Raios lasers sobre Havaí e balão espião sobre a 'tríade nuclear' dos EUA. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A China varreu com raios laser um vulcão adormecido na Ilha Grande do Havaí, deixando claro que o Partido Comunista Chinês está se mobilizando para a guerra, escreveu o especialista Gordon G. Chang do Gatestone Institute.
Em janeiro, a Subaru-Asahi Star Camera, que transmite ao vivo imagens do Telescópio Subaru em Mauna Kea, no Havaí, capturou imagens de uma chuva de raios laser de cor esverdeada de poucos segundos.
Os raios só poderiam ter vindo de uma fonte: o satélite chinês Daqi-1/AEMS.
Por que varrer com raios laser um vulcão adormecido no Havaí?
“Está medindo o nível dos poluentes”, esclareceu ingenuamente Roy Gal do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.
Mas a realidade é muito mais grave e tal vez o assustou demais.
“Os chineses, que são os poluidores mais prolíficos do planeta, por que estariam coletando dados sobre poluentes no nosso lado do Pacífico”, perguntou Ray L'Heureux, Ex-Chefe do Estado Maior das Forças Navais do Pacífico.
E Richard Fisher, do International Assessment and Strategy Center da Virgínia, explicou porquê os cientistas chineses se interessam na atmosfera dos outros.
China vinha usando raios laser para 'cegar' navios de guerra filipinos
“O satélite chinês Daqi-1 é um perfeito exemplo da dualidade no uso do programa espacial da China.
“Utiliza um laser verde para pesquisa ambiental ou de gases de efeito estufa, porque os dados que fornecem podem ser usados para dirigir a pontaria do novo míssil balístico hipersônico da China”, ressaltou Fisher.
“Os HGVs, (“mísseis balísticos hipersônicos”) como são chamadas essas plataformas balísticas, exigem medições meteorológicas precisas para o lançamento de ogivas com mira certeira.”
E há mais. “O satélite que pairava sobre o Havaí provavelmente estava rastreando a movimentação de submarinos americanos onde as infraestruturas anti-submarinas cada vez mais sofisticadas da China poderiam ser aprimoradas e se tornarem uma ameaça aos navios de guerra americanos lá submergidos”, salientou Brandon Weichert, autor de livro Winning Space: How America Remains a Superpower.
“Lasers avançados em órbita têm condições de varrer as profundezas do oceano, localizar e rastrear submarinos americanos que estão tentando se movimentar 'silenciosamente nas profundezas”, prosseguiu Weichert.
Plano que inclui os balões espiões chineses
Laser chinês sobre Havaí pressagia grande guerra |
Em sua trajetória de oito dias pelos EUA e Canadá, deu uma boa olhada nos dois pilares da “Tríade Nuclear” dos EUA, a força de dissuasão nuclear.
Antes de ser atingido pela Força Aérea sobre águas de Myrtle Beach, o balão manobrável monitorou, entre outras instalações, Malmstrom, F.E. Warren e as Bases da Força Aérea de Minot, que abrigam todos os mísseis balísticos intercontinentais Minuteman III dos EUA , o primeiro pilar da Tríade.
Também passou perto da Base Aérea de Whiteman, domicílio da frota de bombardeiros B-2 com capacidade de carregar bombas nucleares, o segundo pilar da Tríade.
Mais nefasto ainda, a nave passou perto da Base Aérea de Offutt, quartel-general do Comando Estratégico, que controla todas as armas nucleares dos EUA, o terceiro pilar da Tríade.
Sem dúvida a rota sugere que a China está coletando informações para o primeiro ou segundo ataque contra as armas nucleares americanas.
A verdadeira história é que o Pentágono foi pego de calças curtas por essas invasões, escreve Chang. Só depois o Pentágono percebeu que houve invasões em anos anteriores.
Lasers apontam o espaço: uma nova dimensão da guerra |
Enquanto isso, o Partido Comunista Chinês mobiliza celeremente toda a sociedade para a guerra.
É perigoso presumir que a chuva de raios laser da China ocorrida em Havaí foi realizada somente para fins civis.
Ninguém em terra sofreu queimaduras em virtude dos raios chineses, mas a chuva de raios laser é só mais um aviso de que a guerra está a caminho, concluiu Chang.
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