O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Academias de dor e castigo fabricaram medalhistas da Olimpíada

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









Na última Olimpíada os atletas chineses ganharam um número anormal de medalhas, porém elas foram sendo "produzidas" a um custo assustador, num regime carcerário, desde crianças, anos a fio.

A matéria da BBC sobre essa preparação foi reproduzida por O Globo em 2012 e os frutos se contabilizaram nas Olimpíadas que vieram depois.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Incêndio mal-explicado devora um dos novos arranha-céus da TV em Pequim

TVCC pegando fogo
O Television Cultural Center (TVCC), uma das “maravilhas” com que Pequim pensou projetar no mundo uma imagem de uma “Nova China” super-potência, foi devorado parcialmente pelas chamas, como noticiou a grande imprensa.

O fogo destruiu completamente uma das torres que possui 34 andares. Ela deveria ter acolhido estudos de gravação, um teatro para 1.500 espectadores, cinemas digitais, sala de dança, instalações para eventos e um hotel cinco estrelas com 241 quartos.

A torre fica ao lado de mais outras duas estruturas inclinadas, singulares pela sua extravagância.

Elas se conectavam pela base e pelo topo, formando um conjunto que os populares qualificaram de “cueca de aço”. Algo muito pouco empolgante.

Os bombeiros não estavam equipados para uma catástrofe dessa magnitude. A polícia apareceu com muito atraso.

Imensas labaredas reduziram a cimento calcinado o prédio fruto de megalomania ideológica e que custou mais de 100 milhões de dólares.

TVCC em construçãoAs primeiras notícias e fotos devem-se a internautas.

A censura agiu logo. Mas, o regime reagia de modo atabalhoado e incerto.

Até que, vendo que a notícia do desastre se espalhava, produziu sua contra-informação.

Os comentários populares atribuíam o desastre a fogos de artifício. Então, a agência oficial de notícias Xinhua manipulou essa versão. Ela afasta as versões mais comprometedoras, que envolveriam a corrupta administração socialista, as manias de prazeres mirabolantes por parte da nomenklatura, a custas do erário público.

TVCC, policia chegou tardeDepois, o regime teceu outra versão: os diretores da TV, responsáveis do prédio, teriam organizado de cabeça própria um festejo com fogos que, mal feito, transformou o arranha-céu numa tocha fabulosa. Os diretores até saíram a público pedindo perdão. 12 deles teriam ido para a prisão.

Custa se acreditar nas quantidades fabulosas de material para fogos que precisava ter nesse prédio para dar tal incêndio. Segundo o "Washington Post", mais de 80 pirotécnicos contratados estavam no arrana-céu na hora do descalabro.

TVCC calcinadaA TVCC deveria ter iniciado as transmissões durante a Olimpíada, mas a desorganização impediu que o complexo estivesse pronto para o show de propaganda marxista.

O conjunto arquitetônico custou perto de 600 milhões de dólares.

A TVCC pretende ser uma rede que atinja o mundo todo. Ela quer imitar o esquema da BBC britânica.

As transmissões desde o complexo estariam controladas pela censura e serviriam aos intuitos ideológicos do Partido Comunista.

Os populares interpretam o incêndio como mau augúrio.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Skype espionado pela China. Milhões de mensagens copiadas, arquivadas e/ou interceptadas, revela Universidade de Toronto

Monitor Guerra da Informação
A equipe de trabalho Citizen Lab da Universidade de Toronto, Canadá, desvendou um vasto esquema de espionagem montado pela China para monitorar mensagens e arquivos transmitidos pela Internet. O sistema está focado no popular Skype de telefonia e mensageria online. Os dados foram publicados pelo “New York Times”.

Durante as Olimpíadas pesquisadores chineses denunciaram o funcionamento de uma “Polícia da Internet” marxista a serviço de Pequim. Ela inclui por volta de 30.000 agentes para espionar as comunicações do país com o exterior. O sistema é conhecido como “Grande Firewall da China”.

Agora o Citizen Lab descobriu uma rede de oito grandes servidores chineses que contêm mais de um milhão de mensagens interceptadas. Os técnicos canadenses puderam entrar nesses computadores a través de uma falha de segurança e reconstruir uma lista das palavras que desencadeiam a espionagem e/ou a censura.

Centro de imprensa, Jogos PequimA lista inclui termos como “democracia” e “direitos humanos”, passa por nomes próprios e chega a minúcias como “terremoto” e “leite em pó”, eventos catastróficos cujas conseqüências a ditadura socialista quer ocultar e/ou silenciar.

O sistema além do mais corta mensagens de texto. Tendo detectado palavras proibidas o sistema guarda uma cópia e impede a mensagem chegar ao destinatário.

Segundo o site Information Warfare Monitor (Monitor da Guerra da Informação) apoiado pela própria Universidade de Toronto, os dados colhidos permitem afirmar que tão só nos últimos dois meses, a “polícia da Internet” chinesa censurou mais de 166.000 mensagens escritas por 44.000 usuários.

Os pesquisadores temem que os censores desta “polícia da Internet” funcionem dentro da própria Skype da China (a Tom-Skype) tal vez combinados com o sistema policial oficial.

Nart Villeneuve, diretor de pesquisa têcnica do Citizen LabNart Villeneuve (foto), diretor de pesquisa têcnica do Citizen Lab, percebeu que escrevendo certas palavras no Tom-Skype, uma mensagem encriptada saia para um endereço não identificado da Internet. Foi atrás da pista e descobriu que as mensagens eram arquivadas em computadores da própria Tom-Skype.

Ele tentou analisar o caso e percebeu que em virtude de uma má configuração podia-se ler os diretórios dos receptadores com um simples browser. Assim descobriu o esquema: centenas de arquivos, cada um contendo milhares de mensagens capturadas e arquivadas junto com os endereços e nomes dos autores.

Ainda achou gravadas comunicações telefônicas pelo Skype, junto com os nomes das pessoas e seus números de telefone.

Villeneuve acrescentou que havia também conversas não apenas de usuários de ou para a China, mas conversas internacionais do Skype colhidas fora do país. O que indicaria que também os ocidentais poderiam estar sendo espionados, sobre tudo se entraram em contato com alguém na China.

“Nós teriamos podido fazer um download de milhões de mensagens de usuários identificados”, disse Ronald J. Deibert, professor de Ciências Políticas da Universidade de Toronto. “Este é o pior dos pesadelos dos teóricos da conspiração da vigilância que se tornou realidade, apenas que não há extraterrestres”, acrescentou.

Policiamento na Praça Tiananmen, PequimJennifer Caukin, da eBay firma proprietária do Skype garantiu que a empresa funciona bem e que a acessibilidade das mensagens está garantida. Porém, o “New York Times” observou que não é isso o que está em questão e que a empresa não disse nem palavra sobre a espionagem.

“A China é um dos locais mais conectados do mundo e eles estão fazendo uma guerra contra sua população”, comentou Pat Peterson, vice-presidente para a tecnologia do grupo Cisco’s Ironport, que fornece segurança aos sistemas de mensageria.

Outras empresas ocidentais já foram denunciadas por cooperarem com a repressão oficial. Entre elas está a Yahoo, que em 2005 forneceu informações à ditadura marxista que permitiram o encarceramento do jornalista dissidente Shi Tao, condenado a 10 anos de cárcere.


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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nos Jogos, a censura e a repressão levaram todas as medalhas... da injustiça

Para entender a logomarca das Olimpíadas, pesadelo chinês
A brutal deterioração dos direitos humanos no país foi um dos mais evidentes frutos dos Jogos Olímpicos em Pequim.

Os organizadores pretenderam ter cumprido todas as promessas feitsa em matéria de liberdades.

Mas o que se viu na China é que a polícia “limpou” a cidades de “ativistas dos direitos humanos”, sob pretexto dos Jogos.

O regime generalizou as “prisões administrativas”, i. é, o envio sumario e sem processo de qualquer suspeito para um campo de concentração longe das capitais.

Nesses campos aplica-se as velhas fórmulas criminosas marxistas de “reeducação pelo trabalho” ou “reabilitação de drogados”, para reformar o pensamento dos dissidentes. Até duas anciãs de perto de 80 anos - uma delas em cadeira de rodas - ganharam um ano nesses campos por tentarem protestar nos locais oficialmente abertos para esse fim. O caso foi largamente informado pela prensa nacional e internacional.

Hu Jia, enviado a campo de concentracaoO caso do professor Liu Shaoqi foi também típico. Ele postou na internet fotos de escolas que desmoronaram matando milhares de crianças no terremoto de Sichuan, em virtude da péssima qualidade da construção: foi enviado para um “campo de trabalho” por um ano.

A acusação policial foi de “difundir rumores e destruir a ordem social”. A mulher de Liu confirmou que ele seguia internado num campo de trabalhos forçados.


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domingo, 31 de agosto de 2008

Absurdos econômicos para obedecer às Olímpicas exigências ideológicas do socialismo

Pequim, Hotel Shangri-La, cinco estrelasDurante os Jogos Olímpicos de Pequim houve uma queda de 20% no número de turistas estrangeiros, em relação à igual período de 2007.

Os dados são oficiais da Secretaria para o turismo. A queda deu-se apesar do corte no preço dos quartos e serviços.

A queda foi atribuída às dificuldades postas pelo regime policialesco à entrada de estrangeiros, alegando “motivos de segurança interna”, explicou AsiaNews.

Por sua vez, o diário “The Sunday Times” de Londres noticiou que milhares de camponeses chineses foram jogados na miséria porque água indispensável à agricultura foi desviada para garantir as necessidades dos Jogos Olímpicos.

Açude sêco, pesadelo chinêsA revelação da falta dessa infra-estrutura básica era inconveniente para a propaganda do regime, que fez tudo para “suprimí-la”.

A apenas 90 minutos ao sul de Pequim de trem, reportou “The Sunday Times”, descobria-se uma outra realidade.

Não era a olímpica falácia festiva da capital comunista: terras secas, plantações em agonia, camponeses beirando o desespero, endividados, e em certos casos se suicidando.

Entre as duas Chinas ‒ a da tapeação ideológica e a da realidade ‒ erguia-se um cordão sanitário de tijolos e de centenas de agentes de segurança encarregados de que ninguém visse o que estava acontecendo.

A realidade parecia pesadelo orwelliano. A planificação central socia-lista avisou com precedência que não haveria água em Pequim para os Jogos. Decretos foram abaixados para em “cem dias de luta” construir mais de 300 quilômetros de canais e dutos até a capital.

Açude seco, China. Pesadelo chinêsPorém, ninguém disse uma palavra sobre o que acontecera. As taxas pela água subiram 300%, i. é, ficaram impagáveis. Muitos canais de irrigação secaram sem explicação.

O nível das águas subterrâneas ficou inatingível, as plantações morreram, os campos foram abandonados e as casas camponesas ficaram desertas.

Perto de 31.000 habitantes da região de Baoding queixaram-se de terem perdido casas e terras.

A mídia oficial, entrementes, anunciava que a popu-lação exultava de regozijo por fazer um sacrifício em aras do bem nacional.

O jornalista do “The Sunday Times” viu canais de concreto vazios ou com poças de água de chuva, ou simplesmente inacabados, e reservatórios en-tupidos de lama ou pedregulho. A poeira obscurecia o horizonte.

Checkpoint Pequim, Olimpíadas“Nossos córregos e rios não têm mais água” deplorava Wang Duchuan, camponês de 30 anos. “O quê faremos para cultivar arroz? Não temos água nem para milho”, acrescia tomado pela desesperança.

Outro recurso oficial para solucionar o problema da água foi banir legiões de operários da capital.

No interior, a ditadura recorreu à repressão dos infelizes.

Controles nas estradas impediam a migração para as cidades, sobre tudo para Pequim. Os taxis só podiam levar passageiros “inusuais” com permissão exclusiva da polícia.

Checkpoint Pequim, OlimpíadasO jornalista do “The Sunday Times” viu soldados armados que controlavam em 10 pontos uma das estradas que levava para um reservatório. Em cada parada, uma faixa proclamava “Controle de Segurança das Olimpíadas”. Pouco importava que estas acontecessem a mais de 160 quilômetros de distância.

Nos controles, cartazes ofereciam um prêmio de R$25.000 para aqueles que delatassem “informações especiais Olímpicas” ao esquema de repressão.


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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Hostilidade ao catolicismo bate recordes nas Olimpíadas

Presos por protestar contra China, Katmandu, Nepal, pesadelo chinês“Eles têm rostos de pedra. Eles encaram carrancudos os estrangeiros em Pequim. É preciso fazer algo. O fato de andarem armados e com um ar sinistro piora as coisas”, alertou Gerhard Heiberg membro norueguês do Comitê Olímpico Internacional (COI) a respeito dos policiais e soldados que garantem a segurança da Olimpíada.

Mas os membros do colaboracionista COI riram dele, noticiou o norueguês Aftenposten.

Capela católica em aldeia tibetana, Yunnan, 1994, pesadelo chinêsNos mesmos dias os bispos e sacerdotes católicos fiéis a Roma da área de Pequim e circunvizinhanças recebiam ordem dos policiais marxistas de “cara de pedra” para não distribuírem os sacramentos durante os Jogos. Nem sequer a Unção dos Enfermos para os agonizantes.

As igrejas “patrióticas” ‒ i. é, do cisma socialista montado pela ditadura ‒ permaneceram abertas e exibem faixas convidando a rezar pelo bom sucesso dos Jogos. Sacerdotes e bispos “patrióticos” sorriem aos visitantes estrangeiros, dão entrevistas aos jornalistas elogiando a liberdade religiosa sob o socialismo e distribuem Bíblias com o imprimatur do regime ateu!

Mas, no aeroporto, a alfândega confisca as Bíblias trazidas por turistas estrangeiros.

Mons. John Tong, bispo coadjutor de Hong Kong, informou AsiaNews, foi convidado a assistir à inauguração. O prelado compareceu em espírito de diálogo e de distensão com o comunismo. Em Pequim, ele quis visitar o arcebispo. Resposta imediata: NÃO. Mons. Tong, como convidado, foi para o hotel indicado. Ali soube que devia ficar pelo menos duas noites, mas ele tinha visto só para uma noite! O hotel o pôs na rua. Foi salvo por um fiel que lhe deu hospedagem...

Igreja perseguida na China, Pesadelo ChinêsOs bons sacerdotes da capital tiveram que se exilar temporariamente no interior. O fluxo contrário está proibido. Os policiais de “ar sinistro” impedem que os provincianos ingressem em Pequim de medo que sejam portadores de germens de denúncia.

Os policiais vasculham áreas residenciais e centros de transporte à procura de indesejáveis “infiltrados”, informou UCANews, agência que recebe muitos dados por vias extra-oficiais desde a capital e o interior da China.

Em Tianjin, na província de Hebei, onde está Pequim, os bispos fiéis foram postos em prisão domiciliar sob estrita vigilância, e proibidos de ter contato com seus sacerdotes. Só os padres “patrióticos” podem administrar os sacramentos.

Os leigos católicos foram ameaçados caso recebam bons padres nas suas casas.

Proibições semelhantes vigoram nas províncias de Anhui e Shandong, na China oriental, acrescentou UCA News. No nordeste da China, o bispo Joseph Wei Jingyi de Qiqihar disse ter recebido advertência telefônica oficial para interromper as atividades religiosas durante os Jogos.

Missa clandestina, Shaanxi,1995, Pesadelo chinêsEm Wuqiu, condado de Jinxian, Hebei, - sempre segundo UCANews - o esquema represivo marxista montou um posto de controle frente à catedral do bispo fiel a Roma D. Julius Jia Zhiguo a fim de vigiá-lo 24 horas sobre 24. Cada duas horas, quatro agentes entram na residência do bispo perseguido para monitorar o que está fazendo. O prelado, corajosamente segue celebrando a Missa todos os dias.

Na Mongólia Interior um sacerdote fiel a Roma contou a UCA News que os padres tiveram quer cancelar as aulas de catecismo e as romarias no mês de agosto.

As comemorações da festa da Assunção de Nossa Senhora – 15 de agosto – corriam sério risco de serem canceladas.


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sábado, 16 de agosto de 2008

A “superpotência” da tapeação

Cubo de Água, Pesadelo chinêsExplorando o interesse de Ocidente pelo esporte, a China lançou uma jamais vista operação de guerra psicológica para passar ao mundo a idéia de que ela é uma super-potência.

O artifício enganoso aplicado nestas Olimpíadas não é novo. Conta-se que o ministro russo Grigori Potemkin querendo impressionar a czarina da Rússia Catarina a Grande, em viagem para a Criméia, montou aldeias de papelão que vistas a distância davam idéia de grande progresso. Nasceu ali, em 1787, a expressão “aldeia Potemkin”.

Agora a TV está nos apresentando uma China de uma modernice ovante capaz de gastar 40 bilhões de dólares numa Olimpíada. Na realidade, ela não nos mostra a realidade, mas uma imensa e aparentemente maravilhosa “aldeia Potemkin”.

Qual é o real valor qualitativo das faraônicas construções comunistas para estes Jogos? Pelo menos deve se dizer que não há consenso.

Ninho de pássaro. Pesadelo chinêsO jornalista Marcelo Coelho fez uma descrição original na “Folha de S.Paulo” de 06-08-08, em artigo intitulado "Olimpíada sinistra":

“Achei detestável ‒ escreveu ‒ a arquitetura que o evento produziu. Aquele tal ninho mumificado que criaram para servir de estádio me parece um acinte ao próprio ideal clássico de equilíbrio que, em teoria, tinha de inspirar uma Olimpíada.

“Criou-se uma bagunça de bandagens metálicas, com 36 km de talas de aço, misto de camisa-de-força e macarrão de pacotinho, como a figurar um monte de amarras impostas sobre alguma força interna que poderia se expandir se deixassem. (...)

“O famoso “Cubo de Água”, que nem é cubo, talvez impressione ao vivo; nas fotos, tem forte semelhança com aqueles shoppings de artigos contrabandeados que abrem e fecham todo o tempo aqui em SP.

Presa por pedir casa própria, Shangai. Pesadelo chinês“(...) Até as favelas (...) foram arrasadas para a construção dos novos palácios da 'modernidade'.

“Os moradores que tentaram resistir à remoção foram silenciados. Veja-se, sobre isso, o relatório da organização internacional Human Rights Watch na internet.

“Isso, para glória da modernidade arquitetônica e da 'perfeita organização' dos Jogos de Pequim”.



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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

No interior acirra-se a violência contra o mal-estar popular

Fábrica de cimento, Wuhu, Pesadelo chinês
Uma cidadinha inteira vem de ser arrestada pela polícia por protestar durante os Jogos Olímpicos, informou a agência AsiaNews, do Pontifício Instituto para as Missões no Exterior, Milão.

Trata-se de Xingquan, província de Yunnan. Os moradores protestam há muito pelo envenenamento da água provocada pela fábrica de cimento da Gaoyuan Building Materials Company.

A polícia prendeu 107 habitantes do local. Cao Jinming, governador do condado avisou que “os criminosos envolvidos no incidente serão todos eles tratados com severidade e dureza”.

O protesto não é novo, e é um das dezenas de milhares de atritos que convulsionam o interior do país contra a desastrosa industrialização do país. Em Xingquan as autoridades deixavam correr as manifestações públicas de mal-estar. Agora com as Olimpíadas a repressão endureceu drasticamente.

Repressão estudantes junto ao 'Ninho de passaro'. Pesadelo chinêsAinda segundo AsiaNews, agência bem informada dos fatos internos da China, em torno de Pequim multiplicam-se as pequenas protestas isoladas.

Elas são abafadas logo pela polícia.

Em Pequim houve protestos de pequena entidade protagonizados por estrangeiros. Também foram reprimidos instantaneamente pela polícia.

Um grupo pro-Tibet que tentou reunir jornalistas num hotel próximo do Estádio dos Trabalhadores, foi expulso pelo diretor do hotel aduzindo que sua presença “punha em perigo quem trabalha no local”.

Bush na abertura dos Jogos Olímpicos. Pesadelo chinêsNo clima de expectativa esportiva, analistas referidos por AsiaNews julgam “secundário” que o presidente George W. Bush tenha exprimido “profunda preocupação” pela violação dos direitos humanos na China.

Tais propósitos ficaram protocolares quando ele foi prestigiar com sua presença a inauguração dos Jogos. Bush quis contentar gregos e troianos.

De fato, a defesa dos direitos religiosos e humanos dos chineses exigiam atitudes de maior quilate.


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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pequim: fachada cinematográfica, âmago de miséria e servidão

Aeroporto de Pequim, pesadelo chines
Atletas, jornalistas e turistas verão cinematográficos estádios e arranjos nas avenidas, aliás muito contestados estética e praticamente, e de uma qualidade de papelão e plástico chinfrim.

Só se prestarem atenção ‒ é bom não perguntarem de mais ‒ perceberão o muro que esconde a parte pobre de Pequim que a ditadura socialista não conseguiu arrasar em tempo para as Olimpíadas.

Por trás do muro as pessoas não ousam declinar seu nome e ouvem com terror qualquer crítica ao governo feita na sua presença. Os espiões estão na escuta.

Durmindo na rua, Pequim. Pesadelo chinesO muro já foi chamado de “segunda muralha da China” e foi levantado em tempo recorde de três horas. Ritmo de escravo trabalhando sob chibata.

O muro fica próximo da Praça da Paz Celestial, onde o povo que pedia liberdade foi esmagado pelos tanques em 1989.

As moradias são minúsculas e paupérrimas. Os banheiros são externos e coletivos. Há entulho por toda parte.

Expulsos da casa, Pequim. Pesadelo chines.As estatísticas oficiais falam que entre 1991 e 2003, o regime demoliu perto de 550 mil casas que abrigavam 1,5 milhão de pessoas.

O processo acelerou-se vertiginosamente na perspectiva dos Jogos.
E os habitantes? Ora, os habitantes... foram oficialmente enviados “para locais melhores”.


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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Jogos abrem sob o espectro da tortura para os jornalistas não dóceis ao regime

Brutalidade chinesa contra jornalistas, Pesadelo chinês
Um atentado que veio como que de encomenda para “justificar” o policiamento comunista das Olimpíadas. Ocorreu na Província de Xinjiang. Segundo a versão oficial, uma bomba atribuída a separatistas muçulmanos matou 16 policias em 04-08-08.

Dois jornalistas japoneses foram cobrir as investigações do atentado no local. Ingenuidade primária. O fotógrafo Masami Kawakita, do jornal ‘Chunichi’, e o repórter Shinji Katsuta, da Nippon Television Network, foram presos em frente da própria delegacia pelos policiais e levados a um local escuso para serem torturados.

Segundo o Clube de Correspondentes de Pequim, Kawakita foi pendurado pelos braços e pernas, espancado e atirado no chão. Um dos agentes comunistas esmagou seu rosto prensando-o com o pé contra o solo.

Polícia em Tiananmen, pesadelo chinêsPara Kawakita o fato foi “inacreditável”. Ele disse nunca ter sofrido algo assim em 15 anos de jornalismo.

Por sua parte, Katsuta descreveu o acontecido em transmissão ao vivo para sua TV, no Japão. “Minha cabeça foi prensada no chão, ‒ contou ele ‒ torceram meu braço e bateram no meu rosto duas ou três vezes”.

Além de apanhar, os dois tiveram seus equipamentos danificados. O maior crime fora tentar apurar a verdade.

O governo japonês e o Clube de Correspondentes Estrangeiros de Pequim protestaram formalmente. A ditadura chinesa apresentou desculpas “para inglês ver”.

Porém, a mensagem do governo ficou bem clara, e ela diz o que é que aguarda a quem informe o que o regime não quer.

“Isso é totalmente inaceitável e particularmente grave a apenas dias do início dos Jogos Olímpicos, um período para o qual a China prometeu completa liberdade de imprensa”, declarou irenicamente o presidente do Clube de Correspondentes, Jonathan Watts.

Um protesto mais para ficar constando em algum arquivo. Nenhum posicionamento verdadeiramente sério se seguirá dessa queixa.


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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Amnesty International desiste de propaganda que denuncia a repressão da China nas Olimpíadas

Amnesty International, tiro ao alvo, pesadelo chinêsSegundo “Le Figaro”, a secção francesa da ONG Amnesty International encomendou à empresa TBWA cartazes alusivos ao desrespeito dos direitos humanos na China, para difundir por ocasião das Olimpíadas.

Os cartazes mostram com insólita crueza o estado desses direitos sob o comunismo chinês.

Num, um policial guarda o revólver fumegante após ultimar uma vítima amarrada a um alvo de tiro. Num outro, agentes do governo torturam por afogamento numa piscina olímpica. No terceiro uma mulher aparece encadeada a um peso para levantamento.

Em breve: tudo para produzir sensacional impacto propagandístico. Porém, era algo danoso demais para o comunismo chinês. E a Amnesty International recusou o projeto.

Amnesty International, natação, pesadelo chinêsA secção eslovaca da mesma ONG tomou idêntica iniciativa. Mas acabou encerrando-a de modo parecido: só difundir a propaganda nos estreitos limites da Eslováquia, jamais no resto do mundo.

Assim são essas ONGs que a mídia apresenta como heróis dos direitos humanos. Ferozes quando se trata de denunciar algum fato no Ocidente; tímidas e concessivas quando o esquerdismo, neste caso o comunismo, estão seriamente comprometidos.

As imagens recusadas giram pela Internet, enquanto nesta ainda houver liberdade...

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dramas ocultos por trás da modernidade da Olimpíada de Pequim

Estadio Olímpico de PequimA modernidade ovante dos estádios olímpicos de Pequim [foto] esconde desordens de pesadelo, informou o diário “La Croix”.

Pequim vive envolta numa nuvem de poluição e poeira que impede enxergar a mais de 100 metros, mas o governo decretou que o primeiro dia da Olimpíada deve ser ensolarado.

População see queixa de métodos danosos do governo para combater a poluição“Em Pequim, com 150 microgramas de poeira por metro cúbico, o governo considera o ar não-poluído. Em Paris, com 125 microgramas, aconselha-se as pessoas a ficarem em casa”, explicou Julien Chol, vendedor de máscaras anti-poluição.

A cidade de Pequim não é quase perceptível desde aviões e satélites a partir de pequenas alturas (foto embaixo).

A população se queixa de que o governo bombardeia as nuvens de poluição com substâncias químicas e que os habitantes passam mal há semanas por causa disso.

Massas de miseráveis que moram na rua para acabar as obras olímpicas serão expulsas sumariamente para não serem vistas pelos estrangeiros.

Pensar que embaixo dessa nuvem de poluição deveria se enxergar a grande capital chinesa...As fábricas pararão durante os Jogos para não asfixiar os atletas. O governo planeja draconianos rodízios especiais de carros. Milhões de habitantes poderão ficar impedidos de usarem seus carros.

Os controles policiais estão cada vez mais invasivos nas residências, inclusive dos estrangeiros.

Mais de um milhão e meio de pessoas foram desalojadas até pela violência da repressão, ameaças e prissões. O objetivo foi construir instalações olímpicas às pressas, ou simplesmente para que suas míseras casas não prejudiquem a imagem do comunismo que o regime quer passar, denunciou, por sua vez, o Centro de Direito de Moradia e Desapropiações com sede em Genebra.

O dia da inauguração deve ser azul. Ai de quem não o veja dessa cor!

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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Perto das olimpíadas, cresce repressão na China comunista

Na iminência dos Jogos Olímpicos, o regime de Pequim recrudesceu a repressão aos dissidentes [foto].

Para o governo chinês, o evento é uma imensa oportunidade de propaganda comunista. Quem critica a ditadura é enquadrado no crime de “incitação à subversão do poder do Estado” com atos que “violam o espírito olímpico”.

Para o diário parisiense “La Croix”, o “ano novo chinês começou mal”, pois ferve a cólera, o descontentamento e a frustração.

Segundo o insuspeito diário “Le Monde”, o “enrijecimento repressivo” é executado através de prisões, expropriações e corrupção.

A respeito dessas injustiças socialistas, grandes órgãos da imprensa brasileira silenciam, abafam, distraem as atenções, parecendo ter uma inexplicável cumplicidade com o comunismo chinês.