Lanhouse, Hebei |
Para o jornal “Le Figaro”, trata-se de uma chicotada da censura sobre as principais redes de microblogging chinesas. Na enxurrada repressiva foram fechados outros sites Internet, tendo muitos internautas sido presos, noticiou “Le Figaro” de Paris.
A medida mais espetacular consistiu no bloqueio dos comentários dos dois maiores microblogs do país: o Weibo e o QQ, equivalentes ao Twitter. Aumenos 16 sites da Internet foram fechados e numerosas pessoas arrestadas, pelo suposto crime de “fabricar e propagar falsos boatos online”.
Para censurar Internet, a agência oficial citou boatos fantasistas de um inexistente golpe militar após a defenestração de Bo Xilai, chefe do Partido Comunista de Chongqing e um dos pretendentes ao poder supremo neste ano de renovação da nomenclatura que escraviza o país.
Os internautas chineses não podem usar Twitter, Facebook ou YouTube, proibidos desde 2009, e tinham no Weibo e no QQ uma escapatória para se informarem e trocarem ideias.
“É a mais pesada campanha de repressão na Internet há muito tempo, jamais se vira tantos sites censurados”, explicou Renaud de Spens, especialista da Web chinesa.
Acrescentou que os dirigentes socialistas “tratam o povo como se fosse um bando de crianças imaturas ou de idiotas, a quem se corta qualquer coisa quando bem entendem”.
O sistema socialista já iniciou uma outra vasta campanha de controle da Internet, ironicamente apelidada de “Brisa da Primavera”. Acima de mil suspeitos foram intimados a declarar nas delegacias, 200 mil mensagens “danosas” foram apagadas, e três mil sites receberam advertências intimidantes.
Os internautas foram obrigados a registrar seus pseudônimos junto com a sua verdadeira identidade. A ordem não foi acatada, e malgrado extremamente impopular, a polícia se aprestaria a aplicá-la.
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