O combate às 'quatro pestes' ficou como ato hilariante e totalitário que contribuiu à morte de fome de milhões de chineses |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Na China, crescem as polémicas sobre as políticas do fundador do comunismo fundado por Mao Tsé tung. A mais absurda é em torno da “guerra contra os pardais” entre 1958 e 1960).
Nessa “guerra”, Mao mandou as crianças matar os pardais porque, dizia, comiam as sementes e impediam a reforma agrária atingir suas irreais metas.
E foi só um capítulo da “campanha contra as quatro pragas”: pardais, moscas, mosquitos e camundongos.
Mao convocou os 600 milhões de chineses da época de todas as idades e exaltou as “virtudes revolucionárias” das crianças que deviam levar à escola “rabos de rato”, segundo testemunhas.
O Comitê Central presidido por Mao elaborou o documento “Decisão de continuar a campanha de combate às quatro pragas” em 29 de agosto de 1958.