O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

'Big Brother' das religiões se instala em Pequim

O Big Brother marxista fará espionagem especial dos religiosos
O Big Brother marxista fará espionagem especial dos religiosos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em Pequim, a Administração Estatal socialista para Assuntos Religiosos (SARA) lançou um banco de dados para catalogar clérigos, monges, padres e bispos de qualquer religião, seita ou crença.

Ele registrará “recompensas” e “punições” incluindo “o cancelamento” do ministério e “outras informações” na sua maioria provenientes dos serviços repressivos, informou a agência AsiaNews.

O ponto central da espionagem será indagar se eles “apoiam a liderança do Partido Comunista Chinês e o sistema socialista”, se “resistem às atividades religiosas ilegais, ao extremismo religioso e à infiltração de forças estrangeiras que usam a religião”, leia-se missionários.

A base de dados foi incluída no artigo 33 do novo documento “Medidas administrativas para o pessoal religioso” feito para reforçar o controle total das experiências religiosas na China.

Ele contém 7 capítulos e 52 artigos voltados para a perseguição, foi publicado em novembro de 2020 e entrará em vigor em 1º de maio de 2021.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Erradicando os “advogados irredutíveis”
que defendem dissidentes

Pu Zhiqiang, advogado defensor dos direitos de dissidentes, foi presso e tudo indica que está condenado antes do julgamento.
Pu Zhiqiang, advogado defensor dos direitos de dissidentes, foi presso
e tudo indica que está condenado antes do julgamento.
A mídia chinesa e seu patrão – o governo comunista – qualificam com o pior título que conseguiram, os advogados que levam o Direito a sério.

Mas esse insulto das esferas oficiais soa como louvor para os amantes da Lei e da ordem. O título é “advogados irredutíveis”, os quais são oficialmente assemelhados a uma execrável forma de dissidência.

Para ganhar esse título é preciso denunciar com combatividade os abusos do poder e a corrupção no mais alto nível do governo – ou do Partido Comunista, segundo escreveu o jornal parisiense “Le Figaro”.

Esses ‘contrarrevolucionários’ fedorentos reclamam por uma justiça transparente e cometem o ‘crime’ de defender dissidentes cristãos, políticos, sociais ou culturais que o Partidão – o Partido Comunista Chinês (PCC) – considera inimigos do povo e quer reduzir ao silencio.

A principal federação de advogados da China – filiada ao governo, como toda associação que quer sobreviver –, alertou seus membros contra todo comportamento “impróprio” na Internet (leia-se: algo que danifique a imagem do governo socialista).

terça-feira, 8 de julho de 2014

Cardeal Zen exorta chineses a enfrentar heroicamente o comunismo

Após o governo comunista de Pequim ameaçar a cidade de Hong Kong com a privação total de suas liberdades, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, arcebispo emérito da cidade, reagiu como os católicos desejariam que seus bispos reagissem diante do anticristianismo ovante.

Com efeito, dirigindo-se ao governo comunista, o cardeal disse pela rádio: “Vós podeis me amarrar, me sequestrar ou me decapitar, mas nunca fareis de mim um escravo”.

E exortando o povo de Hong Kong para não ceder diante da ameaça contra suas liberdades, advertiu: “Se vos inclinardes [diante do comunismo de Pequim], se puserdes um joelho em terra, tudo estará perdido”, informou a “Agence d’informations des Missions étrangères”.

Os ambientes anticomunistas de Hong Kong estão engajados há várias semanas na luta para obter a instauração plena e inteira do sufrágio universal em 2017.

O território de Hong Kong está sendo transferido pela Grã-Bretanha à China continental. Mas se o sufrágio universal estivesse em vigor, as autoridades de Hong Kong seriam anticomunistas e Pequim teria dificuldades sérias para implantar ali o comunismo.

A Igreja Católica não se engaja em questões meramente políticas, mas intervém quando a moral ou os bons costumes estão ameaçados, pondo em risco a salvação das almas.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Em 2013 a China executou mais pessoas que o resto do mundo

A China aplica a pena de morte em condições aterradoras, por vezes com o objetivo de conseguir órgãos frescos para transplante, ou para eliminar dissidentes.

A insuspeita Amnesty International publicou seu último relatório anual sobre as execuções no mundo. Nele, a China atingiu mais uma vez o sinistro recorde de exceder – e de longe – todo o resto dos países somados no método de extinção “legal” de vidas, informou “Business Insider”.

A máquina judiciária socialista sentenciou à morte milhares de cidadãos em 2013, enquanto no resto do mundo só foi pedida a pena máxima para 778 indiciados – constata o relatório.

Porém, as estatísticas da China ficam complicadas pelo fato de Pequim considerar que as execuções mortais são segredo de Estado.

Hong Lei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, defendeu que a pena de morte “se baseia principalmente na cultura tradicional e em condições nacionais específicas”.

terça-feira, 11 de março de 2014

Hong Kong protesta pelo esfaqueamento de um jornalista dissidente

Kevin Lau, jornalista não submisso ao regime, apunhalado de modo suspeito
Kevin Lau, jornalista não submisso ao regime, apunhalado de modo suspeito
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Kevin Lau, ex-redator chefe do jornal Ming Pao de Hong Kong, foi apunhalado pouco depois de ser expulso do jornal, noticiou o site “20minutes.fr”.

O método é bem conhecido nessa cidade onde ainda vigoram certas formalidades legais: o dissidente morre ou sofre um atentado dissuasório com aparências de crime comum.

No continente o procedimento é menos rebuscado: o dissidente é pego sem aviso prévio pela polícia socialista e “desaparece”.

Cabe aos parentes e amigos descobrir se foi parar a algum campo de concentração, a um “cárcere negro”, ou ... recuperar seus restos.

terça-feira, 5 de junho de 2012

200.000 agonizam em campos de concentração da Coreia do Norte

Coréia do Norte. Jornalistas estrangeiros "confiáveis" foram bem tratados
Jornalistas estrangeiros "confiáveis" foram bem tratados
Luis Dufaur
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A Coreia do Norte comemorou com grandes manifestações de massas o centésimo aniversário de Kim Il-sung, avô do atual ditador Kim Jong-un, noticiou o diário “Le Monde”.

Kim Il-sung foi o fundador da mais pertinaz dinastia comunista, talvez a mais cruel, embora haja nisto discrepâncias.

Duzentos jornalistas estrangeiros foram convidados a admirar as realizações do socialismo norte-coreano, inclusive seu centro espacial.

Mas o fizeram sob estrita vigilância dos agentes da ditadura.

Assim, de um trem luxuoso (para os critérios miserabilistas) eles puderam contemplar os sucessos dos assentamentos da reforma agrária – encenação montada cuidadosamente e para ser vista apenas sem descer do comboio.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Filmes revelam horrores do genocídio praticado pelo socialismo chinês

Campanha contra os direitistas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O cineasta chinês Wang Bing rodou dois filmes sobre os capítulos mais sinistros da revolução socialista chinesa, noticiou o site Slate.

O primeiro deles foi a campanha de 1957 contra os “direitistas”, verdadeiro episódio de repressão em massa.

Centenas de milhares de chineses foram deportados para campos de concentração.

Foi montado assim um goulag, semelhante aos da Rússia, no deserto de Gobi, onde os prisioneiros morriam como moscas, de frio, esgotamento e maus tratos.

O "Grande Salto Adiante": massacre gigante
Ordenada pelo Partido Comunista, a campanha foi o ponto de partida do “Grande Salto Adiante” (1958-1960) ou industrialização, da marcha forçada e do confisco de terras, gerando espantosa fome que matou entre 20 e 30 milhões de pessoas.

Os dois filmes longa metragem de Wang Bing – Fengming, crônica de uma mulher chinesa e A Fossa – são de tipo histórico e rompem o silêncio de mais de meio século mantido na China e no Ocidente sobre esses genocídios.

Segundo Slate, os campos de concentração chineses dos anos 50 são um tabu “infinitamente mais absoluto” que as tragédias da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung.

Até hoje está rigorosamente proibido falar do “Movimento contra os direitistas” e do “Grande Salto Adiante”, ligados à fome mais devastadora do século XX.

O “Grande Salto Adiante” ficara descrito em termos idílicos, mas não menos falsos, pelas esquerdas progressistas do Ocidente.

Os excessos chocantes da Revolução Cultural foram condenados até pelos dirigentes que sucederam a Mao.

Mas tanto eles quanto seus colegas ideológicos ocidentais não querem reconhecer esses morticínios em massa, oferecidos no altar da construção de uma sociedade igualitária em curto prazo.

Os filmes de Wang Bing rompem esse silêncio criminoso.

O cineasta se inspirou no livro O Cântico dos mártires nos campos da morte da China de Mao, de Yang Xian-hui, que recolhe testemunhos de sobreviventes do campo de Jabiangou, província de Gansu, um dos mais mortíferos.

Cena de "A Fossa"
Cena de "A Fossa"
Wang Bing empreendeu em 2004 um imenso trabalho de pesquisa: “Recolhi dezenas de testemunhos de pessoas ligadas a esta história. De sobreviventes, mas também de guardas ou de famílias de deportados”.

Carregando sua câmera, ele imergiu literalmente no inferno de Jiabangou, varrido pelos ventos gélidos do deserto de Gobi, nas valas cavadas na terra onde viviam e morriam os prisioneiros, vigiados por guardas quase tão maltratados quanto suas vítimas.

Absurda crueldade de um regime que determinou imolar friamente parte do povo que não vivia ou não pensava como ele.

A morte onipresente – acompanhada da impossibilidade sequer de tratar corretamente dos mortos – nunca será objeto de uma Comissão da Verdade nem de seus “companheiros de viagem” e propagandistas do Ocidente.




terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dissidente não é mais “problema”: desaparece logo!

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Os “direitos humanos” não causam muita preocupação quando não se trata de um agente de destruição. Por isso, governantes e chefes de Estado fogem regularmente de falar deles nas suas visitas à China.

E, se alguém reclamar esses direitos, o governo marxista já concebeu um método de eliminação talvez não menos cruel que o fuzilamento: o “desparecimento” puro e simples. O método deixa mais à vontade os amigos de Pequim.

Os governos de esquerda, que berram pelos “desaparecidos” que teriam sido vítimas de governos não-comunistas, podem fingir que não sabem de nada.

Em janeiro, uma ativista de direitos da Mongólia Interior, Govruud Huuchinhuu, desapareceu repentinamente após deixar um hospital no qual se submetia a um tratamento de câncer; em fevereiro, sumiu o advogado de direitos humanos Tang Jitian, levado à força por policiais; em maio foi a vez de Ershidin Israel, chinês de etnia uigur, “desaparecido” após ser deportado para a China como suspeito de terrorismo. Nas semanas seguintes, mais três uigures também se ‘esfumaram’ da realidade.

O artista Ai Weiwei “desapareceu” quando estava sob custódia policial em abril, mas reapareceu em junho. Ele é o ativista chinês mais famoso a sofrer “desaparecimento forçado”, como as autoridades de direitos humanos chamam esses “incidentes”.

O Congresso Nacional do Povo – o Parlamento chinês – está reformando o Código penal, a fim de permitir às autoridades a prisão em local secreto de qualquer um que seja apontado como obstruindo uma investigação.

Na prática é uma legalização das práticas socialistas atuais.

O projeto é um dos mais explícitos passos no reforço da repressão desde que a China manifestou o desejo de adotar um sistema legal parecido com os ocidentais.

A reforma do Código inclui algumas garantias básicas reconhecidas pelos Códigos penais ocidentais, mas ninguém tem certeza de que serão implantadas da forma como foram redigidas.

Liu Xiaoyuan, proeminente advogado de defesa, conhecido por seu envolvimento em casos controversos, qualificou o projeto de “simplesmente assustador”.

“Ele literalmente dá à polícia um passe para se livrar de qualquer forma de controle”, afirmou. “A lei criminal deve proteger os direitos dos cidadãos e restringir o poder das autoridades. A nova revisão faz exatamente o oposto.”

O grupo de trabalho de ONU para os desaparecimentos forçados expressou crescente preocupação pelo aumento desses casos na China, porém Pequim boceja diante dessas lamentações inconsequentes.

Muitos dos desaparecidos na China reapareceram, alguns exibindo sinais de terem sofrido tratamento duro no cativeiro.

Porém, muitos nunca retornaram, como o proeminente advogado de direitos humanos Gao Zhisheng, do qual não se tem notícia desde seu desaparecimento em abril de 2010. Alguns estão desaparecidos há muito mais tempo, noticiou o “The New York Times”.


terça-feira, 13 de abril de 2010

China expande redes de espionagem social

Policial impede fotos durante prisão de manifestantes
Na região chinesa da Mongólia Interior, a polícia reconheceu ter recrutado 12.093 cidadãos de um total de 400.000 habitantes para trabalharem como espiões a serviço do regime, informou o diário australiano “The Sydney Morning News”.

O delegado Liu Xingchen disse à agencia oficial socialista Xinhua que a prioridade é colher informações e denúncias de “elementos não-harmoniosos”, leia-se não submissos à ditadura socialista.

Sabia-se da extensão espantosa da rede de espionagem social do regime, mas nunca se teve um depoimento oficial tão comprobatório.

Segundo o delegado Liu cada membro do sistema de repressão está obrigado ele próprio a recrutar 20 informantes. E se alguém recusar o “convite” pode entrar na lista negra dos “suspeitos”.

A entrevista de Liu foi publicada pelo website China Digital Times. Nela, o delegado diz que o trabalho visa “preventivamente descobrir elementos não-harmoniosos que possam afetar a estabilidade”. Dessa maneira, o esquema tentaria “evoluir de uma atitude passiva, isto é, punitiva após o delito ser realizado, para uma atitude ativa resolvendo o caso antes de acontecer”.

Guarda de trânsito em Pequim
Na prática, equivale a prender qualquer um de quem o sistema socialista não goste acusando-o de poder vir a fazer algo “ruim”. As ambigüidades da definição do eventual “criminoso” se prestam para todos os abusos.

Liu reconheceu que populares queriam apresentar queixa às autoridades superiores, mas foram “dissuadidos” de fazê-lo.
De fato, oficialmente o cidadão pode apresentar queixas, porém a polícia reduz as denúncias valendo-se de ameaças ou prisão.

Nicholas Bequelin, pesquisador de Human Rights Watch, disse que a polícia socialista facilmente incita os cidadãos a delações, ameaçando seu emprego.

Joshua Rosenzweig, do grupo Dui Hua, que procura tratamento melhor para os presos na China, confirmou que a polícia socialista vem aumentando as redes de espionagem social desde os anos 90.

Sei que o blog 'Pesadelo chinês' é reprimido na China, mas desejaria receber atualizações gratuitas, sem compromisso, no meu Email