Livro Negro do Comunismo revela o maior crime da História
Reforma Agrária achincalhou os proprietários até a morte
A revolução comunista na China conduzida por Mao-Tsé-Tung seguiu as pegadas da Rússia com aspectos surpreendentes.
Assim que se apossava de uma região, o comunismo chinês empreendia a Reforma Agrária. Mas antes de eliminar os proprietários, desmoralizava-os o quanto podia.
Eles eram, por exemplo, submetidos ao “comício da acidez”: os parentes e empregados deviam acusá-los das piores infâmias até que “entregassem os pontos”, sendo então executados pelos presentes. Um proprietário teve que puxar um arado sob as chibatadas de colonos, até perecer.
Chegou-se a obrigar membros da família de um fazendeiro a comer pedaços da carne dele, na sua presença, ainda vivo!
A Reforma Agrária chinesa extinguiu de 2 a 5 milhões de vidas, sem contar aqueles que nunca voltaram entre os 4 a 6 milhões enviados aos campos de concentração.
O sistema amarelo de campos de concentração foi (e continua sendo) o maior do mundo. Até meados dos anos 80, mais de 50 milhões de infelizes passaram por ele.
A média de ingresso nesse sistema é de 1 a 2 milhões de pessoas por ano, e a população carcerária atinge, em média, a cifra de 5 milhões. Os presos-escravos vivem psiquicamente infantilizados, num sistema de autocríticas e delação mútua.
Esses cárceres, disfarçados em unidades industriais do Estado, desempenharam importante papel nas exportações chinesas. Pense nisso o leitor quando lhe oferecerem um produto chinês a preço ínfimo...
“Grande salto para a frente”: industrialização forçada até o extermínio pela fome
Em 1959, Mao propôs o “grande salto para a frente”, que consistiu em reagrupar os chineses em comunas populares, sob pretexto de um acelerado progresso.
Foi proibido abandonar a comuna, as portas das casas foram queimadas nos altos fornos, e os utensílios familiares transformados em aço. Iniciaram-se construções delirantes.
Os responsáveis comemoravam resultados fulgurantes e colheitas astronômicas. Mas logo começou a faltar o alimento básico. Barragens e canais viraram pesadelo para seus construtores escravos. A indústria parou.
A fome mais mortífera da História da humanidade sacrificou então 43 milhões de vidas! Era proibido recolher as crianças órfãs ou abandonadas. O regime reprimia os famintos, entes não previstos na planificação socialista...
“Revolução Cultural”: tentativa de extinguir a tradição e o pensamento
Em 1966, Mao lançou a Revolução Cultural. Tratava-se de reduzir a pó os vestígios do passado, de eliminar tudo quanto falasse da alma espiritual ou evocasse a beleza.
Os cenários e guarda-roupas da Ópera de Pequim foram queimados. Tentou-se demolir a Grande Muralha, e os tijolos arrancados serviram para construir chiqueiros! Era proibido possuir gatos, aves ou flores!
À palavra intelectual acrescentava-se sempre o qualificativo fedorento. Os professores deviam desfilar por ruas e praças em posições grotescas, latindo como cães, usando orelhas de burro, se auto-denunciando como inimigos de classe. Alguns, sobretudo diretores de colégio, foram mortos e comidos. Templos, bibliotecas, museus, pinturas, porcelanas viraram cacos ou cinzas.
Os mortos são calculados entre 400 mil a 1 milhão, e os encarceramentos em torno de 4 milhões: uma alucinante ninharia, se comparada aos massacres da Reforma Agrária e do “salto para a frente”! Apesar disso, a Revolução Cultural serve até hoje como fonte de inspiração para revoluções do gênero.
Novo “sucesso” maoísta: genocídio comuno-ecológico no Camboja
A China moldou os regimes comunistas do Oriente. Particularmente o do Camboja, onde os guerrilheiros vermelhos exterminaram mais de um quarto da população nacional.
Logo após a conquista da capital, Phnom Penh, metade dos habitantes do país foi impelida para as estradas. Doentes, anciãos, feridos, ex-funcionários, militares, comerciantes, intelectuais, jornalistas eram chacinados no local. 41,9% dos habitantes da capital foram eliminados nessa ocasião. Para poupar bala ou por sadismo, matava-se com instrumentos contundentes.
As multidões de ex-citadinos foram conduzidas a campos coletivizados. Ali trabalhavam em condições duríssimas, recebiam horas de doutrinação marxista, com pouco sono, separação total da família, vestimentas em farrapos e sem remédios.
Extermínio de massa para dar no “homem novo” por “evolução”
O país transformou-se num só conglomerado de concentração. Não havia tribunais, universidades, liceus, ensino, moeda, comércio, medicina, correios, livros, esportes ou distrações.
Os ex-citadinos viraram bestas de carga, enquanto ouviam elogios do boi que trabalha sem protestar, sem pensar na mulher e nos filhos.
Vestiam um uniforme único, de cor preta, e se arrastavam famintos pelos campos mal explorados. Os fugitivos sumiam na selva ou eram sadicamente chacinados. Comiam insetos, ratos e até aranhas, disputavam com os porcos o farelo das gamelas. Grassava o canibalismo.
Designavam-se prisioneiros para serem transformados em adubo! Por vezes, na colheita da mandioca, “desenterrava-se um crânio humano através de cujas órbitas saíam as raízes da planta comestível”.
Os chefes comunistas Cambojanos haviam estudado na França, onde militaram no Partido Comunista Francês, tendo então conhecido as novas doutrinas ecológicas...
Sua meta: eliminar o senso da própria individualidade, todo sentimento de piedade ou amizade, qualquer idéia de superioridade. Assim, queriam forjar o “homem novo”, integrado na natureza, espontaneamente socialista, detentor de um saber meramente material, de um pensamento que não pensa.
Resultado: diminuição demográfica de 3,8 milhões de pessoas; 5,2 milhões de sobreviventes; 64% dos adolescentes órfãos; e um povo psiquicamente arrasado.
O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira).
Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
Escritor, jornalista,
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Em Pequim, a Administração Estatal socialista para Assuntos Religiosos (SARA) lançou um banco de dados para catalogar clérigos, monges, padres e bispos de qualquer religião, seita ou crença.
Ele registrará “recompensas” e “punições” incluindo “o cancelamento” do ministério e “outras informações” na sua maioria provenientes dos serviços repressivos, informou a agência AsiaNews.
O ponto central da espionagem será indagar se eles “apoiam a liderança do Partido Comunista Chinês e o sistema socialista”, se “resistem às atividades religiosas ilegais, ao extremismo religioso e à infiltração de forças estrangeiras que usam a religião”, leia-se missionários.
A base de dados foi incluída no artigo 33 do novo documento “Medidas administrativas para o pessoal religioso” feito para reforçar o controle total das experiências religiosas na China.
Ele contém 7 capítulos e 52 artigos voltados para a perseguição, foi publicado em novembro de 2020 e entrará em vigor em 1º de maio de 2021.
Pu Zhiqiang, advogado defensor dos direitos de dissidentes, foi presso
e tudo indica que está condenado antes do julgamento.
A mídia chinesa e seu patrão – o governo comunista – qualificam com o pior título que conseguiram, os advogados que levam o Direito a sério.
Mas esse insulto das esferas oficiais soa como louvor para os amantes da Lei e da ordem. O título é “advogados irredutíveis”, os quais são oficialmente assemelhados a uma execrável forma de dissidência.
Para ganhar esse título é preciso denunciar com combatividade os abusos do poder e a corrupção no mais alto nível do governo – ou do Partido Comunista, segundo escreveu o jornal parisiense “Le Figaro”.
Esses ‘contrarrevolucionários’ fedorentos reclamam por uma justiça transparente e cometem o ‘crime’ de defender dissidentes cristãos, políticos, sociais ou culturais que o Partidão – o Partido Comunista Chinês (PCC) – considera inimigos do povo e quer reduzir ao silencio.
A principal federação de advogados da China – filiada ao governo, como toda associação que quer sobreviver –, alertou seus membros contra todo comportamento “impróprio” na Internet (leia-se: algo que danifique a imagem do governo socialista).
Após o governo comunista de Pequim ameaçar a cidade de Hong Kong com a privação total de suas liberdades, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, arcebispo emérito da cidade, reagiu como os católicos desejariam que seus bispos reagissem diante do anticristianismo ovante.
Com efeito, dirigindo-se ao governo comunista, o cardeal disse pela rádio: “Vós podeis me amarrar, me sequestrar ou me decapitar, mas nunca fareis de mim um escravo”.
E exortando o povo de Hong Kong para não ceder diante da ameaça contra suas liberdades, advertiu: “Se vos inclinardes [diante do comunismo de Pequim], se puserdes um joelho em terra, tudo estará perdido”, informou a “Agence d’informations des Missions étrangères”.
Os ambientes anticomunistas de Hong Kong estão engajados há várias semanas na luta para obter a instauração plena e inteira do sufrágio universal em 2017.
O território de Hong Kong está sendo transferido pela Grã-Bretanha à China continental. Mas se o sufrágio universal estivesse em vigor, as autoridades de Hong Kong seriam anticomunistas e Pequim teria dificuldades sérias para implantar ali o comunismo.
A Igreja Católica não se engaja em questões meramente políticas, mas intervém quando a moral ou os bons costumes estão ameaçados, pondo em risco a salvação das almas.
A China aplica a pena de morte em condições aterradoras, por vezes com o objetivo de conseguir órgãos frescos para transplante, ou para eliminar dissidentes.
A insuspeita Amnesty International publicou seu último relatório anual sobre as execuções no mundo. Nele, a China atingiu mais uma vez o sinistro recorde de exceder – e de longe – todo o resto dos países somados no método de extinção “legal” de vidas, informou “Business Insider”.
A máquina judiciária socialista sentenciou à morte milhares de cidadãos em 2013, enquanto no resto do mundo só foi pedida a pena máxima para 778 indiciados – constata o relatório.
Porém, as estatísticas da China ficam complicadas pelo fato de Pequim considerar que as execuções mortais são segredo de Estado.
Hong Lei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, defendeu que a pena de morte “se baseia principalmente na cultura tradicional e em condições nacionais específicas”.
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Kevin Lau, ex-redator chefe do jornal Ming Pao de Hong Kong, foi apunhalado pouco depois de ser expulso do jornal, noticiou o site “20minutes.fr”.
O método é bem conhecido nessa cidade onde ainda vigoram certas formalidades legais: o dissidente morre ou sofre um atentado dissuasório com aparências de crime comum.
No continente o procedimento é menos rebuscado: o dissidente é pego sem aviso prévio pela polícia socialista e “desaparece”.
Cabe aos parentes e amigos descobrir se foi parar a algum campo de concentração, a um “cárcere negro”, ou ... recuperar seus restos.
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A Coreia do Norte comemorou com grandes manifestações de massas o centésimo aniversário de Kim Il-sung, avô do atual ditador Kim Jong-un, noticiou o diário “Le Monde”.
Kim Il-sung foi o fundador da mais pertinaz dinastia comunista, talvez a mais cruel, embora haja nisto discrepâncias.
Duzentos jornalistas estrangeiros foram convidados a admirar as realizações do socialismo norte-coreano, inclusive seu centro espacial.
Mas o fizeram sob estrita vigilância dos agentes da ditadura.
Assim, de um trem luxuoso (para os critérios miserabilistas) eles puderam contemplar os sucessos dos assentamentos da reforma agrária – encenação montada cuidadosamente e para ser vista apenas sem descer do comboio.
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O cineasta chinês Wang Bing rodou dois filmes sobre os capítulos mais sinistros da revolução socialista chinesa, noticiou o site Slate.
O primeiro deles foi a campanha de 1957 contra os “direitistas”, verdadeiro episódio de repressão em massa.
Centenas de milhares de chineses foram deportados para campos de concentração.
Foi montado assim um goulag, semelhante aos da Rússia, no deserto de Gobi, onde os prisioneiros morriam como moscas, de frio, esgotamento e maus tratos.
O "Grande Salto Adiante": massacre gigante
Ordenada pelo Partido Comunista, a campanha foi o ponto de partida do “Grande Salto Adiante” (1958-1960) ou industrialização, da marcha forçada e do confisco de terras, gerando espantosa fome que matou entre 20 e 30 milhões de pessoas.
Os dois filmes longa metragem de Wang Bing – Fengming, crônica de uma mulher chinesa e A Fossa – são de tipo histórico e rompem o silêncio de mais de meio século mantido na China e no Ocidente sobre esses genocídios.
Segundo Slate, os campos de concentração chineses dos anos 50 são um tabu “infinitamente mais absoluto” que as tragédias da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung.
Até hoje está rigorosamente proibido falar do “Movimento contra os direitistas” e do “Grande Salto Adiante”, ligados à fome mais devastadora do século XX.
O “Grande Salto Adiante” ficara descrito em termos idílicos, mas não menos falsos, pelas esquerdas progressistas do Ocidente.
Os excessos chocantes da Revolução Cultural foram condenados até pelos dirigentes que sucederam a Mao.
Mas tanto eles quanto seus colegas ideológicos ocidentais não querem reconhecer esses morticínios em massa, oferecidos no altar da construção de uma sociedade igualitária em curto prazo.
Os filmes de Wang Bing rompem esse silêncio criminoso.
O cineasta se inspirou no livro O Cântico dos mártires nos campos da morte da China de Mao, de Yang Xian-hui, que recolhe testemunhos de sobreviventes do campo de Jabiangou, província de Gansu, um dos mais mortíferos.
Cena de "A Fossa"
Wang Bing empreendeu em 2004 um imenso trabalho de pesquisa: “Recolhi dezenas de testemunhos de pessoas ligadas a esta história. De sobreviventes, mas também de guardas ou de famílias de deportados”.
Carregando sua câmera, ele imergiu literalmente no inferno de Jiabangou, varrido pelos ventos gélidos do deserto de Gobi, nas valas cavadas na terra onde viviam e morriam os prisioneiros, vigiados por guardas quase tão maltratados quanto suas vítimas.
Absurda crueldade de um regime que determinou imolar friamente parte do povo que não vivia ou não pensava como ele.
A morte onipresente – acompanhada da impossibilidade sequer de tratar corretamente dos mortos – nunca será objeto de uma Comissão da Verdade nem de seus “companheiros de viagem” e propagandistas do Ocidente.
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Os “direitos humanos” não causam muita preocupação quando não se trata de um agente de destruição. Por isso, governantes e chefes de Estado fogem regularmente de falar deles nas suas visitas à China.
E, se alguém reclamar esses direitos, o governo marxista já concebeu um método de eliminação talvez não menos cruel que o fuzilamento: o “desparecimento” puro e simples. O método deixa mais à vontade os amigos de Pequim.
Os governos de esquerda, que berram pelos “desaparecidos” que teriam sido vítimas de governos não-comunistas, podem fingir que não sabem de nada.
Em janeiro, uma ativista de direitos da Mongólia Interior, Govruud Huuchinhuu, desapareceu repentinamente após deixar um hospital no qual se submetia a um tratamento de câncer; em fevereiro, sumiu o advogado de direitos humanos Tang Jitian, levado à força por policiais; em maio foi a vez de Ershidin Israel, chinês de etnia uigur, “desaparecido” após ser deportado para a China como suspeito de terrorismo. Nas semanas seguintes, mais três uigures também se ‘esfumaram’ da realidade.
O artista Ai Weiwei “desapareceu” quando estava sob custódia policial em abril, mas reapareceu em junho. Ele é o ativista chinês mais famoso a sofrer “desaparecimento forçado”, como as autoridades de direitos humanos chamam esses “incidentes”.
O Congresso Nacional do Povo – o Parlamento chinês – está reformando o Código penal, a fim de permitir às autoridades a prisão em local secreto de qualquer um que seja apontado como obstruindo uma investigação.
Na prática é uma legalização das práticas socialistas atuais.
O projeto é um dos mais explícitos passos no reforço da repressão desde que a China manifestou o desejo de adotar um sistema legal parecido com os ocidentais.
A reforma do Código inclui algumas garantias básicas reconhecidas pelos Códigos penais ocidentais, mas ninguém tem certeza de que serão implantadas da forma como foram redigidas.
Liu Xiaoyuan, proeminente advogado de defesa, conhecido por seu envolvimento em casos controversos, qualificou o projeto de “simplesmente assustador”.
“Ele literalmente dá à polícia um passe para se livrar de qualquer forma de controle”, afirmou. “A lei criminal deve proteger os direitos dos cidadãos e restringir o poder das autoridades. A nova revisão faz exatamente o oposto.”
O grupo de trabalho de ONU para os desaparecimentos forçados expressou crescente preocupação pelo aumento desses casos na China, porém Pequim boceja diante dessas lamentações inconsequentes.
Muitos dos desaparecidos na China reapareceram, alguns exibindo sinais de terem sofrido tratamento duro no cativeiro.
Porém, muitos nunca retornaram, como o proeminente advogado de direitos humanos Gao Zhisheng, do qual não se tem notícia desde seu desaparecimento em abril de 2010. Alguns estão desaparecidos há muito mais tempo, noticiou o “The New York Times”.
Policial impede fotos durante prisão de manifestantes
Na região chinesa da Mongólia Interior, a polícia reconheceu ter recrutado 12.093 cidadãos de um total de 400.000 habitantes para trabalharem como espiões a serviço do regime, informou o diário australiano “The Sydney Morning News”.
O delegado Liu Xingchen disse à agencia oficial socialista Xinhua que a prioridade é colher informações e denúncias de “elementos não-harmoniosos”, leia-se não submissos à ditadura socialista.
Sabia-se da extensão espantosa da rede de espionagem social do regime, mas nunca se teve um depoimento oficial tão comprobatório.
Segundo o delegado Liu cada membro do sistema de repressão está obrigado ele próprio a recrutar 20 informantes. E se alguém recusar o “convite” pode entrar na lista negra dos “suspeitos”.
A entrevista de Liu foi publicada pelo website China Digital Times. Nela, o delegado diz que o trabalho visa “preventivamente descobrir elementos não-harmoniosos que possam afetar a estabilidade”. Dessa maneira, o esquema tentaria “evoluir de uma atitude passiva, isto é, punitiva após o delito ser realizado, para uma atitude ativa resolvendo o caso antes de acontecer”.
Guarda de trânsito em Pequim
Na prática, equivale a prender qualquer um de quem o sistema socialista não goste acusando-o de poder vir a fazer algo “ruim”. As ambigüidades da definição do eventual “criminoso” se prestam para todos os abusos.
Liu reconheceu que populares queriam apresentar queixa às autoridades superiores, mas foram “dissuadidos” de fazê-lo.
De fato, oficialmente o cidadão pode apresentar queixas, porém a polícia reduz as denúncias valendo-se de ameaças ou prisão.
Nicholas Bequelin, pesquisador de Human Rights Watch, disse que a polícia socialista facilmente incita os cidadãos a delações, ameaçando seu emprego.
Joshua Rosenzweig, do grupo Dui Hua, que procura tratamento melhor para os presos na China, confirmou que a polícia socialista vem aumentando as redes de espionagem social desde os anos 90.
Conselho de Mao: "Usem o Ocidente em benefício dos chineses".
Presidente Nixon inicia apertura de Ocidente ao comunismo chinês, 27.2.1972
Ensinamentos de Mao: revolução é um ato de violência
"A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra."
Mao e a REFORMA AGRÁRIA:
"Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros".
Conselho de Mao para tratar o Ocidente:
"A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue" (Foto: Mao recebe o Secretario de Estado Kissinger e o presidente americano Ford).
Como a ideologia de Mao orienta o pragmatismo da China
O plano da China super-potência
“Mao esteve em condições de lançar, em 15 de junho [de 1953] seu plano de industrialização (...). O que Mao cuidava bem de não esclarecer era a natureza essencialmente militar desse plano, a qual iria ficar escondida, e ainda é muito pouco conhecida na China de hoje. A prioridade era dada à indústria das armas, e todos os recursos do país deviam ser consagrados para essa realização. O objetivo de Maoera que a China se tornasse uma superpotência para que quando ele falasse o mundo inteiro ouvisse”. (p. 414)
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: China centro tecnológico e militar da revolução mundial
Mao:
“Nós não devemos nos contentar com sermos o centro da revolução mundial, nós devemos nos transformar também no centro militar e tecnológico. Nós devemos armar os outros com armas chinesas, onde estará gravado nosso nome (...). Nós devemos nos tornar o arsenal da revolução mundial”. (p. 610-611)
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Foto: Shangai
Mao e os empresários “úteis” para a Revolução Mundial
Foto: Hu Jintao e Bill Gates, 19/4/2006
“A coletivização da agricultura tornou o regime ainda mais totalitário. Na mesma época, Mao ordenou a nacionalização da indústria e do comércio nas zonas urbanas, a fim de concentrar a integralidade dos recursos para a realização de seu programa. Entretanto, os homens de negócios e os chefes de empresa não foram perseguidos como foram os proprietários agrícolas (...) ‘A burguesia, explicou Mao, é muito mais útil de que os proprietários de terras. Os burgueses possuem savoir-faire e qualidades de administradores’.” (p. 431) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: a China substituirá à Rússia na chefia da Revolução mundial
Foto: Politburo chinês, 80º aniversário, 1-7-2001
“Mao previa uma situação na qual, dizia ele, ‘os Partidos Comunistas do mundo inteiro não acreditarão mais na Rússia, mas acreditarão em nós’. A China então poderia se apresentar como ‘centro da revolução mundial’. (...) A idéia de erigir a experiência chinesa como modelo, enquanto milhões de chineses morriam de fome, poderia parecer uma gagueira. Mao, entretanto não tinha preocupação alguma, pois confiava nos filtros através dos quais os estrangeiros estavam autorizados a ver e ouvir a China. (...) Quando Mao, em plena fome, se espraiava em mentiras desavergonhadas diante de François Mitterrand ‒ “eu repito, para ser ouvido: não há fome na China” ‒ este engoliu tudo e chegou a escrever a que Mao “não era um ditador”, mas um “humanista”.” (p. 500-501).
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Inscreva-se
Ambição suprema: dominar o mundo e unificá-lo sob sua bota
“A ambição suprema de Mao era dominar o mundo. Em novembro de 1968, ele confidenciava a Edward Hill, chefe do partido maoísta australiano: “’No meu ponto de vista, seria preciso unificar o mundo (...). No passado, muitas pessoas, especialmente, os mongóis, os romanos, (...) Alexandre Magno, Napoleão e o império britânico tentaram fazê-lo. Nos nossos dias, os Estados Unidos e a União Soviética quereriam os dois consegui-lo. Hitler queria unificar o mundo (...). Mas, todos fracassaram. Entretanto, me parece que há uma possibilidade que não desapareceu (...). No meu ponto de vista, podemos ainda unificar o mundo’. (...) “Os argumentos que ele apresentava repousavam unicamente no tamanho da população chinesa (...)”. “Para açular esta ambição planetária, Mao lançou-se em 1953 no seu programa de industrialização e de armamento, queimando etapas e assumindo riscos consideráveis no domínio nuclear. Neste sentido, o episodio mais assombroso aconteceu quando, o 27 de outubro de 1966, um míssil balístico munido de uma ogiva nuclear foi disparado por cima do noroeste da China e percorreu oito centos quilômetros sobrevoando várias cidades bastante importantes. Era a primeira vez que um país ousava uma experiência desta natureza, com o acréscimo de que o foguete era conhecido pela falta de fiabilidade, o que pôs em perigo de morte todas as populações que se encontravam na sua trajetória. Três dias antes, Mao em pessoa disse ao responsável de proceder ao lançamento, e que em caso de fracasso ele assumiria a responsabilidade. “Quase todas as pessoas engajadas no projeto esperavam uma catástrofe, e o pessoal da sala de controle achou que tinha chegado sua última hora. (...) Nesse caso, o ensaio foi um sucesso, e apressou-se em atribuí-lo ao ‘pensamento’ de Mao (...). Na realidade, foi um puro golpe de sorte. Todos os ensaios posteriores fracassaram pois o míssil se pôs a girar furiosamente sobre si próprio logo após ter decolado. (p. 609-610)” Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: prazer com a bomba atômica
Foto: teste bomba hidrogênio chinesa“
Mao foi o único chefe de Estado do mundo que saudou com festividades a nascença desta arma de destruição massiva. Em privado, ele compôs dois versos de má qualidade: Bomba atômica explode quando lhe é dito de explodir.Ah, que alegria inefável! (p. 526) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Genocídio para forçar a industrialização e o triunfo da revolução mundial
“Perto de trinta e oito milhões de pessoas morreram de fome ou de exaustão no curso dos quatro anos que durou o ‘Grande Salto avante’. Esta cifra, Liu Shao-Chi ele próprio, número dois de Mao, a confirmou (...) “Esta fome foi a pior do século XX ‒ e até de toda a História. Mao causou conscientemente a morte de essas dezenas de milhões de pessoas esfomeando-as e as esgotando pelo trabalho. (...) “Para dizer tudo, Mao previra um número de vítimas mais considerável ainda. Ainda que o 'Grande Salto' não tivesse por outro objetivo que eliminar chineses, Mao estava pronto para que houvesse hecatombes e fez entender aos dirigentes que eles não deveriam se mostrar chocados se aconteciam. “No Congresso de 1958, no qual foi dada a partida do ‘Grande Salto’, ele explicou a seu auditório que se pessoas morriam em conseqüência da política do Partido, não seria preciso se assustar, mas de se regozijar. (...) “A morte é verdadeiramente uma causa de regozijo (...). Dado que nos acreditamos na dialética, nos não podemos não ver nela senão um benefício”. “Esta filosofia, ao mesmo tempo despachada e macabra foi transmitida de degrau em degrau até os dirigentes de base. (...) “Nós estamos dispostos a sacrificar 300 milhões de chineses pela vitória da revolução mundial” declarou em Moscou em 1957, ou seja, a metade da população de então. Ele o confirmou diante do Congresso do Partido, o 17 de maio de 1958: “Não façam, pois, tantas histórias a propósito de uma guerra mundial. Na pior das hipóteses, ela causará mortes (...) a metade da população desapareceria (...) a melhor das hipóteses é que uma metade da população fique com vida, se não pelo menos um terço...” “Mao não pensava somente na guerra. Em 21 de novembro de 1958, evocando diante de seus conselheiros mais próximos, os projetos que exigiriam mão de obra enorme, como as campanhas de irrigação e o fabrico de aço, ele declarou, reconhecendo de modo implícito e quase boçal que os camponeses que não tinham o quê comer deviam se matar no trabalho: “Trabalhando desse modo, em todos esses projetos, a metade dos chineses deverão tal vez morrer. Se não é a metade, será tal vez um terço, ou um décimo ‒ digamos 50 milhões de pessoas”. (p. 478-479) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
A Revolução Cultural e a extinção da milenar cultura chinesa
“No fim de maio de 1966, Mao montou um novo organismo, o “Grupo restrito da Revolução cultural”, encarregado de organizar a purga. (...) “Em junho, Mao estendeu o terror ao conjunto da sociedade, fazendo dos jovens que freqüentavam escolas e universidades seus instrumentos primeiros. “Os estudantes foram encorajados a atacarem os professores e a todas as pessoas encarregadas de sua educação, com o pretexto de que uns e outros lhes tinham deformado o espírito com suas “idéias burguesas” (...) as primeiras vítimas foram os mestres e o pessoal administrativo dos estabelecimentos escolares porque eram eles que instilavam a cultura... “Em 2 de junho, colegiais de Pequim afixaram um cartaz assinado por um nome impactante: “os guardas vermelhos” ... “A prosa estava salpicada de fórmulas agressivas “A baixo os ‘bons sentimentos’!”, “Nós seremos brutais!”, “Nós vos derrubaremos e vos esmagaremos aos nossos pés!”. Mao tinha semeado o ódio e ia recolher os frutos desencadeando os piores instintos dos adolescentes que constituíam o elemento mais maleável e mais violento da sociedade”. (p. 556-557) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Desprezo da vida de milhões para lograr seus objetivos
“A fome que grassou em toda a China de 1958 até 1961 [N.R.: “Grande Salto avante”] atingiu seu ponto culminante em 1960. Naquele ano, as próprias estatísticas do regime indicam que o consumo médio de calorias por dia caíra a 1.534,8. “Segundo um dos grandes apologistas do regime comunista, Han Suyin, as donas de casa nas aldeias tinham direito, no máximo, a 1.200 calorias por dia em 1960. “A título de comparação: em Auschwitz, os deportados condenados a trabalhos forçados recebiam diariamente entre 1.300 e 1.700 calorias; eles trabalhavam por volta de onze horas por dia, e a maioria dos que não conseguiam achar um pouco mais de alimento morriam no espaço de alguns meses. “Durante a fome, o canibalismo fez sua aparição. (...) Durante esse tempo, havia de sobra para comer nos armazéns do Estado, sob custodia do Exército. Deixava-se mesmo apodrecer certos produtos. (...) Uma ordem vinda do alto dizia: “Proibição de abrir a porta do armazém, ainda que a população esteja morrendo de fome” (p. 477) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Extinguir a cultura e preparar a futura geração de líderes da China
foto: Hu Jintao“Depois das escolas, Mao ordenou aos guardas vermelhos espalhar o terror na própria sociedade (...). Em 18 de agosto, Lin Biao, do alto da porta Tienanmen, com Mao a seu lado, exortou os guardas vermelhos de todo o país a “acalcarem as quatro velharias ... o velho pensamento, a velha cultura, as velhas vestimentas e os velhos costumes”. Os jovens atacaram antes de tudo as lojas ... Tudo isso não era ainda suficiente para Mao. ‘Pequim não afundou suficientemente no caos (...) Pequim é civilizado de mais’, declarou ele o 23 de agosto. ... “A fim de espalhar o medo no mais fundo do país, Mao encorajou os jovens predadores a lançar operações punitivas contra pessoas cujo nome e endereço eram fornecidos pelas autoridades (p. 561) “Durante o verão de 1966, os guardas vermelhos devastaram todas as cidades sem exceção, grandes e pequenas, e algumas zonas rurais. Possuir livros ou o que quer que fosse que pudesse ser associado com a cultura era perigoso (...) “Mao conseguiu assim limpar os lares de todo sinal de civilização. Quanto ao aspecto das cidades, ele atingiu seu objetivo de longa data, que era tirar da vista de seus súbditos os vestígios do passado. Um grande número de monumentos históricos que tinham sobrevivido até lá à aversão geral, foram destruídos. Em Pequim, dos 6.843 que ainda estavam em pé em 1958, 4.922 foram reduzidos a pó.” (p. 563). Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
O crime de massa ensinado às bandas de facínoras exaltados
“As autoridades organizaram “demonstrações de chacinas modelo”, a fim de explicar às pessoas como dar a morte com um máximo de crueldade e, por vezes, a polícia supervisionava a carnificina. Nesse clima de horror, uma forma política de canibalismo fez aparição em numerosas partes do interior, particularmente no condado de Wuxuan, onde um inquérito oficial, diligenciado após a morte de Mao, contou 76 vítimas. “Tudo começava geralmente numa manifestação de denúncias, esse grande clássico da era maoísta. A seguir, as vítimas eram massacradas e os pedaços seletos de sua anatomia ‒ coração, fígado, e às vezes, o órgão sexual ‒ lhes eram tirados, por vezes, antes mesmo de os infelizes entregarem a alma, e cozidos no local para serem comidos no curso de ágapes batizados ‘banquetes de carne humana’” (p. 587). Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.