Zhang Jianqiu, vice-presidente da Yili, patrocinador das Olimpíadas, achou que o escândalo do leite de melamina “foi uma coisa boa que ajudou a melhorar a qualidade da indústria caseira”.
Por sua vez, os tribunais da grande comarca de Henan declararam “inadmissíveis” dois pedidos de indenização de pais cujos filhos padecem de pedras no rim pelo leite com melamina.
Um tribunal de Lanzhou (Gansu) foi mais sincero: estatuiu que não aceitará nenhuma ação enquanto o executivo não indique como tratar a questão. Estando o governo pesadamente envolvido no caso, a Justiça pergunta ao réu, declarado ou presumido, o que fazer das vítimas, aliás, quase indefesas.
Os pais de Yi Kaixuan, de 6 meses, pediram à fábrica Sanlu uma indenização de perto de 300.000 reais aos tribunais de Gansu, mas os peritos duvidam que o pedido sequer seja considerado pela Justiça dominada toda ela pelo Partido Comunista. A lei admite esse direito, mas na China socialista... a lei!... ora a lei!
Mais de 100 advogados se prontificaram a defender as vítimas. Mas logo as órdens de advogados locais lhes fizeram ver que andavam pelo mau caminho. Mais de 20 já renunciou a essa função.
Zhang Xinbao, professor de Direito na Universidade do Povo da China, explicou que as autoridades “consideram uma ameaça à estabilidade social” tais iniciativas jurídicas. Leia-se: é crime que dá em prisão ou campo de “reeducação socialista pelo trabalho”.
“Proteger a Sanlu significa proteger as autoridades elas próprias”, completou.
A empresa japonesa Mitsui & Company denunciou a presencia de melamina numa partida de 20 toneladas de ovo em pó vindas da China. O ovo em pó é usado para fabricar massa e bolos.
Em Nápoles, Itália, foi seqüestrada mais de uma tonelada de leite em pó chinês que entrara no país de contrabando. O ministro de Agricultura Luca Zaia falou de “latte alla melamina”.
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
O leite de melamina: “uma boa coisa” e os tribunais julgam “inadmissível” qualquer queixa
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Anvisa proíbe importar lácteos chineses, mas eles já não estão aí?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o ingresso e comercialização de matéria-prima chinesa de origem láctea e outros alimentos que contenham leite, provenientes ou fabricados na China.
A causa é a presença de melamina, a danosa substância química que já causou pedras nos rins em mais de 53.000 crianças.
O Ministério da Agricultura, por sua vez, garante que o Brasil não comercia produtos lácteos com a China e nenhuma empresa láctea da China está autorizada a comerciar seus produtos no Brasil.
Porém, por precaução as empresas no Brasil que tenham importado produtos alimentícios da China não poderão utilizá-los para produzir alimentos ou comercializá-los. Como se houvesse temor de que eles já estejam presentes no mercado nacional.
A proibição da Anvisa não é supérflua. Também a França achava que não estava livre do perigo de intoxicação por guloseimas com melamina, e eis que foram achadas grandes quantidades delas no país. O mesmo verificou-se na Bélgica.
A Argentina baixou proibição semelhante. Mas lá teme-se. com base em contrabando apreendido pela Polícia Federal Argentina no porto de Buenos Aires e que tinha como destino final Ciudad del Este, que muitos desses produtos acabariam entrando no Brasil.
A gravidade do caso é amplificada pelo fato de que achocolatados, bolachas e bombons de marcas reputadas como a britânica Cadbury e a suíça Nestlé acusaram níveis intoleráveis de melamina.
A complicação é grande também porque parte dos produtos envenenadores foi produzida fora de China usando material tóxico chinês. A Suíça encontrou a temida melamina em bolachas chegadas da Tailândia e de Sri Lanka e alertou os demais países europeus para retirá-las do comércio (OESP, 14/10/08).
A Cadbury fez um recall geral de produtos na região da Ásia e do Pacífico.
E nós? Mais vale confiar nas bolachas brasileiras do que em importado fajuto.
Ruim é sair do restaurante depois de uma boa feijoada ou um saboroso churrasco sem saber se saboreando aquelas balinhas de presente, a gente está se envenenando a conta-gotas com melamina chinesa...
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Até móveis chineses causam danos graves à saúde
Verdadeira revolta grassa na França. Mais de 38 mil pessoas compraram móveis chineses, bem baratinhos por certo. Mas intoxicavam com um fungicida que provoca graves alergias dermatológicas.
Os sofás e poltronas foram feitos pelo grupo chinês Link Wise e foram distribuídos pela rede de lojas Conforama. A Conforama é propriedade da empresa PPR, que por sinal também possui cadeias de lojas como a Fnac, presente no Brasil, e grifes famosas como Gucci, muito procurada nas lojas brasileiras de alto luxo.
A fábrica chinesa misturou nos estofados um grande número de sacolinhas com dimetilfumarato, i. é, um fungicida tóxico. Em contato duradouro com a pela humana pode provocar profundas lesões.
A família se sentava para ver a TV no novo sofá e certo tempo depois começava a sofrer irritações estranhas. O caso se agrava, mas ninguém suspeita do sofá! Até que alguém tem que ir no médico. E este, pelo geral, detectava a alergia mas não conseguia descifrar a causa misteriosa.
Até que a intoxicação coletiva foi denunciada pelo dermatologista de Estrasburgo (Alsácia, no limite com a Alemanha), Florent Grange. Para o dermatologista Christophe Le Coz, da Universidade da mesma cidade, esta contaminação é um “risco de saúde pública”.
Conforama, ironicamente loja do conforto, enviou mais de 38.000 mensagens por correio a seus clientes. No mês de março fez um recall oferecendo troca ou devolução do dinheiro. Os lesados deveriam apresentar atestados médicos para usufruir o benefício.
Mais de 400 pessoas provaram ter sofrido danos à saúde como eczemas com atestados clínicos. 10 delas sofreram crises agudas. Christian Gibier, aposentado, 61, morador em Aube, perto de Paris, teve que fazer 69 sessões de quimioterapia, pois diante da gravidade do seu quadro os médicos confundiram a sua crise alérgica com câncer de pele.
A chinesa Link Wise, responsável pela intoxicação apelou às artimanhas verbais, como vem sendo de praxe nestes casos já tão repetidos.
Este tipo de intoxicação não é novo. O mesmo fungicida já tinha sido denunciado na Inglaterra e na Finlândia em 2007. Porém, os sofás envenenadores continuavam sendo vendidos desavergonhadamente na França.
Assim funcionam as misteriosas cumplicidades de certos macro-capitalistas ocidentais com a nomenklatura marxista chinesa.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Skype espionado pela China. Milhões de mensagens copiadas, arquivadas e/ou interceptadas, revela Universidade de Toronto
A equipe de trabalho Citizen Lab da Universidade de Toronto, Canadá, desvendou um vasto esquema de espionagem montado pela China para monitorar mensagens e arquivos transmitidos pela Internet. O sistema está focado no popular Skype de telefonia e mensageria online. Os dados foram publicados pelo “New York Times”.
Durante as Olimpíadas pesquisadores chineses denunciaram o funcionamento de uma “Polícia da Internet” marxista a serviço de Pequim. Ela inclui por volta de 30.000 agentes para espionar as comunicações do país com o exterior. O sistema é conhecido como “Grande Firewall da China”.
Agora o Citizen Lab descobriu uma rede de oito grandes servidores chineses que contêm mais de um milhão de mensagens interceptadas. Os técnicos canadenses puderam entrar nesses computadores a través de uma falha de segurança e reconstruir uma lista das palavras que desencadeiam a espionagem e/ou a censura.
A lista inclui termos como “democracia” e “direitos humanos”, passa por nomes próprios e chega a minúcias como “terremoto” e “leite em pó”, eventos catastróficos cujas conseqüências a ditadura socialista quer ocultar e/ou silenciar.
O sistema além do mais corta mensagens de texto. Tendo detectado palavras proibidas o sistema guarda uma cópia e impede a mensagem chegar ao destinatário.
Segundo o site Information Warfare Monitor (Monitor da Guerra da Informação) apoiado pela própria Universidade de Toronto, os dados colhidos permitem afirmar que tão só nos últimos dois meses, a “polícia da Internet” chinesa censurou mais de 166.000 mensagens escritas por 44.000 usuários.
Os pesquisadores temem que os censores desta “polícia da Internet” funcionem dentro da própria Skype da China (a Tom-Skype) tal vez combinados com o sistema policial oficial.
Nart Villeneuve (foto), diretor de pesquisa têcnica do Citizen Lab, percebeu que escrevendo certas palavras no Tom-Skype, uma mensagem encriptada saia para um endereço não identificado da Internet. Foi atrás da pista e descobriu que as mensagens eram arquivadas em computadores da própria Tom-Skype.
Ele tentou analisar o caso e percebeu que em virtude de uma má configuração podia-se ler os diretórios dos receptadores com um simples browser. Assim descobriu o esquema: centenas de arquivos, cada um contendo milhares de mensagens capturadas e arquivadas junto com os endereços e nomes dos autores.
Ainda achou gravadas comunicações telefônicas pelo Skype, junto com os nomes das pessoas e seus números de telefone.
Villeneuve acrescentou que havia também conversas não apenas de usuários de ou para a China, mas conversas internacionais do Skype colhidas fora do país. O que indicaria que também os ocidentais poderiam estar sendo espionados, sobre tudo se entraram em contato com alguém na China.
“Nós teriamos podido fazer um download de milhões de mensagens de usuários identificados”, disse Ronald J. Deibert, professor de Ciências Políticas da Universidade de Toronto. “Este é o pior dos pesadelos dos teóricos da conspiração da vigilância que se tornou realidade, apenas que não há extraterrestres”, acrescentou.
Jennifer Caukin, da eBay firma proprietária do Skype garantiu que a empresa funciona bem e que a acessibilidade das mensagens está garantida. Porém, o “New York Times” observou que não é isso o que está em questão e que a empresa não disse nem palavra sobre a espionagem.
“A China é um dos locais mais conectados do mundo e eles estão fazendo uma guerra contra sua população”, comentou Pat Peterson, vice-presidente para a tecnologia do grupo Cisco’s Ironport, que fornece segurança aos sistemas de mensageria.
Outras empresas ocidentais já foram denunciadas por cooperarem com a repressão oficial. Entre elas está a Yahoo, que em 2005 forneceu informações à ditadura marxista que permitiram o encarceramento do jornalista dissidente Shi Tao, condenado a 10 anos de cárcere.
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