Shen Bin , pau mandado de Pequim, discursa em evento do Partido Comunista chinês. Fonte: Xinhua |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A China voltou a violar o iníquo acordo com a Santa Sé para escolher bispos, nomeando o diocesano de Xangai sem ligar para o prometido aval vaticano, informou a “Folha de S.Paulo”.
O pacto foi firmado em 2018 e foi renovado em 2022. Segundo sua letra, que todos os católicos sinceros denunciavam que não seria respeitada, as indicações de bispos e padres na China haveriam de ser reconhecidas pelo Papa.
Supostamente o tratado serviria de primeiro passo para o regime de Xi Jinping reconhecer o pontífice como líder da Igreja Católica. Falsidade perfeita pois o comunismo chinês não tolera autoridade alguma estabelecida fora do território que domina.
Os eclesiásticos oficialmente instalados no território comunista só contavam com o endosso da factícia Associação Patriótica Católica Chinesa, que é uma dependência burocrática das autoridades comunistas.
A Santa Sé só afirmou ter sido informada “há alguns dias” por meio da mídia local da decisão marxista de transferir o bispo Shen Bin de Haimen, na província de Jiangsu, para a diocese de Xangai. A embaixada chinesa em Roma não fez comentários.
A China já tinha violado o pacto em novembro de 2022 um mês depois da renovação do acordo nomeando Giovanni Peng Weizhao como bispo auxiliar de Jiangxi, diocese não reconhecida pelo Vaticano.
Mons. Zhang Weizhu, o legitimo bispo de Xinxiang leva mais de nove anos prisioneiro e não se sabe dele. Fonte: AsiaNews |
O Papa Francisco defendeu uma visão de longo prazo na China e que um diálogo imperfeito é melhor do que não ter nenhum diálogo, e entregou todos os pontos.
O Vaticano insiste com contorções verbais em que o acordo com a China envolve apenas a estrutura da igreja no país e que não se trata de relações diplomáticas.
Na prática leva as lideranças católicas a cortar laços com Taiwan para ganhar o beneplácito dos tiranos comunistas que preparam uma guerra contra o país vizinho.
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