Mãe e filho em Jilin, nordeste da China, onde as escolas foram fechadas pela poluição |
Uma menininha contraiu câncer no pulmão que os médicos atribuem à poluição atmosférica na província oriental de Jiangsu, segundo a agência Nova China, citada por “Le Figaro” de Paris.
A doença é raríssima nas crianças e em geral atinge pessoas por volta dos 70 anos, segundo a American Cancer Society.
Os médicos chineses atribuem o caso à poluição atmosférica, um dos tantos flagelos que se abatem sobre a saúde pública da China após políticas econômicas irrefletidas do regime socialista.
A criança, cuja identidade foi protegida com o anonimato, é o ser humano mais jovem atingido por um câncer pulmonar na China.
Segundo o Dr Jie Fengdong, médico de um hospital especializado em oncologia da cidade de Nanquim, a menininha deve ter respirado durante longos períodos poeira e partículas nocivas de origem industrial.
A poluição atmosférica provoca centenas de milhares de mortes prematuras todo ano no país, no maior desinteresse do Partido Comunista chinês e das ONGs verdes mundiais que dizem se preocupar com a qualidade do ar no planeta.
Em trinta anos, o número de decessos por essa causa cresceu em mais de 400%, segundo as cifras sanitárias oficiais. O câncer se transformou na primeira causa de na capital Pequim.
Nessa cidade como nas demais metrópoles chinesas, a densidade de partículas perigosas, como a PM 2,5 que penetra profundamente nos pulmões, atinge regularmente patamares que superam em mais de 4.000% o teto máximo admitido pela Organização Mundial da Saúde — OMS.
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