Atletas, jornalistas e turistas verão cinematográficos estádios e arranjos nas avenidas, aliás muito contestados estética e praticamente, e de uma qualidade de papelão e plástico chinfrim.
Só se prestarem atenção ‒ é bom não perguntarem de mais ‒ perceberão o muro que esconde a parte pobre de Pequim que a ditadura socialista não conseguiu arrasar em tempo para as Olimpíadas.
Por trás do muro as pessoas não ousam declinar seu nome e ouvem com terror qualquer crítica ao governo feita na sua presença. Os espiões estão na escuta.O muro já foi chamado de “segunda muralha da China” e foi levantado em tempo recorde de três horas. Ritmo de escravo trabalhando sob chibata.
O muro fica próximo da Praça da Paz Celestial, onde o povo que pedia liberdade foi esmagado pelos tanques em 1989.
As moradias são minúsculas e paupérrimas. Os banheiros são externos e coletivos. Há entulho por toda parte.As estatísticas oficiais falam que entre 1991 e 2003, o regime demoliu perto de 550 mil casas que abrigavam 1,5 milhão de pessoas.
O processo acelerou-se vertiginosamente na perspectiva dos Jogos.
E os habitantes? Ora, os habitantes... foram oficialmente enviados “para locais melhores”.
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Pequim: fachada cinematográfica, âmago de miséria e servidão
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ditadura,
miséria,
Olimpiadas
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