O gesto, reeditou, com variantes suavizadas, as cenas mais deprimentes da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung. Nela, capitalistas e proprietários eram obrigados a se a cusarem de público das faltas ou crimes que lhes atribuía o regime.
A humilhação naquela época acabava em linchamento moral e até corporal. Desta vez felizmente não correu sangue, mas a Mattel saiu com a imagem pelo chão.
A Mattel, como tantas outras empresas imprudentes, distribui brinquedos feitos na China por empresas locais que utilizavam componentes adulterados, ou desrespeitavam metodicamente os controles de qualidade.
Thomas Debrowski, vice-presidente de Mattel teve que declarar diante de Li Changjiang, chefe da agência estatal de controle de qualidade, que a culpa dos brinquedos tóxicos ou danosos “provinha de um defeito de concepção de Mattel, e não de um problema vindo dos fabricantes chineses”.
Li Changjiang mostrou-se benévolo com o penitente e disse estar satisfeito com seu arrependimento.
O governo chinês está apavorado com a reação no Ocidente face às mais recentes descobertas de remédios, alimentos, produtos de toalete, ração animal, brinquedos e outros, venenosos ou adulterados fabricados na China para consumo sobre tudo externo.
O processo de autocrítica obviamente não descobriu nenhuma culpa nas fábricas chinesas de onde saíram os produtos avariados ou danosos.
Algum que outro responsável das fábricas comprometidas, apareceu suicidado e o governo não quer falar mais do caso.
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