Yuan Jiafu, Wang Fang e Yuan Baoyi, da estatal chinesa Gezhouba, fizeram declarações que não convenceram na Argentina. Nacionalismo populista e marxismo oficial visam o mesmo objetivo. |
O grupo chinês também anunciou que está de olho no milionário projeto de Chihuido, na província de Neuquén, informou o jornal “Clarín” de Buenos Aires.
“Escolhemos a Argentina pelo seu potencial econômico e pelas necessidades energéticas do país para atender o seu crescimento nos próximos anos”, disse Yuan Baoyi, vice-presidente da Gezhouba International (GGI).
Na verdade, a sabotagem ostensiva contra as empresas “capitalistas” e “antipopulares”, segundo o discurso socialista oficial, é a causa da aflitiva falta de energia no país platino. E a China não teria conseguido as licitações se não estivesse associada aos atuais dependentes diretos da Casa Rosada.
Gezhouba apresentou como grande argumento o financiamento do Banco de Desenvolvimento da China (CDB) que prometeu financiar o 85% da mega-obra. Porém, os argumentos chineses soaram inautênticos no país platino.
A convergência ideológica e de interesses entre o nacionalismo peronista -- todo ele voltado para a luta contra as elites argentinas -- e o marxismo maoísta também radicalmente igualitário e anti-classista parece ter sido o fator decisivo.
Com efeito, os elogios de Baoyi conduziram às nuvens a empresa sócia diretamente ligada ao governo populista argentino, a Electroingeniería.
Para Baoyi “o consórcio foi o que mais bem interpretou o que pedia o Governo em matéria de financiamento, além de aproveitar os créditos que oferecem os bancos e o Governo da China”, completou sem muito embaraço.
É o populismo nacionalista argentino estreitando os laços com o marxismo radical, mas procurando se disfarçar...
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