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Deprimidas sem netos, em curso de tambor africano para preencher o vazio |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Pouco mais da metade dos chineses adultos sofrem porque nunca se tornarão avós em virtude da repressão da natalidade imposta cruelmente pelo Partido Comunista durante décadas para acelerar os números do crescimento econômico.
Um profundo sentimento de saudade e perda do legado familiar causa uma dor muito real as pessoas que não sabem nem falar esse sofrimento.
O ateísmo infundido com a “política do filho único” formou gerações que não quer terem filhos. Esses escondem seu pessimismo induzido por trás de pretextos como o mal estado do mundo ou as alterações climáticas.
Muitas mulheres que sonharam viver rodeadas de netos à medida que envelhecem, transmitindo-lhes as receitas de família e o amor pela música, segundo o costume milenar chinês hoje não escondem sua depressão.
A decisão de não ter filhos prejudica a relação entre as gerações e os que sonharam com, pelo menos, ter netos. Os mais velhos não conseguem afastar a desilusão pessoal se decepcionado com seus filhos que não querem ter descendência.
O “The New York Times” fez um longo inquérito entre os chineses nesse estado. Muitos sentem saudade do que poderia ter sido sua casa quando vem fotos felizes de outros com os netos nas redes sociais.
Marido, pets, livros, jogos, não escondem a solidão e repetem que “os netos trazem esperança e luz para sua vida”, mas eles não virão.
É uma forma de luto e uma dor difícil de assumir.
O problema é de consulta psiquiátrica. Mas as respostas dos psiquiatras não conseguem mitigar essa dor profunda.
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