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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Famílias e crianças punidas pelo comunismo chinês

Família de uigures dissidentes é separada à força
Família de uigures dissidentes é separada à força
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Relatório do grupo de ONGs internacionais Chineses Defensores dos Direitos Humanos (CHRD) denunciou que o governo comunista de Pequim está punindo os filhos dos “defensores dos direitos humanos” num contexto de crescente repressão à sociedade civil, informou “LifeSiteNews”.

O informe faz parte da série de relatórios anuais do CHRD sobre a situação dos defensores dos direitos humanos que protestam contra o Partido Comunista Chinês (PCCh).

O título do trabalho é: “Se eu desobedecer, minha família sofrerá”. Ele descreve a perseguição das autoridades chinesas aos defensores dos direitos básicos e seus familiares qualificados de “atos de punição coletiva”.

O relatório se concentra nos fatos de 2023, mas afirma que “as autoridades chinesas têm usado essas táticas durante décadas, infligindo danos tremendos com impunidade”.

E quando os prejudicados recorrem à Justiça na procura de alguma reparação, “muitas vezes desencadeiam mais assédio policial, brutalidade e processos legais infundados”, prossegue o atroz relato.

Esse se baseia nos testemunhos de pessoas afetadas pela punição coletiva do governo chinês em 2023, removendo os detalhes que possam identificá-los para proteger os informantes de represálias oficiais.

O capítulo 1 detalha os métodos utilizados pelos agentes comunistas contra os filhos de dissidentes. Entre eles, menciona, abusos, processos penais, incomunicação dos parentes presos, obstrução dos contatos com estrangeiros e separação familiar forçada incluindo proibição de saída do país.

As punições são coletivas contra as famílias dos dissidentes. Mas aplica outros métodos não menos dolorosos para silenciá-los.

Entre eles toda uma gama de outras ferramentas “como censura, detenção arbitrária, desaparecimentos forçados, tortura e maus-tratos, violência sexual e assédio das mulheres visando silenciar, intimidar e punir os defensores dos direitos humanos”.

Uma testemunha acrescenta que esses métodos comunistas são aplicados como “uma política informal ou oculta”.

Por exemplo, os filhos pequenos da ativista He Fangmei foram internados no Hospital Psiquiátrico Henan Xinxiang Gongji, após ela e o marido terem sido detidos pelos agentes da repressão em 2020.

Ela deu à luz uma menina em fevereiro de 2021, que lhe foi arrancada à força logo após nascida e “deixada no hospital psiquiátrico com os outros filhos”, narra o relatório, “sem o consentimento dos pais ou de qualquer parente próximo”.

As outras duas filhas de He permaneceram internadas no hospital psiquiátrico “apesar dos apelos dos familiares para que fossem liberadas”.

O hospital psiquiátrico até recusou o pedido da irmã de He para visitar as crianças, citando ordens do governo chinês.

No momento em que foi escrito o relatório as crianças estavam “desaparecidas”.

Num outro caso, familiares do advogado de direitos humanos Wang Quanzhang sofreram grande “assédio e intimidação” durante a detenção de Wang e mesmo após a sua libertação.

O governo chegou ao ponto de negar ao filho de Wang a educação, como corroboram os relatórios da ONG “Rede de Defesa dos Direitos”.

Wang finalmente fez um vídeo no YouTube detalhando sua situação: “(desde 2015). Vinte e quatro horas por dia, um grande número de pessoas desconhecidas cerca-nos, seguem-nos, tiram-nos fotografias, perturbam-nos e intrometem-se na nossa vida quotidiana.

“Minha família foi despejada à força muitas vezes. Nossa água, eletricidade e gás foram cortados.

“Quando encontrámos uma escola para o meu filho, rapidamente essa foi visitada pela polícia, que interrogou os professores e os assediou. Depois de apenas um dia, fomos informados de que meu filho não poderia mais frequentar aquela escola. Meu filho apresenta sintomas de trauma psicológico desde então”.
As famílias dos dissidentes são usadas como vítimas para a intimidação
As famílias dos dissidentes são usadas como vítimas para a intimidação
O relatório do CHRD cita ainda Li Wenzu, esposa de Wang, sobre os efeitos da perseguição sobre o seu filho, cujo nome é Quanquan:

“Uma noite, fomos acordados por chutes violentos na porta da casa de um amigo que nos acolheu. Quanquan estava tão assustado que me segurou com força, seu corpo tremendo incontrolavelmente, soluçando... A polícia entrou correndo, exigiu revistar o local, dizendo que procurava 'usuários de drogas'.

“Quando finalmente encontramos outra moradia alugada, a polícia a invadiu depois da meia-noite, gritando que a criança devia se levantar e todos deveriam ir embora, enquanto eles quebravam coisas, ameaçando nos bater se nos recusássemos a sair.

“Na manhã seguinte, Quanquan ainda estava em estado de choque, com sangramento nasal, febre alta e praticamente em estado de colapso. Desde então, ele sofre uma forte dor de cabeça, que às vezes o impede de ler, e o obriga a ficar na cama. Provavelmente é devido ao tremendo estresse.”


Os dissidentes que tentam fugir para o estrangeiro tiveram de enfrentar proibições de saída, tendência em aumento à medida que o ditador Xi Jinping aperta as suas rédeas no poder.

Wang Qiaoling, advogada e defensora dos direitos humanos, detalhou como o seu filho Zeyuan não pôde deixar a China para continuar os seus estudos devido às proibições impostas à sua família pelas autoridades socialistas:

Durante anos, o governo comunista chinês foi criticado em nível nacional e internacional por violar os direitos humanos, particularmente nas regiões de Xinjiang e Tibete, bem como em Hong Kong nos últimos tempos.

Pequim rejeita obstinadamente as denúncias das violações dos direitos cidadãos que pratica, aduzindo uma campanha internacional de difamação para obstruir o desenvolvimento da China.

Os falsos alegados produzidos pelos ditadores marxistas não são geralmente acreditados, excetuados por uma cúmplice articulação de bilionários, ideólogos e jornalistas simpatizantes do maoismo e, infelizmente, pela diplomacia vaticana do período pós-conciliar.


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