “leite de couro”, “arroz cádmio”, “carne de Avatar”: iguarias socialistas

Intoxicação de crianças causou pânico
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Peter Foster, correspondente em Pequim do diário “The Telegraph” fez um resumo dos dez maiores escândalos recentes de adulteração de alimentos na China.

A lista era até necessária de tal maneira essas fraudes estão cada vez mais frequentes, perigosas e podem nos atingir no dia-a-dia em simples produtos de baixo preço que substituem produtos fabricados no Brasil.

Veja:

A melamina: o escândalo do leite

É o caso mais conhecido: em 2008, seis bebês morreram e 300.000 adoeceram após consumir leite deliberadamente contaminada com melamina, substância química industrial que faz o produto passar nos testes fingindo uma qualidade que não tem.

No Ocidente, o leite envenenado foi identificado em guloseimas vendidas até sob etiquetas de firmas respeitáveis.

Feijão tóxico

Em abril de 2011 a polícia da cidade de Shenyang apreendeu 40 toneladas de feijão tratado com nitrito de sódio e uréia, antibióticos e um hormônio vegetal proibido. Todos eles perfeitamente ilegais e perigosos.

Os produtos tóxicos foram utilizados para fazer crescer mais rápido o grão e dar-lhe um visual ‘brilhante’ nas prateleiras dos mercados.

Como em todos os casos os heróis “verdes” e anti-agronegócio nunca souberam de nada e nada protestaram.

Na China o caso foi tão grave que o governo prendeu 12 pessoas, como é de praxe para apaziguar a indignação popular.

Vagem banhada em pesticidas

Mais de 3,5 toneladas de feijão verde contaminado com pesticidas proibidos do tipo isocarbophos, foram descobertos à venda na cidade de Wuhan, em março 2010. A vagem teria vindo da cidade de Sanya. Logo depois houve novas denúncias no mesmo sentido em Sanya.

As autoridades locais julgaram “imprudente” divulgar o caso. E assim ficaram os consumidores não sabendo qual veneno podem estar engolindo.

“Leite de couro”

Em fevereiro de 2011, novas denúncias de contaminação do leite usando a proteína hidrolisada de couro que, como a melamina, simula aumentar o teor protéico do leite.

O problema havia sido detectado já em março 2009 relatou o jornal oficial “China Daily”.

Como é comum as autoridades locais estimulam, lucram ou fazem vistas gordas às falsificações para apresentar relatórios recheados de “dados positivos” ao governo central e assim inchar o crescimento estatístico da economia chinesa.

Pequim anunciou que estava fechando quase metade da suas fábricas de laticínios numa tentativa de “limpar a indústria láctea”. O propósito não é novo e das vezes passadas serviu de cortina de fumaça para a impunidade.

Alumínio em pães e farinhas

Após relatos de que boa parte da colheita de arroz da China estava contaminada com metais pesados, as autoridades de saúde em Shenzhen, sul do país, testaram 696 amostras de alimentos elaborados com farinha de trigo, incluindo pães e bolinhos cozidos no vapor.

28% deles apresentava níveis de alumínio acima dos padrões nacionais, noticiou o jornal “Standard” de Shenzhen. A contaminação foi atribuída ao uso excessivo de fermento em pó contendo o metal.

Porco iridescente

Relatórios e fotografias divulgados em março de 2011 mostraram carne de porco que brilhava com estranho brilho azul iridescente quando as luzes da cozinha estavam desligadas. Usuários online a apelidaram de “carne de Avatar”.

O Departamento de Supervisão de Saúde de Xangai disse que a carne de porco foi contaminada por uma bactéria fosforescente, mas que pode se comer com segurança desde que bem cozida. Na internet, os usuários não acreditaram.

“Pó de carne magra” de porco que envenena

Há muito se instalou o uso de esteróides proibidos como o clenbuterol na produção de carne de porco para consumo humano. O chamado “pó de carne magra” pode causar tonturas, palpitações, diarréias e sudorese profusa.

O caso mais recente ocorreu em março de 2011, mas a China só reconhece 18 surtos de intoxicação alimentar relacionados com clenbuterol, entre 1998 e 2007, de acordo com um relatório no site da secretaria de Segurança Alimentar de Xangai.

Recipientes descartáveis tóxicos

Em abril de 2010 mais de 7 milhões de recipientes descartáveis tóxicos que iam ser usados para alimentos foram apreendidos na província oriental de Jiangxi.

Esse tipo de recipiente está proibido, mas seu uso continua difundido na China, liberando substancias venenosas quando o recipiente é aquecido junto com os alimentos.

As substâncias atingem o fígado, os rins e os órgãos reprodutivos.

'Oleo de esgoto' apreendido em Pequim

“Óleo de esgoto”

Uma investigação sigilosa efetivada por um professor da Universidade Politécnica de Wuhan, em março de 2010, concluiu que uma de cada 10 de todas as refeições servidas na China foram cozinhadas com óleo reciclado, muitas vezes recolhido nos esgotos dos restaurantes.

A Secretaria federal de Alimentos e Medicamentos decretou emergência nacional e ordenou uma investigação sobre o escândalo do “óleo de esgoto”.

O alarme aumentou a desconfiança do público a níveis sem precedentes com relação à indústria de alimentos.

Arroz “cádmio”

Pesquisa publicada em fevereiro de 2011 constatou que até 10 por cento do arroz vendido na China foi contaminado com metais pesados, incluindo o cádmio.

Os dados foram coletados pela Faculdade de Agricultura da Universidade de Nanjing.

O problema é mais grave nas províncias do sul, onde em algumas áreas, 60% das amostras estavam contaminadas, algumas até cinco vezes acima do limite legal.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Intoxicações coletivas viram rotina e geram sublevações populares


O mau cheiro de uma estação de tratamento de esgoto serviu de estopim para um protesto de 10 mil pessoas em Fengwei, Província de Fujian, no leste da China. Segundo o “Miami Herald”, os manifestantes enfrentaram 2.000 policiais, em choques que deixaram ao menos dez feridos.

A ONG Centro de Informações para Direitos Humanos e Democracia informou que os habitantes de Fengwei acusam a estação de esgoto de liberar um odor nauseabundo, contaminar o ar, provocar doenças em crianças e idosos e poluir até o mar. Durante um debate sobre o tema, um funcionário da prefeitura teve seu carro destruído e foi feito refém pela multidão.


Uma mulher que mora a uma centena de metros da estação e não deu o nome por temor de represálias disse que as pessoas diante do cheiro pestilencial “vomitam ou desmaiam quando sentem”.

O Departamento de Propaganda do Partido Comunista reconheceu os distúrbios em termos confusos.

Em Wenping, província de Hunan, mais de 1.300 crianças ficaram envenenadas com chumbo pelas emanações da fábrica de processamento de manganês Wugang Smelting. Dias antes, emissões de uma fundição de chumbo numa outra província causaram centenas de vítimas.

A fábrica de Wenping abriu em maio de 2008 e funcionava sem aprovação ambiental, a menos de 500 metros de duas escolas, uma primária e outra secundária, e um jardim de infância.


O governo reconheceu que dois funcionários estavam sendo investigados. O resultado do inquérito dependerá de conchavos na sede do partido comunista.

Os protestos de massa por causa de intoxicações coletivas e problemas ambientais grosseiramente ignorados pelo governo ocorrem regularmente na China.

Na ONU, o presidente Hu Jintao fez promessas sobre meio ambiente muito aplaudidas pela mídia ocidental.

Mas, isso é para consumo externo. Na China, vigora o oposto e de um modo cruel acirrado pelo desejo de impor a hegemonia chinesa ao mundo.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O leite de melamina: “uma boa coisa” e os tribunais julgam “inadmissível” qualquer queixa

Criança com pedras nos rins, Chengdu
Zhang Jianqiu, vice-presidente da Yili, patrocinador das Olimpíadas, achou que o escândalo do leite de melamina “foi uma coisa boa que ajudou a melhorar a qualidade da indústria caseira”.

Por sua vez, os tribunais da grande comarca de Henan declararam “inadmissíveis” dois pedidos de indenização de pais cujos filhos padecem de pedras no rim pelo leite com melamina.

Um tribunal de Lanzhou (Gansu) foi mais sincero: estatuiu que não aceitará nenhuma ação enquanto o executivo não indique como tratar a questão. Estando o governo pesadamente envolvido no caso, a Justiça pergunta ao réu, declarado ou presumido, o que fazer das vítimas, aliás, quase indefesas.

Os pais de Yi Kaixuan, de 6 meses, pediram à fábrica Sanlu uma indenização de perto de 300.000 reais aos tribunais de Gansu, mas os peritos duvidam que o pedido sequer seja considerado pela Justiça dominada toda ela pelo Partido Comunista. A lei admite esse direito, mas na China socialista... a lei!... ora a lei!

Produtos contaminados com melamina nas prateleiras do Carrefour, ChinaMais de 100 advogados se prontificaram a defender as vítimas. Mas logo as órdens de advogados locais lhes fizeram ver que andavam pelo mau caminho. Mais de 20 já renunciou a essa função.

Zhang Xinbao, professor de Direito na Universidade do Povo da China, explicou que as autoridades “consideram uma ameaça à estabilidade social” tais iniciativas jurídicas. Leia-se: é crime que dá em prisão ou campo de “reeducação socialista pelo trabalho”.

“Proteger a Sanlu significa proteger as autoridades elas próprias”, completou.

A empresa japonesa Mitsui & Company denunciou a presencia de melamina numa partida de 20 toneladas de ovo em pó vindas da China. O ovo em pó é usado para fabricar massa e bolos.

Em Nápoles, Itália, foi seqüestrada mais de uma tonelada de leite em pó chinês que entrara no país de contrabando. O ministro de Agricultura Luca Zaia falou de “latte alla melamina”.


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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Anvisa proíbe importar lácteos chineses, mas eles já não estão aí?

White Rabbit contaminado na Belgica
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o ingresso e comercialização de matéria-prima chinesa de origem láctea e outros alimentos que contenham leite, provenientes ou fabricados na China.

A causa é a presença de melamina, a danosa substância química que já causou pedras nos rins em mais de 53.000 crianças.

O Ministério da Agricultura, por sua vez, garante que o Brasil não comercia produtos lácteos com a China e nenhuma empresa láctea da China está autorizada a comerciar seus produtos no Brasil.

Porém, por precaução as empresas no Brasil que tenham importado produtos alimentícios da China não poderão utilizá-los para produzir alimentos ou comercializá-los. Como se houvesse temor de que eles já estejam presentes no mercado nacional.

White Rabbit contaminados em supermercado de ManilaA proibição da Anvisa não é supérflua. Também a França achava que não estava livre do perigo de intoxicação por guloseimas com melamina, e eis que foram achadas grandes quantidades delas no país. O mesmo verificou-se na Bélgica.

A Argentina baixou proibição semelhante. Mas lá teme-se. com base em contrabando apreendido pela Polícia Federal Argentina no porto de Buenos Aires e que tinha como destino final Ciudad del Este, que muitos desses produtos acabariam entrando no Brasil.

A gravidade do caso é amplificada pelo fato de que achocolatados, bolachas e bombons de marcas reputadas como a britânica Cadbury e a suíça Nestlé acusaram níveis intoleráveis de melamina.

Crianças aguardando tratamento, ChonquingA complicação é grande também porque parte dos produtos envenenadores foi produzida fora de China usando material tóxico chinês. A Suíça encontrou a temida melamina em bolachas chegadas da Tailândia e de Sri Lanka e alertou os demais países europeus para retirá-las do comércio (OESP, 14/10/08).

A Cadbury fez um recall geral de produtos na região da Ásia e do Pacífico.

E nós? Mais vale confiar nas bolachas brasileiras do que em importado fajuto.

Ruim é sair do restaurante depois de uma boa feijoada ou um saboroso churrasco sem saber se saboreando aquelas balinhas de presente, a gente está se envenenando a conta-gotas com melamina chinesa...


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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Até móveis chineses causam danos graves à saúde

Magazine Conforama na França
Verdadeira revolta grassa na França. Mais de 38 mil pessoas compraram móveis chineses, bem baratinhos por certo. Mas intoxicavam com um fungicida que provoca graves alergias dermatológicas.

Os sofás e poltronas foram feitos pelo grupo chinês Link Wise e foram distribuídos pela rede de lojas Conforama. A Conforama é propriedade da empresa PPR, que por sinal também possui cadeias de lojas como a Fnac, presente no Brasil, e grifes famosas como Gucci, muito procurada nas lojas brasileiras de alto luxo.

A fábrica chinesa misturou nos estofados um grande número de sacolinhas com dimetilfumarato, i. é, um fungicida tóxico. Em contato duradouro com a pela humana pode provocar profundas lesões.

Modelos perigososA família se sentava para ver a TV no novo sofá e certo tempo depois começava a sofrer irritações estranhas. O caso se agrava, mas ninguém suspeita do sofá! Até que alguém tem que ir no médico. E este, pelo geral, detectava a alergia mas não conseguia descifrar a causa misteriosa.

Até que a intoxicação coletiva foi denunciada pelo dermatologista de Estrasburgo (Alsácia, no limite com a Alemanha), Florent Grange. Para o dermatologista Christophe Le Coz, da Universidade da mesma cidade, esta contaminação é um “risco de saúde pública”.

Conforama, ironicamente loja do conforto, enviou mais de 38.000 mensagens por correio a seus clientes. No mês de março fez um recall oferecendo troca ou devolução do dinheiro. Os lesados deveriam apresentar atestados médicos para usufruir o benefício.

Mais de 400 pessoas provaram ter sofrido danos à saúde como eczemas com atestados clínicos. 10 delas sofreram crises agudas. Christian Gibier, aposentado, 61, morador em Aube, perto de Paris, teve que fazer 69 sessões de quimioterapia, pois diante da gravidade do seu quadro os médicos confundiram a sua crise alérgica com câncer de pele.

A chinesa Link Wise, responsável pela intoxicação apelou às artimanhas verbais, como vem sendo de praxe nestes casos já tão repetidos.

Este tipo de intoxicação não é novo. O mesmo fungicida já tinha sido denunciado na Inglaterra e na Finlândia em 2007. Porém, os sofás envenenadores continuavam sendo vendidos desavergonhadamente na França.

Assim funcionam as misteriosas cumplicidades de certos macro-capitalistas ocidentais com a nomenklatura marxista chinesa.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Número e variedade de intoxicações alimentares cresce vertiginosamente

Bebes com cálculos renais, leite em pó adulterado
O caso do leite adulterado toma ares de pânico na medida em que aparece a extensão do estrago. Aumenta sem cessar o número das empresas flagradas na intoxicação de massa. No dia 18 “La Nación” de Buenos Aires citava 7. Quatro dias depois, o “New York Times” falava de 22.

Na mesma data o grupo japonês Marudai Food fazia um recall de cinco de seus produtos, fabricados na China e intoxicados, incluindo pães e crepes. Hong Kong identificou a tóxica melamina em leite comum, sorvetes e iogurtes.

O leque de alimentos contaminados subia enquanto o governo avisava que uma marca de bala muito consumida na China, “White Rabbit” também estava envenenada, além de bolachas. O “White Rabbit” já era um símbolo nos tempos do maoísmo. O presidente dos EUA Richard Nixon, precursor da aproximação com a China comunista ganhou um pacote de presente na sua viagem a Pequim em 1972.

Informou o diário "El Mundo" de Madrid, que o Canadá advirtiu os consumidores contra os produtos da marca Mr. Brown produzidos pela empresa taiwanesa King Car Food Industrial e importados pela Thai Indochine Trading. A marca inclui uma série de produtos de café instantâneo. Taiwan encontrara melamina em matérias primas trazidas da China.

Mais de 50.000 casos de envenenamentoO jornal acrescentou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou muito claro que a melamina “não tem nada a fazer nos alimentos ou produtos lácteos, e ainda menos no leite para crianças”. Na Inglaterra, a cadeia de supermercados Tesco tioru das prateleiras as goluseimas chinesas. A Colômbia também interditou a importação de lácteos vindo do império comunista pequinês.

O número oficial das vítimas cresce dia a dia. No 18/09/08, o Ministério da Saúde falava de 6.244 crianças com cálculos renais e três mortes. No 22, o mesmo Ministério elencava 12.892 crianças hospitalizadas, 104 das quais em estado grave, e quatro mortes. Mencionava também 40.000 casos medicados. Ainda nesse dia, a agência France Press subia a cifra para 53.000 No fim do mesmo dia Euronews, mencionava dez mortes.

As autoridades comunistas reconheciam que produtos adulterados tinham sido exportados para países da Áfria e da Asia, como Burundi, Gabão, Bangladesh, Birmania e Yemen.

Muitas das empresas engajadas no escândalo têm participação estrangeira e técnicos do exterior supervisam ou dirigem as cadeias de produção. Vários países africanos e asiáticos interromperam as importações de lácteos chineses.

Filas em hospital de SichuanFilas imensas formam-se diante dos hospitais com pais e mães desesperados. A política de controle da natalidade chamada de “filho único” torna ainda mais pungente o caso. Só um criança e atingida desse modo já no berço...

“O que é que nós vamos comer, então?” comentava um internauta citado por “Le Monde”.

O temor é que não só o leite esteja adulterado mais também outros alimentos básicos.

“Eu acredito que muita gente pega câncer hoje por culpa do alimento que nos comemos", disse Cathy Wang, dona de uma bijuteria em Pequim citada por France Press.

Leite contaminado num hospital de Wuhan“Nós já tivemos arroz adulterado, porco com água injetada, frangos com gripe aviária, agora é o leite. Se não abrirmos os olhos de aqui há pouco não poderemos comer mais nada” disse Huang Yan, 30, em Xangai.

A melamina é usada para plásticos, colas, resinas e fertilizantes.

Está proibida nos alimentos, notadamente após outro envenenamento de massa em 2004.

Inicialmente, o governo culpou os pequenos produtores de leite. Logo, percebeu-se que as complicadas manipulações químicas para agregar a melamina só podiam ser feitas em grandes fábricas por peritos.

Centenas de pessoas devolvem vasilhames contaminadosO governo de Pequim anuncia punições e tomou algumas medidas, mas a sensação geral é que se está diante de cadeias ideológicas de corrupção que não serão desmanteladass.

O horroroso sonho maoísta, hoje disfarçado sob um verniz capitalista, da supremacia universal não pode se deter por causa de algumas dezenas de milhares de vítimas...

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Brinquedo tóxico chinês causa espasmos e coma em crianças


Mais um brinquedo venenoso chinês causou medo e uma onda de recall no Brasil e no mundo. Jacob Esses, 20 meses, de Jacksonville (EUA) engoliu uma bolinha colorida do brinquedo conhecido no País como Bindeez [foto] e comercializado pela Long Jump do Brasil.


Jacob começou a reagir como drogadicto e os pais temeram que fosse morrer. Pelo menos mais duas crianças nos EUA e quatro na Austrália foram hospitalizadas pela mesma razão.

A fábrica chinesa trocava a substância oficialmente usada por outra que é perigosa para a saúde, mas é mais barata. Esta, quando diluída na água, se transforma na droga GHB, conhecida como “ecstasy líquido”, e engolida produz problemas respiratórios, espasmos e coma.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Mattel obrigada a fazer sua autocrítica como nos tempos da Revolução Cultural

A Mattel, maior fabricante mundial de brinquedos, foi obrigada pelo governo chinês a fazer autocrítica pública e pedir “perdão ao povo” pelos brinquedos tóxicos que distribuiu às dezenas de milhões.

O gesto, reeditou, com variantes suavizadas, as cenas mais deprimentes da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung. Nela, capitalistas e proprietários eram obrigados a se a cusarem de público das faltas ou crimes que lhes atribuía o regime.

A humilhação naquela época acabava em linchamento moral e até corporal. Desta vez felizmente não correu sangue, mas a Mattel saiu com a imagem pelo chão.

A Mattel, como tantas outras empresas imprudentes, distribui brinquedos feitos na China por empresas locais que utilizavam componentes adulterados, ou desrespeitavam metodicamente os controles de qualidade.

Thomas Debrowski, vice-presidente de Mattel teve que declarar diante de Li Changjiang, chefe da agência estatal de controle de qualidade, que a culpa dos brinquedos tóxicos ou danosos “provinha de um defeito de concepção de Mattel, e não de um problema vindo dos fabricantes chineses”.

Li Changjiang mostrou-se benévolo com o penitente e disse estar satisfeito com seu arrependimento.

O governo chinês está apavorado com a reação no Ocidente face às mais recentes descobertas de remédios, alimentos, produtos de toalete, ração animal, brinquedos e outros, venenosos ou adulterados fabricados na China para consumo sobre tudo externo.

O processo de autocrítica obviamente não descobriu nenhuma culpa nas fábricas chinesas de onde saíram os produtos avariados ou danosos. 

Algum que outro responsável das fábricas comprometidas, apareceu suicidado e o governo não quer falar mais do caso.