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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Morre o sonho das empresas ocidentais na China

Fábricas param ou diminuem a atividade
Fábricas param ou diminuem a atividade
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os executivos zombam do otimismo do governo da China, cortam os investimentos, alguns fecham fábricas e dispensam pessoal, escreveu “O Estado de S.Paulo”.

Nas últimas décadas, os chefes ocidentais olharam para a China como um lugar para fabricar coisas baratas e um mercado vasto e crescente para seus produtos.

Agora, as perspectivas pioraram, as vendas caíram e este ano não há nenhum sinal de melhora.

As empresas que estão enfrentando redução nas vendas no país vão desde a Apple, a Volkswagen, até a Starbucks, e a LVMH. “Já deveríamos ter revertido a situação”, reclama o diretor regional de uma empresa global.

Outro executivo estrangeiro lamenta que os dias de crescimento febril de sua empresa na China tenham acabado.

Embora algumas empresas ocidentais, como a Eli Lilly, fabricante de medicamentos, e o Walmart, gigante do varejo, continuem a crescer no país, suas fileiras estão diminuindo constantemente.

Um dos motivos para isso é a estagnação econômica da China.

Uma crise imobiliária fez os preços dos imóveis em todo o país despencarem e levou os consumidores a apertarem o cinto.

Desindustrialização virou palavra chave também na China
Desindustrialização virou palavra chave também na China

Em setembro, o governo central sinalizou que faria o que fosse necessário para reaquecer a economia e, em 9 de dezembro, anunciou que a China mudaria para uma política monetária “moderadamente frouxa” pela primeira vez em mais de uma década.

Mas as expectativas continuam baixas.

As vendas de imóveis ainda estão caindo, em comparação com o ano passado, e provavelmente continuarão caindo até 2025.

Apesar das promessas do governo de estimular o consumo, os indicadores de demanda estão em baixa.

No final de outubro, 27% das empresas industriais chinesas estavam registrando prejuízos.

A Starbucks cedeu sua participação no mercado para a Luckin Coffee, uma concorrente local mais barata que, em setembro, tinha 21 mil lojas no país, cerca de três vezes mais do que a rede americana e mais do que 13 mil no ano anterior.

Diz-se que a empresa está considerando vender uma participação em seus negócios na China para um parceiro local.

Em muitos setores, as empresas ocidentais não têm mais a vantagem tecnológica que tinham sobre os rivais chineses.

Os fabricantes chineses de robôs industriais agora fornecem quase metade do mercado local, em comparação com menos de um terço em 2020.

Se tudo isso não fosse ruim o suficiente, as empresas ocidentais também estão se tornando um dano colateral na rivalidade entre seus governos e o da China.

Após o anúncio das novas tarifas dos EUA e restrições à venda de ferramentas de fabricação de chips para determinadas empresas chinesas, bem como de chips de memória os fabricantes americanos saíram prejudicados.

Quatro associações industriais chinesas apelaram para reduzir as compras de chips americanos.

A lista de empresas expostas a perturbações geopolíticas está aumentando. As ações dos fabricantes 

Xi Jinping tenta equilíbrios sem sucesso
Xi Jinping tenta equilíbrios sem sucesso
europeus de conhaque, incluindo a Rémy Cointreau e a Pernod Ricard, caíram depois que a China disse que iria impor medidas antidumping sobre a bebida, em retaliação às tarifas cobradas pela UE sobre os veículos elétricos chineses.

O ditador comunista Xi Jinping se apresta a responder a Donald Trump dificultando ainda mais a vida das empresas americanas.

As empresas estrangeiras estão presas numa perigosa luta geopolítica, escreve Andrew Polk, da Trivium China, outra consultoria, que não diminuirá tão cedo.

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