A "política do filho único" desequilibrou a pirâmide demográfica |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Por efeito de três décadas de “política do filho único”, a população chinesa deverá cair para a metade ou mais até o fim do século, divulgou o site “The Nanfang”, editado em Hong Kong.
No Foro Econômico Mundial, o especialista Zheng Zhenzhen, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, especulou que a população cairia até um bilhão no ano 2100, o mesmo numero de 1980. A ONU chegou a um resultado análogo, contido no relatório World Population Prospects.
Porém, não são esses os números dos especialistas que não estão alinhados com a planificação oficial. Eles apontam números muito inferiores.
Huang Wenzhen, da Universidade de Wisconsin, acredita que a população chinesa descerá até 580 milhões pelo ano 2100, e continuaria diminuindo até atingir o fundo com 280 milhões nos cinquenta anos subsequentes. E isso apesar de os cálculos de Huang aceitarem uma melhoria de 20% na natalidade dos próximos anos.
Embora sejam chocantemente baixas, as estimativas de Huang não são as mais desanimadoras.