Um atentado que veio como que de encomenda para “justificar” o policiamento comunista das Olimpíadas. Ocorreu na Província de Xinjiang. Segundo a versão oficial, uma bomba atribuída a separatistas muçulmanos matou 16 policias em 04-08-08.
Dois jornalistas japoneses foram cobrir as investigações do atentado no local. Ingenuidade primária. O fotógrafo Masami Kawakita, do jornal ‘Chunichi’, e o repórter Shinji Katsuta, da Nippon Television Network, foram presos em frente da própria delegacia pelos policiais e levados a um local escuso para serem torturados.
Segundo o Clube de Correspondentes de Pequim, Kawakita foi pendurado pelos braços e pernas, espancado e atirado no chão. Um dos agentes comunistas esmagou seu rosto prensando-o com o pé contra o solo.
Para Kawakita o fato foi “inacreditável”. Ele disse nunca ter sofrido algo assim em 15 anos de jornalismo.
Por sua parte, Katsuta descreveu o acontecido em transmissão ao vivo para sua TV, no Japão. “Minha cabeça foi prensada no chão, ‒ contou ele ‒ torceram meu braço e bateram no meu rosto duas ou três vezes”.
Além de apanhar, os dois tiveram seus equipamentos danificados. O maior crime fora tentar apurar a verdade.
O governo japonês e o Clube de Correspondentes Estrangeiros de Pequim protestaram formalmente. A ditadura chinesa apresentou desculpas “para inglês ver”.
Porém, a mensagem do governo ficou bem clara, e ela diz o que é que aguarda a quem informe o que o regime não quer.
“Isso é totalmente inaceitável e particularmente grave a apenas dias do início dos Jogos Olímpicos, um período para o qual a China prometeu completa liberdade de imprensa”, declarou irenicamente o presidente do Clube de Correspondentes, Jonathan Watts.
Um protesto mais para ficar constando em algum arquivo. Nenhum posicionamento verdadeiramente sério se seguirá dessa queixa.
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Jogos abrem sob o espectro da tortura para os jornalistas não dóceis ao regime
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