China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O governo esquerdista argentino prometeu impedir a instalação de uma base chinesa no sul da Argentina, argumentando questões de soberania.
Mas na prática avança na construção de um “porto polivalente” em Río Grande, Terra do Fogo, que tem por trás o China Shaanxi Chemical Industry Group, que promete instalar uma fábrica química e uma central elétrica no local.
A história é difícil de acreditar, disse o site bem informado “Infobae” porque a referida empresa chinesa delegou o serviço à HydroChina Corp, do governo socialista chinês que é representada na Argentina por Shuiping Tu, um burocrata do Partido Comunista Chinês.
“Sob a desculpa de um porto, o que a China busca na verdade é construir uma base naval com cais e acesso ao mar. Isso permitirá a Pequim uma porta de entrada para a Antártida. Também poderá monitorar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico e as comunicações em todo o hemisfério”, acrescentou “Infobae”.
Base espacial chinesa em Neuquén, Patagônia, onde os argentinos não podem entrar |
A empresa chinesa de fachada se compromete a produzir 600.000 toneladas anuais de amônia sintética, 900.000 de ureia e 100.000 de glifosato.
Porém o que mais interessa à China comunista por trás da empresa de fachada é ter um porto próprio na região mais austral do planeta, porta de entrada para o Continente Branco.
O “plano comercial” promovido pelo governador esquerdista e pelo embaixador da Argentina em Pequim, Sabino Vaca Narvaja é suspeito também porque “fazer um porto na Terra do Fogo não é lucrativo.
“Não há volume, não há escala, nem há probabilidade de fazer um investimento que o justifique”, indicaram outras fontes reservadamente.
Outro especialista tirou todas as dúvidas: “os chineses nunca querem ganhar dinheiro. Eles sempre têm um objetivo político”.
O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén, disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul |
O governador promete obter “as aprovações legais o mais rápido possível” e a empresa fachada China Shaanxi Chemical Industry Group, promete construir uma base para navios de até 20.000 toneladas.
Diz que com ela irá “incentivar as empresas chinesas a investir na Terra do Fogo”, prova de que não há movimento atual que justifique, e “implementar uma filosofia de proteção ambiental” que a China viola até em seu território.
A surpresa é maior porque já está em andamento a construção de um porto pelo setor privado com capital argentino.
O governador das esquerdas inventou uma estatal energética, a Terra Ignis Energía, com a intenção de envolver os chineses em projetos e negócios.
Na província é tida como um mais engendro da corrupção política.
A obsessão chinesa final é a Antártida, e para isso cogita mais uma instalação na cidade mais austral do mundo: Ushuaia.
A vantagem de Rio Grande, é que sendo pequena e afastada o regime comunista chinês poderia agir sem mito controle.
A China já recebeu de mão beijada um amplo espaço em Neuquén, onde construiu a Estação Espacial Distante localizada em Bajada del Agrio também na Patagônia.
China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia |
A “Infobae” enviou seu jornalista Andrés Klipphan a estudar o caso e achou graves irregularidades na entrada comunista em Terra do Fogo.
A China já tentou o mesmo projeto em 2010 mas foi abandonado totalmente porque a população se julgava enganada.
O jornalista Armando Cabral, ameaçado por investigar esse tipo de acordo entre Pequim e a corrupção na província, denunciou que a manobra se deve a que “é um lugar muito estratégico se tiveres em conta que estás no canal que une os dois oceanos”, além de ser um local muito pouco habitado.
Outras iniciativas chinesas em período de governo esquerdista-nacionalista concluíram em escândalos judiciais e inconclusão das obras.
Por sua vez, uma base chinesa na Terra do Fogo preocupa no Brasil, escreveu “Mar sem fim”. A China já tentou o Uruguai para abrir uma base na América do Sul. Tendo fracassado procurou autoridades do Rio Grande (RS), também se frustrando. Agora se volta para a Argentina.
Com cobertura de silêncio da grande mídia, em 2021 os chineses foram recebidos pelo secretário do Meio Ambiente e infraestrutura do Rio Grande do Sul, teoricamente para melhorar a pesca.
Mais felizmente a manobra não foi em frente. Pois a China é a maior predadora dos mares do planeta. Depois de esgotar a pesca em sua Zona Econômica Exclusiva, foi depredar o litoral africano.
E o estrago feito, passou a depredar águas sul americanas especialmente as argentinas muito ricas em lulas dentadas (metade das capturas mundiais).
Essa depredação da frota ilegal chinesa já se fazia desde 2013! E, em 2016, um pesqueiro chinês suspeito abordado pela Armada argentina se afundou para não revelar o que estava fazendo.
Também a China invadiu e depredou os riquíssimos santuários marinhos das Galápagos (Equador) no Pacífico.
Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países |
Segundo o site Intelligence Online da França, essa base permitiria à China controlar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Ushuaia fica às margens do Canal de Beagle, e seria um desastre para a América do Sul e a Antártica se os ‘chineses’ alcançarem seu intento.
Segundo o La Nación, a Rússia pretende ter num Polo Logístico Antártico coisa pouco compreensível porque já tem várias bases no continente antártico.
Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares |
O verdadeiro interesse das esquerdas argentinas está na parceria com a China e a Rússia, suscitando a preocupação nos EUA.
O Brasil ficará comprometido por esse desenvolvimento de potências expansionistas enquanto também aumenta a preocupação com a Amazônia Azul, altamente cobiçada no exterior, ameaça pouco acompanhada pela opinião nacional.
Percebe-se que esse site é pura propaganda norte-americana.
ResponderExcluirTudo de que acusaram a China de fazer (e não estou dizendo que é mentira!), também cai perfeitamente naquilo que os Estados Unidos fazem com países que estão sob sua influência tratando-os como capachos e meros quintalzinhos.