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Campo de trabalhos forçados em Kunming, província de Yunnan |
A Assembleia Popular Chinesa, órgão político supremo em todo submissa ao Partido Comunista, anunciou a abolição dos “campos de reeducação pelo trabalho”, ou campos de concentração, no modelo hitlerista ou estalinista para suprimir os dissidentes, escreveu o jornal francês
“Libération”.
“Por volta de 160.000 pessoas estavam no momento presas em entre 250 e 3300 desses campos disseminados pelo país, sem julgamento e por mera decisão administrativa ou policial”, explicou Nicolas Bequelin, da organização americana Human Rights Watch (HRW).
Esse sistema carcerário foi instaurado por Mao Tsé Tung em 1957, com a finalidade de “reeducar” os “intelectuais de direita”.
Já no início os condenados podiam ficar presos sem limite de tempo, mas nos anos 80 as penas foram reduzidas no papel a um máximo de quatro anos.
Na prática, bispos e padres passaram décadas presos, e nem se sabe se alguns ainda estão com vida nesses campos de horror.