“Eles têm rostos de pedra. Eles encaram carrancudos os estrangeiros em Pequim. É preciso fazer algo. O fato de andarem armados e com um ar sinistro piora as coisas”, alertou Gerhard Heiberg membro norueguês do Comitê Olímpico Internacional (COI) a respeito dos policiais e soldados que garantem a segurança da Olimpíada.
Mas os membros do colaboracionista COI riram dele, noticiou o norueguês Aftenposten.
Nos mesmos dias os bispos e sacerdotes católicos fiéis a Roma da área de Pequim e circunvizinhanças recebiam ordem dos policiais marxistas de “cara de pedra” para não distribuírem os sacramentos durante os Jogos. Nem sequer a Unção dos Enfermos para os agonizantes.
As igrejas “patrióticas” ‒ i. é, do cisma socialista montado pela ditadura ‒ permaneceram abertas e exibem faixas convidando a rezar pelo bom sucesso dos Jogos. Sacerdotes e bispos “patrióticos” sorriem aos visitantes estrangeiros, dão entrevistas aos jornalistas elogiando a liberdade religiosa sob o socialismo e distribuem Bíblias com o imprimatur do regime ateu!
Mas, no aeroporto, a alfândega confisca as Bíblias trazidas por turistas estrangeiros.
Mons. John Tong, bispo coadjutor de Hong Kong, informou AsiaNews, foi convidado a assistir à inauguração. O prelado compareceu em espírito de diálogo e de distensão com o comunismo. Em Pequim, ele quis visitar o arcebispo. Resposta imediata: NÃO. Mons. Tong, como convidado, foi para o hotel indicado. Ali soube que devia ficar pelo menos duas noites, mas ele tinha visto só para uma noite! O hotel o pôs na rua. Foi salvo por um fiel que lhe deu hospedagem...
Os bons sacerdotes da capital tiveram que se exilar temporariamente no interior. O fluxo contrário está proibido. Os policiais de “ar sinistro” impedem que os provincianos ingressem em Pequim de medo que sejam portadores de germens de denúncia.
Os policiais vasculham áreas residenciais e centros de transporte à procura de indesejáveis “infiltrados”, informou UCANews, agência que recebe muitos dados por vias extra-oficiais desde a capital e o interior da China.
Em Tianjin, na província de Hebei, onde está Pequim, os bispos fiéis foram postos em prisão domiciliar sob estrita vigilância, e proibidos de ter contato com seus sacerdotes. Só os padres “patrióticos” podem administrar os sacramentos.
Os leigos católicos foram ameaçados caso recebam bons padres nas suas casas.
Proibições semelhantes vigoram nas províncias de Anhui e Shandong, na China oriental, acrescentou UCA News. No nordeste da China, o bispo Joseph Wei Jingyi de Qiqihar disse ter recebido advertência telefônica oficial para interromper as atividades religiosas durante os Jogos.
Em Wuqiu, condado de Jinxian, Hebei, - sempre segundo UCANews - o esquema represivo marxista montou um posto de controle frente à catedral do bispo fiel a Roma D. Julius Jia Zhiguo a fim de vigiá-lo 24 horas sobre 24. Cada duas horas, quatro agentes entram na residência do bispo perseguido para monitorar o que está fazendo. O prelado, corajosamente segue celebrando a Missa todos os dias.
Na Mongólia Interior um sacerdote fiel a Roma contou a UCA News que os padres tiveram quer cancelar as aulas de catecismo e as romarias no mês de agosto.
As comemorações da festa da Assunção de Nossa Senhora – 15 de agosto – corriam sério risco de serem canceladas.
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