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terça-feira, 28 de outubro de 2014

China exporta cada vez mais instrumentos de tortura

Algemas para os pés com pesos fabricadas na China em 2009
Algemas para os pés com pesos fabricadas na China em 2009
Luis Dufaur

A China fabrica e exporta cada vez mais equipamentos para tortura, utilizáveis por esquadrões especiais de polícia, incluindo material concebido para a repressão de populares e a violação de direitos humanos, noticiou o jornal “El País”, de Madri.

Segundo a organização não governamental Anistia Internacional e a Fundação Ômega, da Espanha, há hoje mais do que nunca, empresas chinesas fabricando esses instrumentos de terror e de dor.

Muitas dessas empresas são de propriedade estatal e oferecem “ferramentas de tortura”, como cassetetes com pregos ou algemas com pesos.

A China não tem, e pelo jeito não quer ter, controles que regulem ou supervisem o uso e a exportação desse material perverso.

O relatório de ditas instituições – O comércio chinês de instrumentos de tortura e repressão – identificou 134 empresas produtoras (48 delas também são exportadoras), enquanto uma década atrás só existiam 28.


Cassetete com pregos
Cassetete com pregos.
“Um número cada vez maior de empresas chinesas está se beneficiando com o comércio de instrumentos de tortura e repressão, facilitando violações de direitos humanos no mundo”, declarou o pesquisador Patrick Wilcken no comunicado divulgando os resultados do inquérito.

O relatório reconhece que alguns desses equipamentos podem ter um uso legítimo por parte das forças da ordem.

Porém, outros “se destinam intrinsecamente a violações dos direitos humanos”, como cassetetes que provocam descargas elétricas, instrumentos ensurdecedores, apertadores de pescoço e outros requintes de sadismo.

O desenvolvimento desse setor industrial chinês está ligado “às incessantes práticas repressivas do sistema para manter a ordem”.

O material empregado pela China comunista visa a prática de abusos, como cadeiras metálicas com dolorosas posições ou descargas elétricas, ou substâncias químicas irritantes. Muitos desses cruéis inventos sequer são conhecidos no exterior.

O progresso de regimes cripto-comunistas, islâmicos e despóticos representa um sádico mercado ávido desses utensílios para fazer mal.


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