Passeata de isopor para impressionar o Ocidente |
No dia 3 de setembro, a China se autocomemorou com uma impressionante encenação militar em Pequim. A coreografia, ensaiada e executada milimetricamente, foi pensada de modo cuidadoso em função do consumo ocidental.
Mas após o ballet veio a crítica, e no balanço a potência comunista não se saiu tão bem.
A festa devia glorificar o fim da II Guerra Mundial, durante a qual o governo chinês – antes da instalação do comunismo – lutou ao lado dos EUA e desempenhou importante papel.
De fato, nesse conflito, o enfrentamento Japão-China teve uma parte de enorme proporção, sendo conhecido como Segunda Guerra Sino-japonesa.
Essa guerra (1937–1945) começou antes do ataque japonês a Pearl Harbor, e só a partir de 1941 passou a ser um capítulo relevante da II Guerra Mundial.
Na verdade, o Partido Comunista chinês agiu nesse episódio do modo mais antipatriótico, e o atual festejo foi pelo menos hipócrita.
O PC estava então reduzido a uma facção rebelde sustentada pela URSS e explorou a guerra sino-japonesa para minar as bases do governo nacional chinês e expandir ativamente o território sob a sua influência.