Grandes prédios inconclusos é comum na China em crise |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A China, badalada superpotência econômica, de fato titubeia a ponto de fazer temer um desabamento de efeito mundial que inauguraria o pior dos mundos econômicos, observou o Premio Nobel de Economia Paul Krugman, habitual companheiro de estrada das forças de esquerda, no “The New York Times”.
A monstruosa bolha chinesa composta de ações e imóveis estourou deixando bancos em crise, empresas imersas em dívidas e estagnação econômica. Algo semelhante experimentou o Japão no fim dos anos 80, compara Krugman.
A diferencia mais importante desses declínios é demográfica. Japão sofreu pela baixa fertilidade e diminuição da população economicamente ativa.
Mas a economia da China, que também padece por falta de jovens trabalhadores em decorrência de uma ferrenha política de controle da natalidade, encara um horizonte muito pior.
Sua economia está extremamente desequilibrada, a demanda de consumo caiu demais e sobreviveu pelo inchaço dirigista do setor imobiliário hipertrofiado agora colapsado.
E o pior é que a população economicamente ativa está diminuindo.
O comunismo chinês desintegrou a coesão social, contrariamente ao Japão, e não consegue administrar a decadência e o sofrimento massivo criador de instabilidade social.
Igualitarismo comunista exige empobrecer classes médias |
O índice de desemprego entre jovens na China é muito maior do que o japonês em todos os tempos.
Portanto, economicamente a China não será como o Japão.
Provavelmente terá um afundamento muito pior.
E o mundo apanhará repercussões negativas insuspeitadas para quem se iludiu com a fachada econômica mantida até há pouco pela ditadura socialista chinesa.
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