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quarta-feira, 8 de março de 2023

Bases militares chinesas na Terra do Fogo?

China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O governo esquerdista argentino prometeu impedir a instalação de uma base chinesa no sul da Argentina, argumentando questões de soberania.

Mas na prática avança na construção de um “porto polivalente” em Río Grande, Terra do Fogo, que tem por trás o China Shaanxi Chemical Industry Group, que promete instalar uma fábrica química e uma central elétrica no local.

A história é difícil de acreditar, disse o site bem informado “Infobae” porque a referida empresa chinesa delegou o serviço à HydroChina Corp, do governo socialista chinês que é representada na Argentina por Shuiping Tu, um burocrata do Partido Comunista Chinês.

“Sob a desculpa de um porto, o que a China busca na verdade é construir uma base naval com cais e acesso ao mar. Isso permitirá a Pequim uma porta de entrada para a Antártida. Também poderá monitorar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico e as comunicações em todo o hemisfério”, acrescentou “Infobae”.

Base espacial chinesa em Neuquén, Patagonia, onde os argentinos não podem entrar
Base espacial chinesa em Neuquén, Patagônia, onde os argentinos não podem entrar
O governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, é um entusiasta do desembarque chinês no sul e não incluiu o grande negócio nas contas oficiais. O Legislativo local deverá ratificar o acordo, informou o “El Diario del Fin del Mundo”.

A empresa chinesa de fachada se compromete a produzir 600.000 toneladas anuais de amônia sintética, 900.000 de ureia e 100.000 de glifosato.

Porém o que mais interessa à China comunista por trás da empresa de fachada é ter um porto próprio na região mais austral do planeta, porta de entrada para o Continente Branco.

O “plano comercial” promovido pelo governador esquerdista e pelo embaixador da Argentina em Pequim, Sabino Vaca Narvaja é suspeito também porque “fazer um porto na Terra do Fogo não é lucrativo.

“Não há volume, não há escala, nem há probabilidade de fazer um investimento que o justifique”, indicaram outras fontes reservadamente.

Outro especialista tirou todas as dúvidas: “os chineses nunca querem ganhar dinheiro. Eles sempre têm um objetivo político”.

O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén, disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén,
disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O embaixador da China em Buenos Aires, Zou Xiaoli, pressionou a Justiça local para remover os “obstáculos legais” que impediam o início do projeto.

O governador promete obter “as aprovações legais o mais rápido possível” e a empresa fachada China Shaanxi Chemical Industry Group, promete construir uma base para navios de até 20.000 toneladas.

Diz que com ela irá “incentivar as empresas chinesas a investir na Terra do Fogo”, prova de que não há movimento atual que justifique, e “implementar uma filosofia de proteção ambiental” que a China viola até em seu território.

A surpresa é maior porque já está em andamento a construção de um porto pelo setor privado com capital argentino.

O governador das esquerdas inventou uma estatal energética, a Terra Ignis Energía, com a intenção de envolver os chineses em projetos e negócios.

Na província é tida como um mais engendro da corrupção política.

A obsessão chinesa final é a Antártida, e para isso cogita mais uma instalação na cidade mais austral do mundo: Ushuaia.

A vantagem de Rio Grande, é que sendo pequena e afastada o regime comunista chinês poderia agir sem mito controle.

A China já recebeu de mão beijada um amplo espaço em Neuquén, onde construiu a Estação Espacial Distante localizada em Bajada del Agrio também na Patagônia.

China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
Só que apenas militares chineses podem entrar em suas instalações e ... para ver as estrelas! Diversas fontes na Argentina e nos EUA sempre suspeitaram que esse observatório espacial tem finalidades militares.

A “Infobae” enviou seu jornalista Andrés Klipphan a estudar o caso e achou graves irregularidades na entrada comunista em Terra do Fogo.

A China já tentou o mesmo projeto em 2010 mas foi abandonado totalmente porque a população se julgava enganada.

O jornalista Armando Cabral, ameaçado por investigar esse tipo de acordo entre Pequim e a corrupção na província, denunciou que a manobra se deve a que “é um lugar muito estratégico se tiveres em conta que estás no canal que une os dois oceanos”, além de ser um local muito pouco habitado.

A flota pesqueira clandestina
Outras iniciativas chinesas em período de governo esquerdista-nacionalista concluíram em escândalos judiciais e inconclusão das obras.

Por sua vez, uma base chinesa na Terra do Fogo preocupa no Brasil, escreveu “Mar sem fim”. A China já tentou o Uruguai para abrir uma base na América do Sul. Tendo fracassado procurou autoridades do Rio Grande (RS), também se frustrando. Agora se volta para a Argentina.

Marinha argentina captura mais um pesqueiro ilegal chinêsCom cobertura de silêncio da grande mídia, em 2021 os chineses foram recebidos pelo secretário do Meio Ambiente e infraestrutura do Rio Grande do Sul, teoricamente para melhorar a pesca.

Mais felizmente a manobra não foi em frente. Pois a China é a maior predadora dos mares do planeta. Depois de esgotar a pesca em sua Zona Econômica Exclusiva, foi depredar o litoral africano.

E o estrago feito, passou a depredar águas sul americanas especialmente as argentinas muito ricas em lulas dentadas (metade das capturas mundiais).

Essa depredação da frota ilegal chinesa já se fazia desde 2013! E, em 2016, um pesqueiro chinês suspeito abordado pela Armada argentina se afundou para não revelar o que estava fazendo.

Também a China invadiu e depredou os riquíssimos santuários marinhos das Galápagos (Equador) no Pacífico.

Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Agora segundo o site portenho pescare.com.ar um novo ataque da República Popular da China está visando nosso país. Não lhes basta a pesca ilegal. Agora eles buscam construir uma base naval em Ushuaia, (Terra do Fogo), abrindo uma “janela” para a Antártida”.

Segundo o site Intelligence Online da França, essa base permitiria à China controlar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Ushuaia fica às margens do Canal de Beagle, e seria um desastre para a América do Sul e a Antártica se os ‘chineses’ alcançarem seu intento.

Segundo o La Nación, a Rússia pretende ter num Polo Logístico Antártico coisa pouco compreensível porque já tem várias bases no continente antártico.

Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Com o pretexto “patriótico” de fortalecer a presença das Forças Armadas na Patagônia o Ministério da Defesa argentino promoveu instalações com magros equipamentos nacionais, mas visando a Grã-Bretanha.

O verdadeiro interesse das esquerdas argentinas está na parceria com a China e a Rússia, suscitando a preocupação nos EUA.

O Brasil ficará comprometido por esse desenvolvimento de potências expansionistas enquanto também aumenta a preocupação com a Amazônia Azul, altamente cobiçada no exterior, ameaça pouco acompanhada pela opinião nacional.


terça-feira, 12 de março de 2019

Base espacial chinesa na Patagônia
tem fins “não civis”, diz exército dos EUA

Base chinesa na Patagonia não é só civil, diz exército dos EUA
Base chinesa na Patagonia não é só civil, diz exército dos EUA
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A desproporcionada base espacial que o governo nacionalista-populista de Cristina Kirchner concedeu à China na Patagônia causa cada vez mais preocupação na Argentina e no mundo, como pode se ver em reportagem do jornal portenho “La Nación”.

Teme-se cada vez mais sobre sua verdadeira finalidade. Recentes fatos, como o pouso de uma nave chinesa no lado escuro da Lua multiplicaram os temores.

A base dirigida pelo Exército Vermelho comunista teria também um objetivo militar.

Durante milênios as guerras e as hegemonias imperiais tinham como objetivo supremo o domínio da superfície terrestre.

Em séculos recentes, os impérios coloniais como o inglês privilegiaram o controle dos mares, e dos estreitos que controlam a navegação

Infografia publicada pela imprensa argentina
Infografia publicada pela imprensa argentina
A II Guerra Mundial transferiu essa importância ao controle do ar.

As forças aéreas – os aviões primeiro, e os mísseis posteriormente – passaram a ser determinantes para o domínio do mundo ou de continentes inteiros.

Hoje o controle do espaço e das comunicações satelitais para usos militares é campo de luta primordial para as potências.

Nesse contexto foi posta em funcionamento num local desértico e afastado uma estação espacial chinesa de observação e exploração que diz ter finalidades “pacíficas”. E isso é o que cada vez menos se acredita.

Pequim ganhou de mão beijada uma área de 200 hectares, perto do povoado de Bajada del Agrio, na província de Neuquén, na estepe patagônica.

A área é na prática um enclave soberano chinês. Funciona sem supervisão das autoridades argentinas, leia-se só vigora a lei chinesa, os trabalhadores e cientistas só são chineses, que não falam a língua do país, quase não se fazem ver e obedecem a um general vermelho.

A agência Reuters obteve acesso a centenas de páginas de documentos oficiais dos acordos, aliás secretos, assinados por Kirchner. A documentação foi revista por especialistas em direito internacional.

Os EUA consideram que a China está “militarizando” o espaço e que a estação da Patagônia, acordada secretamente com um governo corrupto é mais um exemplo de táticas chinesas predatórias da soberania das nações, explicou Garrett Marquis, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Por sua vez, Tony Beasley, diretor do Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA estima dita base pode “escutar” os satélites de outros países para surrupiar dados confidenciais.

Trinta empregados chineses trabalham e moram na base que não admite argentinos, disse a prefeita local, Maria Espinosa. Os habitantes da zona rara vez veem alguém na cidade.

Alberto Hugo Amarilla, dono de um pequeno hotel, conta que um funcionário chinês o saudou com entusiasmo pois tinha sabido que era oficial retirado do exército. O chinês era general...

Apresentando seu informe anual, no Congresso, o chefe do Comando Sul dos EUA, o almirante Craig S. Faller, manifestou sua “preocupação” porque a base chinesa pode “monitorar alvos estadunidenses”, escreveu o quotidiano “Clarin” de Buenos Aires.

Os perigos da penetração informática militar da China na Argentina atingem toda a América do Sul.

Eles são acrescentados pela expansão de empresas engajadas com a telefonia celular, como a Huawei e a ZTE que “penetraram agressivamente na região”, com uma estratégia que “põe em risco a propriedade intelectual, dados privados e segredos de governo”.

O Pentágono considera, além do mais, que essas empresas incluem dispositivos nos smartphones que comercializam para grampeá-los e repassar os dados à China.

De maneira análoga, segundo a agencia britânica Reuters a base chinesa age como uma “caixa preta” para registra toda espécie de informações sensíveis.

Segundo militares citados pela revista Foreign Policy a forma do imenso radar revela que é usado para reunir informação sobre a posição e as atividades dos satélites militares americanos. E sublinham que a China fala muito de um espaço livre de armas, mas é a primeira em não respeitar o que diz.

Base funciona como território soberano chinês.
Base funciona como território soberano chinês.
No Congresso estadunidense, o almirante Faller elencou entre as “principais ameaças” à paz mundial, a Rússia, a China, o Irã, e seus “aliados autoritários” de Cuba, Nicarágua e Venezuela.

O jornal portenho “Clarín” publicou fac-símiles do tratado secreto que confirmam esses temores.

O tratado cria “uma zona de exclusão”, que tem um raio de até 100 kms em volta dos 200 hectares. Nessa “zona de exclusão”, os civis argentinos não poderão acionar aparelhos que usem ondas de rádio “como equipamentos domésticos, dispositivos para carros,” etc.

O prefeito de Bajo del Agrio, a localidade mais próxima à base, Ricardo Fabián Esparza, usou uma metáfora caseira para dizer que tudo se passa como se os chineses quisessem espionar até as peças íntimas de nosso vestuário.


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Base chinesa na Patagônia:
peão de ousada manobra do xadrez de Pequim

Estação de 50 milhões de dólares é dirigida por órgão das forças armadas chinesas
Estação de 50 milhões de dólares é dirigida por órgão das forças armadas chinesas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Uma antena gigantesca de metal resplandecente surge isolada e misteriosa numa área desértica da Patagônia. Ela tem uma altura equivalente a um prédio de dezesseis andares.

O dispositivo central pesa 450 toneladas e serviria para controle de satélites e missões espaciais chinesas. Por isso mesmo o comando está nas mãos do Exército vermelho.

A enigmática base solitária é um dos símbolos mais impactantes da estratégia de Pequim desafiando os EUA na América Latina, escreveu o jornal “The New York Times”.

A estação é plenamente operacional desde março e a China alega estudar a Lua. As condições em que foi iniciada foram estritamente ilegais. Por fim o governo Kirchner arrancou uma aprovação do Congresso para abafar o escândalo.

O segredo da negociação, construção e finalidades suscitou debate na Argentina sobre os riscos do país ser arrastado à órbita de influencia do comunismo chinês.