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Banheiro, cozinha e dormitório tudo junto |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Uma força-tarefa de órgãos federais resgatou trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão na montadora de automóveis da BYD em construção na Bahia. Ela interditou parte das obras da montadora em Camaçari (BA).
163 operários “importados” da China trabalhavam em condições análogas à de escravos,
A empresa emitiu um comunicado para fazer bonito dizendo não tolerar “desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana”, etc., etc. Na realidade estava usando os escravos como faz generalizadamente com os operários no China.
A BYD é uma gigante na fabricação de carros elétricos e híbridos de recente criação para o governo chinês atingir a hegemonia planetária de carros elétricos. A unidade estava sendo instalada no local onde ficou a fábrica da Ford com incentivos superiores a R$ 5,5 bilhões do governo da Bahia.
O lançamento da pedra fundamental foi feito em outubro de 2023, com presença de autoridades dos governos estadual e federal. A unidade deverá capacidade de montar 150 mil veículos por ano na primeira fase, elétricos e híbrido flex.
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BYD usava uma empresa terceirizada para explorar os escravos |
Os trabalhadores estavam distribuídos em quatro alojamentos principais. Num deles, dormiam em camas sem colchões e não possuíam armários para seus pertences pessoais, que ficavam misturados com materiais de alimentação.
A situação sanitária era crítica, com apenas um banheiro para cada 31 trabalhadores. Todos os alojamentos tinham problemas graves de infraestrutura e higiene.
Além das condições degradantes, a força-tarefa detectou situações de trabalho forçado. Caso um trabalhador tentasse rescindir o contrato de trabalho após seis meses, deixaria o País sem receber nada pelo trabalho, já que o desconto da caução, da passagem de vinda ao Brasil e o pagamento da passagem de retorno, na prática, configuraria confisco total dos valores recebidos pelos trabalhadores ao longo da relação de trabalho.
O ‘escravos’ apresentavam “sinais visíveis de lesões na pele”, seus passaportes estavam confiscados e o empregador “retinha 60% do salário”.
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Condições de vida degradantes para os 'escravos' servindo à BYD |
O caso teve repercussão internacional pela constatação de “tráfico” de trabalhadores chineses. Os ‘escravos’ dependiam de uma subcontratada da BYD, a Jinjiang Open Engineering, e foram considerados “vítimas de tráfico internacional para fins de exploração laboral”.
A BYD está construindo 26 novas instalações e planeja começar a produzir os modelos elétricos Dolphin e Yuan Plus e o híbrido plug-in Song Plus.
Com essa instalação, a BYD pretendia oferecer “preços ainda mais competitivos”. Obviamente com esse esquema análogo à escravidão de africanos em séculos passados e amplamente aplicada na China hodierna acrescida de subsídios com intenções imperialistas o poder vermelho pode pretender afundar as demais montadoras funcionando no País.
Excelente matéria recehadas de informações aqui no seu Blog, parabéns ! moro na Flórida e meus estou apresentando o seu blog aos meus amigos que estão gostando bastante ! NÂO pare!
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