terça-feira, 29 de setembro de 2009
Cárceres clandestinos multiplicam-se como fungos em Pequim
A existência desses cárceres secretos ficou notória durante os Jogos Olímpicos.
Desde essa época eles se multiplicam como fungos, escreveu o jornal americano. Exteriormente parecem ser hotéis, ou fábricas abandonadas, mas dentro funcionam presídios administrados pela polícia.
Nesses locais, as vítimas são ameaçadas, espancadas ou mortas se não desistirem da queixa contra a administração do Partido Comunista e se não voltam logo para sua cidade.
A jovem fez o que fazem milhares de chineses: pegou o trem para ir apresentar uma queixa ante o governo em Pequim. Porém, pouco depois de chegar foi seqüestrada pela polícia perto da centralíssima Praça Tianannem e jogada numa cela com outras detentas (foto acima).
Acabou sendo violada por um guarda. Onze testemunhas viram a agressão. O crime revoltou os presos que arrebentaram portas e grades e fugiram. O guarda responsável também fugiu.
O povo apela esses “hotéis” da repressão de “cárceres negros” (foto ao lado). As autoridades regionais avisam a Pequim da partida de descontentes que tencionam apresentar queixa diante do governo central pelos mais variados motivos, até econômicos ou de emprego.
Os queixosos são aguardados por policiais ou bandidos a soldo que agem do mesmo modo. O grupo de advogados Chinese Human Rights Defenders documentou o funcionamento de mais de uma dúzia desses “cárceres negros” na capital chinesa. Neles, centenas de cidadãos descontentes são rutinariamente encarcerados, diz o pesquisador Wang Songlian.
O regime socialista nega, mas ninguém acredita nele. Nada indica que esses cárceres negros estejam em diminuição e não há perigo que o presidente Obama venha a se interessar pelos direitos humanos de opositores do comunismo. Se fossem esquerdistas ou islâmicos provavelmente a regra seria a inversa, e a mídia estaria martelando sem cessar os crimes em série dos cárceres clandestinos da ditadura chinesa.
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terça-feira, 15 de setembro de 2009
Jovem morto em campo para “viciados em Internet” reaviva suspeitas sobre a repressão socialista
Porém, o caso suscita interrogações. O governo chinês está engajado numa luta de supervivência para censurar a Internet. E continuamente passa sinais intimidantes para os usuários.
Segundo a versão oficial da Xinhua, diversas marcas foram encontradas no corpo do jovem e quatro agentes do Campo de Treinamento de Salvação de Qihang foram presos.
Para lavar um pouco o rosto, o ministro da Saúde proibiu o uso de “terapia de eletrochoque” em supostos drogados em internet. Magro consolo para os dissidentes...
A primeira clínica marxista para tratar o “vício em internet”, na realidade é parte de um hospital militar de Pequim. Seu diretor, Tao Ran, não teve vergonha ao dizer que mortes como essa não são excepcionais, pois raros campos usam métodos científicos, mas sim disciplina crua. No que é que isto se diferencia de tortura? Tao Ran não explicou.
Tao deplorou que muitos usuários da internet não exercem autocontrole. Obviamente, se o exercessem deveriam estar cantando louvores a Mão Tsé Tung e não se interessando por matérias que o regime desaprova como liberdade, direitos e religião.
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Violência abala fábricas chinesas
O diário “Le Figaro” de Paris informou de mais uma das milhares de revoltas camponesas e operárias no gigante com pés de barro.
A siderúrgica Tonghua Iron & Steel, no nordeste do país, licenciou 30.000 operários em virtude da crise industrial.
Os operários revoltados lincharam o diretor geral da firma Chen Guojun, segundo o diário oficial “China Daily”. A polícia comunista tentou reprimir os operários mas encontrou inesperada oposição.
Os populares se sentiam continuamente enganados pelos membros do Partido Comunista que dirigem a empresa.
Jamais viu-se antes tamanha revolta na China. “Eu ouvi casos de patrões seqüestrados recentemente, mas de patrões linchados (...) é a primeira vez” garantiu Jean-Philippe Béja, do Centro Francês de Estudos sobre a China Contemporânea (CEFC), de Hong Kong.
Por trás de uma enganadora aparência de estabilidade profundas divisões sociais dilaceram a China.
Estes lutuosos fatos não são bem focalizados pela imprensa brasileira. Eles de si prejudicam a imagem de superpotência que a China quer passar de si mesma. Se tivesse acontecido num país ocidental seria matéria para manchetes desmoralizadoras do capitalismo privado.
Entretanto, o Brasil não pode ser mantido na ignorância do que lá se passa.
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