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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Perseguição comunista: padecimentos dos padres fiéis

Velório do Cardeal Joseph Fan Zhong-Liang, arcebispo de Shangai. Sofreu décadas em campos de concentração e prisões
Velório do Cardeal Joseph Fan Zhong-Liang, arcebispo de Shangai.
Sofreu décadas em campos de concentração e prisões.
Exemplos como os dele, inspiram a resistência católica.
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Em abril de 2023, a polícia prendeu o Pe. Xie Tianming, católico clandestino da diocese de Baoding, província de Hebei. Ele foi torturado e ainda está detido pelas autoridades por se recusar a aderir à igreja oficial estatal.

A ChinaAid escreveu que por volta das 18 horas do dia 10 de abril, o Pe. Xie Tianming, sacerdote católico clandestino da diocese de Baoding, na província de Hebei, “desapareceu”.

Descobriu-se que ele estava fora aprisionado num local secreto para receber “reeducação” política e “lavagem cerebral”.

Ele poderia enfrentar uma longa pena de prisão até “provar” que mudou de mentalidade. Devido ao bloqueio contínuo de informações por parte do governo chinês, há muito pouca informação sobre o padre.

Em Setembro de 2023, o Pe. Yang Xiaoming, da diocese de Wenzhou, província de Zhejiang, foi acusado de “falsário” por não ser reconhecido pelo governo como líder religioso, uma vez que recusou a se inscrever na Associação Patriótica.

Segundo a ChinaAid, no início de setembro foi acusado, julgado e condenado por “atividades religiosas sob o disfarce de pessoal religioso ou obter dinheiro através de fraude e outras atividades ilegais”, por não aderir à estatal Associação Patriótica Católica Chinesa.

Sofreu sanções administrativas, incluindo “a ordem de cessar suas atividades (sacerdotais)”, o confisco de rendimentos de 28.473,33 yuan (cerca de 3.500 euros) e uma multa de 1.526,67 yuan (cerca de 200 euros)”.

O Pe. Yang foi ordenado em 18 de dezembro de 2020 por Mons. Peter Shao Zhumin, da diocese de Wenzhou, aprovado pelo Vaticano, mas preso e monitorado porquee recusa entrar na Associação Patriótica Católica Chinesa”.

Assanhamento contra Mons. Peter Shao Zhumin

Mons. Peter Shao Zhumin
Mons. Peter Shao Zhumin
Em fevereiro de 2023, as autoridades prenderam o bispo católico clandestino Peter Shao Zhumin, da diocese de Wenzhou, província de Zhejiang, impedindo-o de assistir ao funeral de um dos seus sacerdotes, informou “Bitter Winter”.

O relatório de ChinaAid registra que “em 2 de fevereiro, as autoridades apreenderam o bispo e seu secretário, Pe. Paolo Jiang Sunian, para impedi-los de comparecer ao funeral do sacerdote “clandestino”, Pe.Leo Chen Nailiang.

Mons. Shao e Pe. Leo pertencem à Igreja “subterrânea” leal à Santa Sé. O Pe. Leo era sacerdote da paróquia de Pingyang, em Wenzhou, sendo profundamente querido pela congregação.

Após o seu desaparecimento, as autoridades proibiram todos os fiéis “ilegais” de participar no seu funeral e na celebração da missa presidida por três sacerdotes da paróquia de Rui'an.

Calvário do bispo James Su Zhimin


Foto histórica de Mons. Zhimin
Foto histórica de Mons. Zhimin
O bispo James Su Zhimin continua desaparecido após ser detido pelas autoridades comunistas. Em verdade, nem se sabe se ainda está vivo ou já ingressou na imensa legião dos mártires chineses que reina nos Céus.

Ele foi visto pela última vez em 2003, e hoje completaria 92 anos. Recusando-se firmemente a aderir à cismática Associação Patriótica, dirigida pelo ateu Partido Comunista Chinês.

Ele sofreu mais de 40 anos de prisão, nas pegadas do heroico cardeal de Xangai, Ignatius Kung, que passou 30 anos na prisão por se recusar a fundar uma igreja cismática a mando das autoridades comunistas em 1955.

Mons. Su padeceu numerosas detenções pelas autoridades chinesas e “Bitter Winter” escreveu que ele “é amplamente considerado um herói pelos católicos chineses.

“Ele foi um líder leigo católico preso três vezes entre 1956 e 1975. Libertado em 1979, estudou clandestinamente para se tornar padre e foi ordenado em 1981, aos 49 anos.

“Isto levou à sua quarta prisão em 1982. Libertado em 1986, em 1988 foi escolhido bispo auxiliar de Baoding e imediatamente preso novamente, pela quinta vez.

“Após a sua libertação, foi consagrado bispo na igreja clandestina em 1993, e promovido pela Santa Sé a bispo de Baoding em 1995, o que levou à sua sexta prisão.

“Seu caso começou a se tornar conhecido no exterior e, a pedido específico dos EUA, ele foi libertado e colocado em prisão domiciliar (que considerou sua sétima prisão). Porque ele continuou a ser popular entre os católicos, ele foi levado novamente para a prisão em 1997”.

“Esta oitava detenção foi a última. O PCCh conseguiu manter em segredo o nome da prisão onde ele estava detido.

“Ele foi ‘descoberto’ por acaso por parentes em um hospital em Baoding, onde havia sido internado por problemas oculares em 2003.

“Mas assim que foram reconhecidos, a polícia o tirou do hospital. Esta é a última vez que parentes ou amigos o viram”.




quarta-feira, 5 de junho de 2024

Acordo sino-vaticano resulta em bispos e padres presos, igrejas e cruzes demolidas

A China socialista é um imenso campo de concentração para os católicos
A China socialista é um imenso campo de concentração para os católicos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Vários bispos da Igreja Católica Romana clandestina da China continuam atrás das grades enquanto o Partido Comunista Chinês (PCCh) aumenta o assédio e a perseguição violenta aos fiéis e o Vaticano observa num silêncio perplezitante em que muitos veem covardia ou felonia.

Um destes bispos já cumpriu mais de 40 anos de prisão, se ainda estiver vivo explica “Bitter Winter”, um fato que Roma parece ter pouco interesse em investigar. Segundo relatou “LifeSiteNews”

O relatório anual de 2024 da associação ChinaAid sobre a perseguição aos cristãos pelo PCCh na China destacou o aumento da vigilância dos religiosos e das suas atividades pelas autoridades comunistas.

O Partido insistiu para que todas as religiões implementem um programa de sinicização que significa a pregação da ideologia comunista e a devoção aos líderes do partido, escreveu o site “Renovatio 21”.

A ChinaAid informou que “em 23 de dezembro [2023], Wang Huning, líder supremo dos assuntos religiosos do PCCh, pediu aos participantes na 11ª Conferência de Representantes Cristãos Chineses realizada em Pequim, que ‘se identificassem com o PCCh’ e ‘mantivessem uma governança rigorosa da religião’”.

Representação de métodos clássicos comunistas contra os cristãos
Representação de métodos clássicos comunistas contra os cristãos
Novos métodos da perseguição em 2023


A ChinaAid identificou as seguintes linhas principais da perseguição instituídas pelo governo em 2023:

Rotular o recebimento de dízimos e ofertas como fraude.

Hostilidade aberta crescente para com o cristianismo com uso da violência e da tortura.

Aumento dos julgamentos secretos e bloqueio estrito de informações sobre decisões judiciais, incluindo veredictos.

Reeducar os jovens que frequentaram a igreja, dentro e fora dos templos.

O relatório também detalha o “desaparecimento” forçado de clérigos “clandestinos” que se opõem às formas de religião sancionadas pelo Estado, como a versão cismática da Igreja Católica chamada de Associação Patriótica Católica (CPA).