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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Nicarágua é amostra do que visa a China na América Latina

Lula da Silva e Alberto Fernández abrem as portas à invasãao solapada da China
Lula da Silva e Alberto Fernández abrem as portas à invasão solapada da China
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







continuação do post anterior: Nicarágua: feroz ditadura que diz ser "democracia"


11 bases espaciais e 40 portos na América do Sul


Logo após a viagem a Xangai do Ministro da Economia argentino, Sergio Massa, e do filho de Cristina Kirchner, Máximo Kirchner, o governador da Terra do Fogo aprovou a construção de um porto multivalente por uma empresa de fachada do Exército Vermelho.

Ele seria como um polo agroquímico, mas esconderia uma base naval para controlar os canais do Sul e serviria de porta de entrada à Antártica.

“Abrir as portas a uma potência totalitária como a China pode vulnerar a nossa soberania”, denunciou o legislador Pablo Daniel Blanco, que abriu, juntamente com outros, um processo na Justiça.

Os EUA temem pelas sucessivas concessões do regime peronista e lulo-chavista do presidente Fernández.

Este também quereria rearmar a Argentina com armas chinesas.

The Wall Street Journal revelou que a China também montou há anos em Cuba uma base de espionagem das comunicações nos EUA, como outrora fazia a URSS.

Militares suspeitam de uso bélico na Base Naval Integrada de Ushuaia que quer a China
Militares suspeitam de uso bélico na Base Naval Integrada de Ushuaia que quer a China
Ela está instalada num prédio de antiga URSS, na aldeia de Bejucal. “Os EUA só despertaram há quatro ou cinco anos para esta questão de segurança militar para o mundo”, disse Jonathan Ward, especialista na oposição China-EUA.

“A América Latina corre o risco da dependência econômica e da influência militar e diplomática chinesa”, que Ward comparou à expansão do Império Britânico no século XIX, citando o jornal La Nación.

Altos comandos militares insistem que as instalações de empresas chinesas na América Latina e no Caribe visam um “duplo uso”: na aparência são civis, na prática são dirigidas pelo exército comunista.

O Center for Strategic and International Studies (CSIS), enumerou onze instalações espaciais na América do Sul.

“Estas instalações constituem um segmento de uma rede mundial que pode mirar os EUA e interceptar informação sensível”, afirma num relatório.

Exemplo preocupante é a estação Espaço Remoto, em Neuquén (Patagonia), controlada pela Força de Apoio Estratégico do Exército Popular de Libertação, onde a Argentina não pode exercer sua soberania (cfr. La Nación).

Outras são as de El Sombrero, na Venezuela, de La Guardia, na Bolívia, e mais dois projetos em San Juan, Argentina.

Além desses, a China procura instalar-se em 40 portos, do México ao Peru, visando neste último o porto de Chancay, o complexo portuário mais importante no sul do Pacífico.

* * *

Povo resiste à ofensiva de comunistas e chineses apoiado na Padroeira do país
Povo resiste à ofensiva de comunistas e chineses apoiado na Padroeira do país

Há 440 anos, no porto de El Realejo, na Nicarágua, uma nau que deveria partir para o Peru não conseguia zarpar.

Nela, Don Lorenzo de Cepeda, irmão de Santa Teresa de Ávila, levava uma imagem da Imaculada Conceição.

Enquanto o barco não conseguia se mover do porto, ele se instalou na cidade de El Viejo com a imagem, que os mestiços cultuavam como a “Menina Branca”, que fazia milagres.

Formou-se a ideia de que a Imaculada Conceição queria ficar ali.

O irmão de Santa Teresa então doou a imagem à cidade e as velas do barco se enfunaram com vento muito favorável.

Em 2018, quando soldados da ditadura matavam centenas de cidadãos opostos à tentativa chinesa de construir o canal na Nicarágua, a sua imagem padroeira reinava sobre as barricadas salpicadas pelo sangue dos resistentes anticomunistas.

A iniciativa de Ortega a favor da China acabou fracassando. Foi um sinal de que Nossa Senhora, que esmaga a serpente infernal e seus sequazes, acabará vencendo na Nicarágua e no “continente da Esperança”.


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Nicarágua: feroz ditadura que diz ser "democracia"

'Assassinos do povo' é o brado de todas as tendências
'Assassinos do povo' é o brado de todas as tendências
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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sócio do IPCO,
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“Democracia” que enforca a liberdade


Os ex-presidentes que compõem a Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA) denunciaram “agravadas perseguições à liberdade de religião”, manifestaram-se preocupados com “o incêndio de igrejas e a destruição selvagem de imagens do culto católico”, além de exigir a intervenção do Papa Francisco, aliás muito criticado por sua inexplicável inércia, que mais parece cumplicidade (cfr. Clarín).

O jornal espanhol El País apontou um despótico tripé legislativo do governo para afogar a liberdade de expressão.

Uma Lei contra Discurso de Ódio pune os opositores com prisão perpetua. Outra Lei, a de Agentes Estrangeiros, proíbe doações internacionais a sociedades civis, ONGs, jornalistas e grupos opositores.

Eleições falsificadas não foram reconhecidas internacionalmente
Eleições falsificadas não foram reconhecidas internacionalmente
Por fim, a Lei Especial de Delitos Cibernéticos, ou Lei da Mordaça, pune com 1 a 10 anos de prisão os críticos de Ortega nas redes sociais.

Em novembro de 2021 — prendendo candidatos opositores e enchendo as cadeias de inimigos políticos —, Ortega se fez eleger presidente mais uma vez, e se arvorou em campeão da democracia.

A comunidade nacional e a internacional viram a escandalosa farsa; os EUA, a União Europeia, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e dezenas de países democráticos recusaram o resultado.

Os ditadores de Cuba e da Venezuela participaram da posse do ditador, à qual China, Rússia, Coreia do Norte, México e Argentina fizeram-se representar e Irã enviou um chefe terrorista.

A posse preludiou a prisão de jornalistas, a fuga de empresas de comunicação e o encarceramento de familiares de exilados políticos que criticavam a tirania. 317 pessoas foram declaradas apátridas, tiveram seus registros civis apagados e seus bens confiscados.

“É a morte civil, como se a gente nunca tivesse existido”, deplorou o jornalista Héctor Mairena, refugiado na Costa Rica.

Segundo a instituição Transparência Internacional, a Nicarágua, irmanada ao lulo-chavismo, tornou-se o país mais corrompido da América Central e o terceiro mais corrupto de toda a América.

Papa rompe mutismo incompreensível


Os padecimentos de Nicarágua encontraram um Papa e o PT insensíveis
Os padecimentos de Nicarágua encontraram um Papa e o PT insensíveis
Após anos de horrores despóticos, com a colaboração de altos eclesiásticos e o mutismo muito criticado do Papa Francisco, este finalmente deplorou a tirania em março passado:

“Não tenho escolha a não ser pensar em um desequilíbrio na pessoa que lidera [Ortega]. [...] É como se estivesse trazendo a ditadura comunista de 1917 ou a hitlerista de 1935. São ditaduras grosseiras”, registrou a Folha de S. Paulo.

Ortega treplicou com gestos brutais, mas não mudou e reforçou as violências na Semana Santa.

No Domingo de Ramos, em San José de Cusmapa, oeste do país, fiéis se revoltaram após a polícia prender o Pe. Donaciano Alarcón quando este saiu da igreja para benzer os ramos.

Ainda revestido dos paramentos da missa, foi expulso pela fronteira com a Costa Rica, acusado de organizar procissões e sublevar a população.

Segundo ele, informantes presentes em todas as missas denunciaram sua menção ao Papa Francisco e ao bispo de Matagalpa, Mons. Rolando Álvarez, que continua preso por alegada “traição à pátria”, crime usado contra qualquer opositor, acrescentou a Folha de S. Paulo.

Pouco depois, o ditador fechou três universidades católicas que contavam com pelo menos onze unidades de ensino, e dissolveu as organizações caritativas católicas ligadas à Caritas, informou o site Vatican News 18 e O Globo.19

Poucas semanas antes, o ditador havia esbravejado:

“Se vamos falar de democracia, que se eleja também o papa por voto direto do povo. Que seja o povo quem decida, não a máfia que está organizada no Vaticano”.

Grosserias que poderiam ter sido recebidas com aplausos nas assembleias do famigerado Sínodo Alemão.

O silêncio cúmplice do PT


PT apoia o regime criminoso e antidemocrático de Ortega
PT apoia o regime criminoso e antidemocrático de Ortega
Mas o silêncio, afinal quebrado, do Papa, foi acompanhado de outro: o do PT e de Lula, autoproclamado herói da democracia, mas que persevera como velho amigo e companheiro de viagem do déspota comunista nicaraguense.

O jornalista Mairena pede mais ação do Brasil: “Lamentamos que o governo do presidente Lula não tenha tomado uma atitude firme”.

No Brasil, entre outros, Celso Rocha de Barros, autor de “PT uma história”, partilhou a perplexidade da omissão petista diante do regime de crimes ao afirmar no artigo:

“PT faria bem em adotar uma postura abertamente crítica à ditadura de Ortega”, Folha de S. Paulo20:

“A revolução nicaraguense de 1979 foi a revolução da geração em que o PT foi fundado. Nos anos 1980, o PT mandou médicos para a Nicarágua [...].

“Jovens petistas se tornaram voluntários para ajudar os sandinistas, tinham várias semelhanças de família com o PT, como a forte presença de católicos progressistas em seu meio.

“Na Nicarágua, houve padres-guerrilheiros [...]. Enquanto isso, o petista Frei Beto tentava aproximar católicos e comunistas em Cuba”.





quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Nicarágua: calvário de um povo entregue ao comunismo como a China quer

Ex-guerrilheiro sempre marxista e mulher entregue à bruxaria causaram milhares de mortes durante o COVID
Ex-guerrilheiro sempre marxista e mulher entregue à bruxaria
causaram milhares de mortes durante o COVID
Luis Dufaur
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Repressão a médicos


Entre o primeiro projeto falido e a atual tentativa de construir o Canal da Nicarágua, a ditadura radicalizou a repressão exercendo um comando de terror sobre os médicos que lutavam contra o coronavírus, citou “La Nación” de Buenos Aires.

O sandinismo encheu os hospitais públicos com fotos dos “heróis e mártires” guerrilheiros, de Ortega e de sua mulher Rosario Murillo, consagrada à bruxaria.

O regime proibiu medidas anti-epidêmicas e contou apenas 83 mortes, quando o Observatório Cidadão, de médicos independentes, registrava 2.087 óbitos.

Em “enterros express”, a polícia sumia com os corpos. Os médicos não podiam usar equipamentos de proteção pessoal “para não alarmar'' os doentes.

Dezenas de especialistas foram demitidos por criticar esses erros.

As expulsões obedeciam a “ordens de cima”, ditadas pelo sindicalista presidente do Parlamento cognominado “doutor morteiro”, pelo uso de bombas artesanais.

Os jornalistas que iam aos centros de saúde eram presos, e os opositores feridos pela polícia não eram atendidos.

A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) contabilizou 328 mortos e mais de 2000 feridos a esse título.

De 800 funcionários do hospital Bertha Calderón, por volta de 250 foram mandados de volta para suas casas com sintomas de coronavírus, como repressão e vingança.

Nenhum deles foi julgado doente e as mortes foram atribuídas à “pneumonia atípica, infarto ou parada respiratória”.

A Nicarágua virou um portal de entrada na América Latina do terrorismo internacional.

Mohsen Rezai, iraniano procurado pela Interpol e envolvido no atentado terrorista contra a associação de saúde judaica AMIA em Buenos Aires, assistiu a mais de uma posse presidencial de Ortega.

Em Manágua, ele se confraternizou com o presidente argentino e os ditadores de Cuba e Venezuela, noticiou La Nación.

Até o clero sandinista ficou horrorizado


Dom Rolando José Álvarez Lagos foi preso em 2022
Dom Rolando José Álvarez Lagos foi preso em 2022
Infelizmente, a hierarquia eclesiástica e o clero local cooperaram com a revolução comuno-sandinista.

No Brasil, houve no Instituto Paulo VI, da Arquidiocese de São Paulo, uma “Noite Sandinista”, na qual o bispo de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, vestiu o uniforme de guerrilheiro sandinista como “sacramento de libertação”, dizendo: “Eu me sinto, vestido de guerrilheiro, como me poderia sentir paramentado de padre”.

A hierarquia eclesiástica foi o motor da Teologia da Libertação e das revoluções que esta promoveu na América Latina e, como é bem conhecido, está na raiz do PT brasileiro (Catolicismo, jul-ago/1980).

Leigos católicos integraram o primeiro gabinete guerrilheiro nicaraguense juntamente com quatro sacerdotes: o ex-ministro das Relações Exteriores Miguel D'Escoto (1979-1990), o ministro da Previdência Social, Pe. Edgard Parrales (1980-1982), o Pe. Ernesto Cardenal (1979-1982), ministro da Cultura (1987), e seu irmão, Pe. Fernando Cardenal, ministro da Educação (1984-1990).

Porém, quando o governo de Ortega foi desvendando seu cruel rosto comunista, a posição dos bispos nicaraguenses mudou parcialmente.

O arcebispo de Manágua, Cardeal Miguel Obando y Bravo (1926-2018), criticado por sua inércia cúmplice, passou a comparar o regime a uma “cobra venenosa e traiçoeira”.

Perseguição declarada à Igreja


Dezenas de religiosas foram expulsas da Nicarágua
Dezenas de religiosas foram expulsas da Nicarágua
Em agosto de 2022, após duas semanas de cerco à sede episcopal, por ordem do governo Ortega, os sandinistas invadiram a cúria de Matagalpa e sequestraram o bispo Dom Rolando José Álvarez e mais sete dos seus oito colaboradores, conforme publicado por La Nación.

Em março de 2021, Ortega expulsou o núncio apostólico Waldemar Sommertag, pondo fim a um vínculo diplomático de 115 anos.

E em 21 de setembro do mesmo ano, o país desistiu de ter embaixador ante a Santa Sé.

Duas universidades ligadas à Igreja foram fechadas e terão que entregar ao governo todas as informações sobre alunos, professores, planos de estudos, matrículas e habilitações, informou O Estado de S. Paulo (12-3-2023).

Logo depois da Semana Santa a tirania mandou para o exílio as religiosas dominicanas que cuidavam de um asilo de anciãos, além de confiscar o mosteiro das irmãs trapistas de São Pedro de Lóvago.

Em julho foi a vez das Missionárias da Caridade, acusadas de atividades “terroristas”, noticiou Infocatólica.

Em julho a polícia da ditadura sequestrou quatro freiras brasileiras da congregação Irmãs dos Pobres de Jesus Cristo, na cidade de León. Elas foram expulsas da Nicarágua.

A congregação estava no país há sete anos, atuando junto aos pobres mediante a distribuição de alimentos e rezando com eles.

Oficialmente 40 freiras e 44 religiosos foram expulsos pelo governo Ortega nos últimos cinco anos, mas o número real é muito maior, informou o site Aleteia.

Padre enfrenta policiais que impediam celebração de missa
Padre enfrenta policiais que impediam celebração de missa

Dezenas de estações de rádio e televisão católicas e mais de mil organizações não-governamentais foram fechadas, igrejas profanadas com bombas incendiárias, padres presos e os paroquianos proibidos de entrar na igreja de Ciudad Darío, também no município de Matagalpa.

Cabe mencionar que o regime comunista de Ortega — misturado com bruxaria praticada por sua mulher, Rosario Murillo, elevada a “copresidente” — ainda tem bispos identificados com eles, como o diocesano de León, Dom René Sandino, que instalou a insígnia da Frente Sandinista na catedral.

A diocese de Matagalpa foi indiciada sem nenhuma prova por “organizar grupos violentos” e incitar o “ódio” para “desestabilizar o Estado”.

O ditador acusou os bispos de “conspiradores golpistas” por apoiarem os protestos da oposição que pediram sua renúncia em 2018, e em cerimônia pública em 28-9-2022, deblaterou: “Tudo se impõe na Igreja Católica, é uma ditadura perfeita”.

Cenas evocaram os tempos dos sovietes
Cenas evocaram os tempos dos sovietes
Em Matagalpa, Monsenhor Oscar Escoto, depois de 14 dias sequestrado e preso juntamente com os padres que o acompanhavam na prisão, não recebiam comida, remédios, roupas ou material de higiene, noticiou Infocatólica.

O cardeal nicaraguense Leopoldo Brenes abençoou nove imagens de Nossa Senhora de Fátima para todas as dioceses do país.

Mas o governo proibiu a diocese de Matagalpa de recebê-la, e centenas de fiéis que se dirigiam à catedral para venerá-la foram enviados de volta para suas casas.

Ortega mandou tratar a Igreja Católica como inimiga do Estado, conforme informa o site da Unisinos,13 que apesar de ser a central da Teologia da Libertação no Brasil, viu-se obrigado a informar sobre os crimes anticatólicos de seus ex-companheiros de viagem.




quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Nicarágua ‘chinesa’ revela planos de Pequim

Há duas décadas, Lula estendeu o abraço a Pequim, que prometeu muito dinheiro
Há duas décadas, Lula estendeu o abraço a Pequim, que prometeu muito dinheiro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Ao cobiçar a América Latina para seu comércio, a China seduz os governos esquerdistas para manter o velho sistema comunista. No momento, a Nicarágua é um paradigma.

Pelo menos desde o ano 2000 a China tenta sujeitar a América Latina multiplicando mais de 20 vezes o seu comércio com a vasta e estratégica região.

Simultaneamente forja um vínculo estratégico com os governos que adotam o “comunismo rosa”, uma mera reciclagem do velho comunismo.

Lula e Chávez criaram em 2011 a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para afastar os EUA e o Canadá do convívio com os países latino-americanos.

E no 1º Fórum China-CELAC, realizado em Pequim, o ditador maoísta Xi Jinping prometeu investir 250 bilhões de dólares ao longo de uma década.

Em troca, os países presentes omitiriam qualquer menção às violações dos direitos humanos e da democracia, observou El País, falando do nascimento de uma ‘chino-américa’.

Neste ano de 2023, o ministro da economia da Argentina, Sergio Massa, comemorou em Pequim os suspeitos empréstimos recebidos dos chineses, dizendo: “Nós deveríamos nos chamar Argenchina”.2

Pequim comprou parte da dívida externa da Costa Rica e instalou o Instituto Confúcio, fechado nos EUA por espionagem e proselitismo marxista.

Fez um estádio de mais de 100 milhões de dólares — jamais sonhado pela Costa Rica —, mas só depois de o país romper seus laços diplomáticos com Taiwan...

‘Chino-américa’


'Nós deveriamos llamar nos chamar', dsse o  ministro de Economia argentino e candidato presidencial, Sergio Massa
'Nós deveríamos nos chamar Argenchina', disse o  ministro de Economia argentino
e candidato presidencial, Sergio Massa, vendendo seu país
Em novembro de 2014, o Brasil e o Peru puseram-se de acordo para fazer uma conexão entre o Atlântico e o Pacífico com financiamento chinês.

Nesse mesmo ano, Pequim fechou 20 acordos com a Argentina em troca da cessão, durante 50 anos, de um território alheio à soberania argentina onde funciona hoje uma estação espacial que segundo o consenso tem uso militar e na qual os argentinos não podem entrar.

A China promete colossais investimentos enriquecedores mas na realidade submete e afunda as economias que “beneficia”.

Exemplo típico é o Brasil que, segundo recente estudo da FIESP, numa década perdeu o 11% de suas exportações à América do Sul (R$ 52 bilhões), arrebatadas por produtos chineses, aliás baratinhos e de má qualidade como sempre.

A Universidade Cornell mostrou que a América Latina fornece apoio à política exterior chinesa nas Nações Unidas.

Acontece que, para Pequim, Colombo não descobriu a América em 1492, mas sim Zheng He, um almirante chinês muçulmano eunuco, em 1421. Agora a China procura reparação por essa “ignorância” histórica (cfr. El Mundo).

Canal chinês para superar o do Panamá?


A China tenta realizar o projeto faraônico de um canal transoceânico através da Nicarágua que supere o canal do Panamá.

O Grande Canal da Nicarágua, ou Lago Cocibolca, prenuncia um outro canal que cortaria pelo meio a região amazônica e tornaria a China uma virtual dominadora da região a pretexto de estender a Nova Rota da Seda (em inglês: Belt and Road Initiative), projeto trilionário que realiza o sonho de Mao Tsé-tung da hegemonia mundial chinesa.

O projeto do Canal da Nicarágua é elucidativo. O lago homônimo contém a maior massa de água doce da América Central e ficaria nas mãos de um consórcio chinês que o transformaria em um canal para cargueiros de grande calado.

Plano chinês do Canal de Nicaragua revoltou a população que viu entrada do comunismo
Plano chinês do Canal de Nicarágua revoltou a população que viu entrada do comunismo
O acordo original assinado pela ditadura sandinista de Daniel Ortega com o Grupo HKND foi anunciado em 2013, no aniversário do nascimento do líder guerrilheiro Sandino.

Segundo Ortega, passariam navios tão grandes “que não poderão fazê-lo pelo canal de Panamá”.

O chinês Wang Jing — que a imprensa nicaraguense, quando havia liberdade, chamava de “o fantasma” — recebeu a concessão da obra durante 100 anos.

A largura do canal seria de 230-520 metros e a profundidade variaria entre 27,6 e 30 metros ao longo de 105 quilômetros do lago.

A profundidade média de 14 metros exigiria remover 310 milhões de metros cúbicos de rocha e outros 65 de lodo, quando o Canal do Panamá movimentou apenas 41 milhões.

Jaime Incer Barquero, presidente da Fundação Nicaraguense para o Desenvolvimento Sustentável, estimou que requereria uma dragagem gigantesca, sendo “difícil pensar em qualquer tipo de vida de água doce que possa sobreviver nessas condições”.

A grande maioria dos camponeses e pescadores vizinhos do futuro canal foi contra o projeto.

“Quando os chineses vierem, vamos recebê-los com facões. Eles estão começando a expropriar propriedades. Eles oferecem um preço catastrófico. Não sai nada na imprensa porque está comprada”.

Até o ex-padre, ex-guerrilheiro e ex-ministro da Cultura sandinista Ernesto Cardenal criticou: “Querem roubar o país”.

Os protestos foram reprimidos com violência inaudita, matando entre 325 e 560 populares, deixando centenas de desaparecidos, milhares de feridos e dezenas de milhares de exilados.

A pena máxima na Nicarágua é de 30 anos, mas os líderes camponeses foram condenados a mais de 200 anos de prisão, segundo a BBC News.

Em 2018, o projeto inicial foi declarado oficialmente cancelado. Mas a atual onda do “comunismo rosa” está fazendo uma nova tentativa.




quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Moscou entra na América Latina nos braços de Pequim (2)

Avião russo no aeroporto do El Calafate
Avião russo no aeroporto do El Calafate
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Intrigantes viagens russas


Enquanto Lavrov girava pelo Brasil e pela Venezuela, causou estranheza a aterrissagem em El Calafate, Santa Cruz (Argentina), procedente de Moscou com escala em São Paulo, de um avião russo que conseguiu driblar controles internacionais.

El Calafate é a localidade patagônica preferida pela vice-presidente Cristina Kirchner para seus negócios ilegais.

Foi apresentado um pedido de investigação sobre esse avião na Câmara de Deputados argentina, obviamente desatendido pelo governo (cfr. Clarín).

Só se soube que nele chegou o magnata Andrey Kostin, conhecido como “o banqueiro de Putin”, financista da invasão à Ucrânia, acompanhado por Alexander Katunin, outro longa manus de Putin, noticiou o Clarín.

Os três envolvidos — Kostin, Katunin e Kirchner — foram apelidados de “tríplice K”.

Nesses mesmos dias a Justiça americana ordenou o confisco de um Jumbo 747 retido há um ano no aeroporto Internacional de Buenos Aires.

Ele chegou pilotado por um ex-chefe do terrorismo iraniano com cumplicidades nacionalistas-chavistas, suspeito de participar de atentados contra alvos judeus na capital argentina que fizeram mais de uma centena de mortos (Cfr. Clarín).

Papa Francisco tenta envolver o Brasil


Putin e Papa Francisco gostariam envolver Lula de seu lado no conflito bélico da Ucrânia
Putin e Papa Francisco gostariam envolver Lula de seu lado no conflito bélico da Ucrânia
Desde o início da guerra, apesar da divulgação das crueldades inenarráveis perpetradas pelas tropas russas contra idosos, mulheres e crianças ucranianos, o Papa Francisco vinha manifestando sorrateira simpatia pelo déspota do Kremlin, mas nos últimos meses moderou essa sua simpatia pelo putinismo.

Tudo passou a correr como se o Pontífice depositasse em Lula a esperança de uma mediação favorável ao ditador russo que ele próprio não conseguiu.

A tentativa chegou a parecer iminente no anúncio da visita de Lula ao Papa, mas ficou frustrada.

Por iniciativa do governo brasileiro Putin conversou com Lula, e disse não compartilhar os termos do diálogo proposto. Ele o teria convidado para participar do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, mas Lula disse ter recusado, reafirmando seu posicionamento ao lado da China, Índia e Indonésia “pela paz”, informou O Tempo de Brasília.

Nesses mesmos dias, agentes russos ocuparam a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, violando compromissos e despertando o temor de uma sabotagem que provocaria uma nuvem radioativa maior do que a gerada pela explosão da usina de Chernobyl em 1996.

A Rússia acabava de dinamitar em Kakhovka a maior barragem da Ucrânia, causando dezenas de mortes e alagando uma grande superfície.

O misterioso Boeing venezuelano-iraniano retido em Ezeiza há mais de um ano e que é fequerido pelos EUA
O misterioso Boeing venezuelano-iraniano retido em Ezeiza há mais de um ano
e que é requerido pelos EUA
O presidente ucraniano advertiu que a central nuclear corria o mesmo perigo, citando o Brasil e demais países que se envolveram em negociações com a Rússia.

Pouco depois estourou a rebelião armada das milícias Wagner, chefiadas pelo até então “favorito” de Putin, Yevgeny Prigozhin, o que fez o país beirar a guerra civil.

Conflitos análogos os governos próximos de Putin poderiam fazer alastrar em nossos países do modo mais indesejável possível.

Mantenhamo-nos distantes desse flagelo anunciado por Nossa Senhora de Fátima que é a Rússia, que se aproxima de nós de braços dados com a China, enquanto as esquerdas da América Latina lhe estendem as mãos.


quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Moscou entra na América Latina nos braços de Pequim (1)

Lavrov procura envolver o Brasil
Lavrov procura envolver o Brasil, sem se fotografar com Lula
Luis Dufaur
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A China vem entrando na América Latina através de colossais investimentos econômicos, sobretudo na América do Sul.

Eles encobrem uma estratégia de conquista político-militar visando a hegemonia universal, objetivo supremo de Mao Tsé Tung para o regime comunista chinês.

Mas não entra sozinha.

Ela o faz de mãos dadas com a Rússia de Putin, a qual está muito diminuída do ponto de vista econômico, militar e político com a cada vez mais catastrófica e criminosa invasão da Ucrânia.

A Rússia que está impossibilitada de reeditar as infiltrações ideológicas e subversivas do tempo da URSS, tenta entrar em nossos países pendurada no dragão vermelho de Pequim.

Em abril, o chanceler russo Serguei Lavrov veio ao Brasil para levar Lula a reafirmar suas posições partilhadas com o autocrata da China, Xi Jinping.

Lula se alineia com Pequim
Lula se alineia com Pequim
No final do encontro, voltaram a jogar a culpa pela guerra da Ucrânia nos EUA, na União Europeia e no presidente ucraniano Volodimir Zelenski com as palavras do presidente russo Vladimir Putin, o que gerou mal-estar no País, registrou o Correio Braziliense.

Após a visita, o Kremlin comemorou a proposta do atual ocupante da Presidência brasileira de criar um clube de mediação neutro para a guerra da Ucrânia, que de fato favoreceria os interesses russos.

Lula também sugeriu que a Ucrânia entregasse a Criméia, anexada ilegalmente por Putin em 2014.

Logo depois, no retorno de sua viagem a Pequim, Lula se expandiu em ataques aos EUA, acusando-os pela continuidade da guerra e propondo abandonar o dólar como moeda de troca internacional, registrou o site de esquerda PolíticaLivre.

O chanceler moscovita prosseguiu sua viagem passando por Caracas, onde elogiou as ditaduras “mais fiéis” da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua, qualificando-as de “países que escolhem seu próprio caminho”.

Aos países latino-americanos, Moscou propõe ser “necessário unir forças para conter as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, noticiou A Gazeta do Povo.

A proposta pode arrastar nossos países para uma espiral fatídica em cujo fim se vislumbra uma III Guerra Mundial.

Pois tendo a invasão da Ucrânia e as tendências para uma guerra civil na Rússia dividido o mapa geopolítico do mundo, o Kremlin quer o maior apoio possível para atrair a América Latina, observou a BBC de Londres.

Putin e Xi Jingping mantém estreita relação pela formação marxista, mas China se afasta dos fracassos russos
Putin e Xi Jinping mantém estreita relação pela formação marxista,
mas a China se afasta dos fracassos russos
Viajando a Moscou, o ditador chinês Xi Jinping, que finge ser um facilitador da paz, deu claro sinal de apoio a Putin, de quem é um forte aliado, mas fez prudentes silêncios considerando os fracassos bélicos russos na Ucrânia, e desmoronamento da imagem de Putin no Ocidente.

Por sua vez, o presidente da martirizada Ucrânia pediu à América Latina sanções e munição contra a Rússia, mas a maioria dos países não atendeu ao pedido.

A BBC destacou a inconsistência “dessa suposta neutralidade” de certos países latino-americanos quando se trata de apoiar a Rússia.

E a América Latina ficou posta diante da alternativa entre perder estreitas relações comerciais com os chineses ou aderir à diplomacia sino-russa de fundo comunista.

A guerra na Ucrânia coincidiu com uma onda de presidentes de esquerda na América Latina, apoiados por coalizões que historicamente têm afinidade com a ex-União Soviética.

Lula quase disputa a Madura a sujeição a Moscou e Pequim
Lula quase disputa a Madura a sujeição a Moscou e Pequim
É o caso do PT de Lula e de um grupo de ditaduras latino-americanas que simpatizam com a Rússia no conflito, em especial Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia.

Em recepção ao ditador venezuelano Nicolás Maduro em Brasília, o presidente petista adotou os slogans preferidos de Putin como “multipolaridade”, escreveu Metrópoles.

Maduro e companheiros de viagem usam o termo para deblaterar contra um pretenso “mundo unipolar” dominado pelos EUA.

Mas dão prioridade à China e à Rússia, que Maduro definiu como “irmãos maiores” dos países latino-americanos e destinados por isso a nos chefiar.

Putin ameaça que “quem não entender” essa nova ordem geopolítica “vai perder”, glosando as doutrinas ocultistas e apocalípticas de seu filósofo preferido Alexander Dugin.


continua no próximo post: Moscou entra na América Latina nos braços de Pequim (2)

quarta-feira, 8 de março de 2023

Bases militares chinesas na Terra do Fogo?

China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O governo esquerdista argentino prometeu impedir a instalação de uma base chinesa no sul da Argentina, argumentando questões de soberania.

Mas na prática avança na construção de um “porto polivalente” em Río Grande, Terra do Fogo, que tem por trás o China Shaanxi Chemical Industry Group, que promete instalar uma fábrica química e uma central elétrica no local.

A história é difícil de acreditar, disse o site bem informado “Infobae” porque a referida empresa chinesa delegou o serviço à HydroChina Corp, do governo socialista chinês que é representada na Argentina por Shuiping Tu, um burocrata do Partido Comunista Chinês.

“Sob a desculpa de um porto, o que a China busca na verdade é construir uma base naval com cais e acesso ao mar. Isso permitirá a Pequim uma porta de entrada para a Antártida. Também poderá monitorar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico e as comunicações em todo o hemisfério”, acrescentou “Infobae”.

Base espacial chinesa em Neuquén, Patagonia, onde os argentinos não podem entrar
Base espacial chinesa em Neuquén, Patagônia, onde os argentinos não podem entrar
O governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, é um entusiasta do desembarque chinês no sul e não incluiu o grande negócio nas contas oficiais. O Legislativo local deverá ratificar o acordo, informou o “El Diario del Fin del Mundo”.

A empresa chinesa de fachada se compromete a produzir 600.000 toneladas anuais de amônia sintética, 900.000 de ureia e 100.000 de glifosato.

Porém o que mais interessa à China comunista por trás da empresa de fachada é ter um porto próprio na região mais austral do planeta, porta de entrada para o Continente Branco.

O “plano comercial” promovido pelo governador esquerdista e pelo embaixador da Argentina em Pequim, Sabino Vaca Narvaja é suspeito também porque “fazer um porto na Terra do Fogo não é lucrativo.

“Não há volume, não há escala, nem há probabilidade de fazer um investimento que o justifique”, indicaram outras fontes reservadamente.

Outro especialista tirou todas as dúvidas: “os chineses nunca querem ganhar dinheiro. Eles sempre têm um objetivo político”.

O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén, disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén,
disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O embaixador da China em Buenos Aires, Zou Xiaoli, pressionou a Justiça local para remover os “obstáculos legais” que impediam o início do projeto.

O governador promete obter “as aprovações legais o mais rápido possível” e a empresa fachada China Shaanxi Chemical Industry Group, promete construir uma base para navios de até 20.000 toneladas.

Diz que com ela irá “incentivar as empresas chinesas a investir na Terra do Fogo”, prova de que não há movimento atual que justifique, e “implementar uma filosofia de proteção ambiental” que a China viola até em seu território.

A surpresa é maior porque já está em andamento a construção de um porto pelo setor privado com capital argentino.

O governador das esquerdas inventou uma estatal energética, a Terra Ignis Energía, com a intenção de envolver os chineses em projetos e negócios.

Na província é tida como um mais engendro da corrupção política.

A obsessão chinesa final é a Antártida, e para isso cogita mais uma instalação na cidade mais austral do mundo: Ushuaia.

A vantagem de Rio Grande, é que sendo pequena e afastada o regime comunista chinês poderia agir sem mito controle.

A China já recebeu de mão beijada um amplo espaço em Neuquén, onde construiu a Estação Espacial Distante localizada em Bajada del Agrio também na Patagônia.

China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
Só que apenas militares chineses podem entrar em suas instalações e ... para ver as estrelas! Diversas fontes na Argentina e nos EUA sempre suspeitaram que esse observatório espacial tem finalidades militares.

A “Infobae” enviou seu jornalista Andrés Klipphan a estudar o caso e achou graves irregularidades na entrada comunista em Terra do Fogo.

A China já tentou o mesmo projeto em 2010 mas foi abandonado totalmente porque a população se julgava enganada.

O jornalista Armando Cabral, ameaçado por investigar esse tipo de acordo entre Pequim e a corrupção na província, denunciou que a manobra se deve a que “é um lugar muito estratégico se tiveres em conta que estás no canal que une os dois oceanos”, além de ser um local muito pouco habitado.

A flota pesqueira clandestina
Outras iniciativas chinesas em período de governo esquerdista-nacionalista concluíram em escândalos judiciais e inconclusão das obras.

Por sua vez, uma base chinesa na Terra do Fogo preocupa no Brasil, escreveu “Mar sem fim”. A China já tentou o Uruguai para abrir uma base na América do Sul. Tendo fracassado procurou autoridades do Rio Grande (RS), também se frustrando. Agora se volta para a Argentina.

Marinha argentina captura mais um pesqueiro ilegal chinêsCom cobertura de silêncio da grande mídia, em 2021 os chineses foram recebidos pelo secretário do Meio Ambiente e infraestrutura do Rio Grande do Sul, teoricamente para melhorar a pesca.

Mais felizmente a manobra não foi em frente. Pois a China é a maior predadora dos mares do planeta. Depois de esgotar a pesca em sua Zona Econômica Exclusiva, foi depredar o litoral africano.

E o estrago feito, passou a depredar águas sul americanas especialmente as argentinas muito ricas em lulas dentadas (metade das capturas mundiais).

Essa depredação da frota ilegal chinesa já se fazia desde 2013! E, em 2016, um pesqueiro chinês suspeito abordado pela Armada argentina se afundou para não revelar o que estava fazendo.

Também a China invadiu e depredou os riquíssimos santuários marinhos das Galápagos (Equador) no Pacífico.

Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Agora segundo o site portenho pescare.com.ar um novo ataque da República Popular da China está visando nosso país. Não lhes basta a pesca ilegal. Agora eles buscam construir uma base naval em Ushuaia, (Terra do Fogo), abrindo uma “janela” para a Antártida”.

Segundo o site Intelligence Online da França, essa base permitiria à China controlar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Ushuaia fica às margens do Canal de Beagle, e seria um desastre para a América do Sul e a Antártica se os ‘chineses’ alcançarem seu intento.

Segundo o La Nación, a Rússia pretende ter num Polo Logístico Antártico coisa pouco compreensível porque já tem várias bases no continente antártico.

Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Com o pretexto “patriótico” de fortalecer a presença das Forças Armadas na Patagônia o Ministério da Defesa argentino promoveu instalações com magros equipamentos nacionais, mas visando a Grã-Bretanha.

O verdadeiro interesse das esquerdas argentinas está na parceria com a China e a Rússia, suscitando a preocupação nos EUA.

O Brasil ficará comprometido por esse desenvolvimento de potências expansionistas enquanto também aumenta a preocupação com a Amazônia Azul, altamente cobiçada no exterior, ameaça pouco acompanhada pela opinião nacional.


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Se a bolha chinesa explodir,
nem o Brasil sairá ileso

Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.
Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Numa economia do tamanho da Grécia, o pior dos cenários ocasionaria um abalo que poderia ser assimilado.

Porém, caso as negras perspectivas na China se confirmem, dificilmente algum país do mundo ficará ileso.

A crise da China interessa sobremaneira ao Brasil, considerado há muito tempo pelos investidores como um “derivativo da China” por sua quase dependência comercial com ela, consolidada no período petista.

O Brasil ficou vendendo suas matérias-primas para a indústria chinesa, fechando as fábricas nacionais e importando manufaturas de todo tipo outrora fabricadas no país.

À dependência da China, forjada em larga medida pelos governos de Lula e Dilma, se somam os incomensuráveis problemas internos que se avolumaram no mesmo período como a recessão e o desemprego.

Para O Estado de S.Paulo, o Brasil assumiu a atitude de “dependente da China como um país colonial depende da metrópole”.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Expansionismo chinês na Amazônia não pretende parar

A China desenterra velhos documentoss para alegar que as Américas lhe pertencem
A China desenterra velhos documentos
para alegar que as Américas lhe pertencem
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Num post anterior tratamos de instituições financeiras de desenvolvimento internacional, na maior parte estatais chinesas, que financiam investimentos em larga escala na Amazônia, contrariando até as alegações oficiais de “salvar a floresta, “salvar o clima”, etc..

Cfr.: Xi prega contra o desmatamento mas o promove no mundo com seu Partido Comunista


Essa tendência aumentará, diz trabalho do Centro de Políticas de Desenvolvimento Global da Universidade de Boston, que não concorda com ela.

Esses capitais têm diversas procedências e objetivos econômicos e sociais.

Mas o caso da China é inquietante porque esse país tem se fixado como objetivo final assujeitar o mundo. E para isso não poupa nada.

Dos 70 bilhões de dólares aplicados por órgãos de todo o mundo público e privado na bacia do Amazonas, de 2018 até 2020, segundo a Boston University, o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco de Exportação e Importação da China financiaram, ou irão financiar, quase um terço, reportou o site Amazôniasocioambiental.