Agentes do governo comunista interrompem culto pela violência. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
No distrito de Mung Khuong, o Pe. Nguyn Van Thành oficiava a Santa Missa quando os policias comunistas irromperam na igreja e o ameaçaram para suspender o ato.
Em seguida empurraram os católicos para fora, espancaram um jovem e prenderam dois outros, um deles de apenas 14 anos, noticiou o site Infocatólica.
Trn T.T, testemunha citado pelas iniciais por razões de segurança, contou: “Entre os policiais estava também Nguyn Quc Huong, o vice-presidente do distrito, e mais dois vice-presidentes de organizações governamentais”.
T. disse: “Não entendo por que me arrastaram e golpearam como se fosse um criminoso. Estrangulavam-me enquanto batiam minha cabeça contra o muro. Conduziram-me à delegacia e apagaram todos os arquivos de meu celular. Até agora meu pescoço está doendo”.
Na delegacia, T. foi “constrangido a admitir que pusera em perigo a segurança e que tinha causado desordem na comunidade. A polícia me obrigou a escrever um relatório e assinar um documento garantindo que eu não iria mais à Missa. Eu não assinei”.
Protesto de católicos contra perseguição religiosa no Vietnã. |
Alguns paroquianos contaram: “Muitas vezes pedimos às autoridades locais para construir uma pequena igreja, mas sempre nos foi negado. Temos que alugar casas para celebrar a Missa”.
A polícia “afirma que os sacerdotes não têm direito a celebrar, nem os paroquianos a participar. Quando um é pego, acusam-no de perturbar a ordem. Desse modo, o distrito de Mung Khuong viola a Constituição, que reconhece a liberdade de culto”, acrescentaram.
Porém, a Constituição é um “farrapo de papel” que serve apenas para o regime comunista mostrar aos delegados da ONU e a ONGs estrangeiras, civis e eclesiásticas, e fingir que não há perseguição religiosa no Vietnã.
Apesar do terrorismo oficial, os fiéis das regiões montanhosas do sul não se rendem: “Todos os dias celebramos a Missa e rezamos por nossas famílias e pela sociedade”, diz Trn T.T.
“Eu sou católico. Apresentei-me ante as autoridades e disse que desejava doar minha propriedade para a edificação da igreja. Mas não permitiram”.
No Vietnã, os habitantes das montanhas vão rezar no meio do campo. |
Há mais de 78.000 “dignitários” (membros do clero de todas as religiões) que vivem em mais de 23.000 locais onde se professa algum culto, espalhados por todo o território.
De acordo com o site Catálogo da Hierarquia Católica, no Vietnã há 5.658.000 de católicos, os quais representam 6,87% da população total. Há 26 dioceses (incluindo três arquidioceses), 2.228 paróquias e 2.668 sacerdotes.
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