Representação com vítimas dos métodos de tortura na Coreia do Norte |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O relatório “Futuro da Coreia” recolheu testemunhos de procedimentos violentos da ditadura comunista norte-coreana, como espancamentos de prisioneiros por orar e prisões e tortura de pessoas por possuírem uma Bíblia, de 2019 a agosto de 2021, segundo a agência InfoCatólica.
Um prisioneiro viu que companheiros de prisão rezavam num canto da cela fora da captura da câmera de televisão.
“Em uma ocasião, quando foram pegos orando, foram espancados todas as manhãs durante 20 dias consecutivos”, disse a testemunha.
Em vários casos uma pessoa foi presa por possuir uma Bíblia. Uma jovem detida por ter uma Bíblia foi “espancada com uma vara de madeira até que um superior interveio após ouvir os gritos da vítima” enquanto estava sob custódia do Comando Central do Ministério de Segurança do Estado coreano.
Outra mulher na casa dos 50 anos que frequentava uma igreja clandestina, foi espancada até morrer.
A Coreia do Norte com 24 milhões de habitantes é o pior país do mundo em termos de perseguição aos cristãos, e o fechamento do país dificulta obter dados concretos sobre as práticas cristãs clandestinas.
O relatório “Futuro da Coreia” e o banco de dados que o acompanha documentam 167 violações graves dos direitos humanos perpetradas contra 91 cristãos entre 1997 e 2019.
Ele detalha 34 pessoas presas na Coreia do Norte por possuir artigos religiosos, 23 por práticas religiosas na China e 21 pessoas por prática religiosa na própria Coreia do Norte.