![]() |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O jornalista Patrick McGee denuncia no livro "Apple in China" que os EUA e o Ocidente não cobram da China seus crimes contra a humanidade.
Os “direitos humanos” viraram meras palavras pois os políticos não querem afundar seus negócios com Pequim.
A Apple está investindo na China US$ 275 bilhões, quase o dobro do Plano Marshall para reerguer Europa após a II Guerra Mundial.
A Apple é “a maior apoiadora” do projeto “Made in China 2025” de Xi Jinping, e coopera para reforçar o sistema de controle policial dos chineses, diz o autor.
McGee sugere que a profunda dependência da Apple da manufatura chinesa a coloca em uma posição desconfortável, especialmente com o aumento das tensões geopolíticas.
A Apple diversificou a produção investindo na Índia e no Vietnã.
No entanto, a bem estabelecida cadeia de suprimentos da China continua indispensável.
Se a Apple transferir grande parte de suas operações para fora da China, corre o risco de interromper seus negócios e aumentar os custos.
A empresa não pode mais arcar com isso, especialmente com a concorrência cada vez mais agressiva de empresas chinesas às quais a empresa americana permitiu copiar sua tecnologia.
Embora a Apple seja uma empresa trilionária, McGee argumenta que ela não manda mais.
![]() |
Apple sustenta regime marxista chinês |
Dado o tamanho da Apple, a questão é até que ponto seu envolvimento com a China influenciará as atitudes dos EUA em relação ao regime de Pequim.