Aluna do ciclo primário faz saudação quotidiana à sua professora. Antigos costumes voltam e restabelecem a hierarquia e a ordem |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Uma das práticas mais simbólicas do comunismo chinês está desaparecendo por via de fato. Não é a primeira que morre, mas é uma das mais sensíveis para a metafísica igualitária socialista.
Falando para os 90 milhões de membros do Partido Comunista Chinês, o presidente Xi Jinping enviou uma única e fundamental mensagem:
“Não me chamem de presidente, não me chamem de secretário do partido. Chamem-me “camarada” (“tongzhi” em chinês).
O igualitário tratamento de “camarada” foi obrigatório e universal na China marxista, escreveu o “The New York Times”.
Porém, hoje o tratamento de “tongzhi” ganhou conotações sexuais e afetivas exclusivas do relacionamento entre o público LGBT, explicou o jornal nova-iorquino.
Por isso, o Centro de Pequim para LGBT se autodenomina Beijing Tongzhi Zhongxin, ou Centro Camarada de Pequim.
Mas, o povo chinês não quer saber de todo esse igualitarismo e na vida prática abandonou o nivelador tratamento.
Mao (centro esquerda) quis fazer a igualdade completa entre 'camaradas' na Revolução Cultural. |
“Utilizar o termo camarada para se dirigir ao público não é apropriado”, explicou um funcionário da prefeitura ao oficial “Jornal para a Juventude de Pequim”.
Desde essa data, nos ônibus da cidade só se ouve falar de “senhoras” e “senhores”. E também de “amiguinhos” para as crianças, “alunos” se estão indo à escola e “estudantes” para os universitários ou equivalentes.
Para os estrangeiros também vale “jovem senhorita”, “bela senhora”, “distinto senhor” e até “mestre”, categoria que na Revolução Cultural foi cruelmente chacinada.
Ainda mais incrível, também pode se ouvir o requintado “madame”.
A recomendação oficial para a terceira idade é usar “mestre ancião” ou “senhor ancião”.
A exceção é para os saudosistas da velha guerra de classes comunista que ainda usam o macacão único maoista. Esses podem ser tratados de “velhos camaradas”, noticiou o jornal “La Vanguardia” de Barcelona.
O termo “camarada” veio da União Soviética para exprimir plena igualdade. Mas na última década passou a ser usado como sinônimo de homossexual, diz também “La Vanguardia”.
Até o tradutor de Google adotou o novo uso. Os caracteres de “tongzhi guanxi” — literalmente “relacionamento camarada”— são traduzidos por “relacionamento homossexual”, observou o “The New York Times”.
Por isso, os mais jovens se sentem envergonhados quando alguém se dirige a eles usando “camarada”.
Tudo acontece como se a revolução homossexual fosse a mais autêntica continuadora da revolução comunista que exterminou mais de cem milhões de seres humanos no século XX.
Ninguém mais na rua usa o termo evocador dos anos sinistros. Ele pode ser ouvido nas sessões solenes da cúpula do Partido Comunista e se encontra em escritos e discursos oficiais dos líderes marxistas. E mais nada.
Nos níveis inferiores do mesmo partido é comum ouvir “chefe”, “diretor”, “grande pai” e até “irmão”.
Um dos problemas, observa o jornal nova-iorquino, é que a mudança no tratamento transforma a consideração mútua entre as pessoas, inclusive dentro do partido, porque se sentem hierarquizadas, respeitadas e reconhecidas pelo que elas são.
Alunos do curso primário agradecem a seus pais por tê-los enviado à escola. O espírito revolucionário recua na China |
Na ultima reunião geral do ano do Partido Comunista, o Comitê Central emitiu uma instrução obrigando que “todos os membros do partido têm que se tratar reciprocamente de ‘camaradas’.”
Os especialistas comentaram essa imposição com muito ceticismo porque acham que ela não vai mudar muita coisa.
“Hoje, todos os que entram no partido andam à procura de dinheiro” comentou o escritor e historiador Zhang Lifan. “Você já não pode chamar essa gente de camaradas”.
E se referindo ao “camarada máximo Xi Jinping” e ao cerne duro do partido, Zhang parafraseou com ironia: “Você pode dizer que todos os membros do partido são camaradas. Mas há uns que são mais camaradas que os outros”.
Esses tiranizam o povo que lhes está dando as costas na vida quotidiana.
Bom saber que o comunismo não é mais levado a sério pelo povo chinês. Aqui no Brasil o comunismo se disfarçou de populismo de esquerda. Acredito que a maioria do professores no Brasil continuarão a disseminar o marxismo e os ideais marxistas. Mas quem sabe com o movimento de direita que surgiu a partir do Olavo de Carvalho, a elite dominante de esquerda no Brasil vá aos poucos perdendo força e espaço. Mas não vai ser nada fácil.
ResponderExcluirO comunismo é antinatural, vai contra as leis de Deus. Não é a toa que a China está tendo de voltar a trás. Um outro exemplo.
ResponderExcluirChina combate “crise” de masculinidade com novo livro escolar para meninos
http://juliosevero.blogspot.com.br/2017/01/china-combate-crise-de-masculinidade.html
marxismo(comunismo,fascismo e nazismo)é a pior desgraça da história mundial nada assassinou mais que os seguidores de Karl Marx(temos um número mínimo de 100.000.000 de pessoas assassinadas pelos adeptos e seguidores dos ensinamentos de Karl Marx)é esse tal de Karl Marx era doente mal caráter genocida perverso cínico e maligno
ResponderExcluirmarxismo(comunismo,fascismo e nazismo)é a pior desgraça da história mundial nada assassinou mais que os seguidores de Karl Marx(temos um número mínimo de 100.000.000 de pessoas assassinadas pelos adeptos e seguidores dos ensinamentos de Karl Marx)é esse tal de Karl Marx era doente mal caráter genocida perverso cínico e maligno
ResponderExcluirComumistas são desonestos,e gostam de distribuir benesses com dinheiro do estado.Do bolso deles,mesmo,não sai nada.Gostam de vida mansa e bons salários,sem contar as propinas.Tenho nojo dos pseudos comunistas brasileiros.
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