As experiências com o trem por levitação magnética de Shangai serão úteis. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A China apresentou um projeto de “trem voador” capaz de quintuplicar a velocidade dos aviões comerciais hoje em uso, noticiou o “Clarin” de Buenos Aires.
O projeto está nas mãos da estatal Aerospace Science & Industry Corporation (CASIC) que fabrica desde caminhões até foguetes. A promessa é que o futuro T-Flight atinja 4.000 quilômetros por hora, disse o engenheiro chefe Mao Kai ao canal de noticias também estatal China News Service.
“A aceleração do veículo seria mais lenta que a do avião na hora de decolar para que os passageiros não se preocupem com a segurança”, disse Kai.
A segurança!: esse é o grande temor dos chineses com as invenções que vem do governo.
O novo projeto provém do MagLev, primeira linha comercial de alta velocidade de Shangai que usa a levitação magnética. Seu percurso máximo é de 30 quilômetros, em virtude de seu altíssimo custo de implementação, e o projeto em verdade é alemão.
Neste caso, a China puxou inspiração do Hyperloop One californiano, dos trens bala e do voo supersônico dos jatos de guerra, segundo o jornal também oficial South China Morning.
Ninguém da CASIC ousou fixar uma data para o lançamento do “trem voador”, mas os engenheiros chineses acham que será cinco vezes mais rápido que os jatos comerciais e poderá chegar a países vizinhos.
Nos EUA, o protótipo Hyperloop One da Virgin atingiu os 355 quilômetros por hora em testes de poucas centenas de metros no deserto de Las Vegas, Nevada. Esse foi concebido para viajar num túnel despressurizado e poderia atingir os 1.000 quilômetros por hora em pouco tempo.
Simultaneamente a empresa ferroviária estatal chinesa (CRRC) apresentou um “ônibus inteligente” modular ao qual pode se acrescentar todos os vagões que se desejar. Ele funcionaria na base de linhas pintadas no asfalto, informou “Clarín”.
O Trem Autônomo de Trânsito Rápido poderá virar nas esquinas |
Feng Jianghua, engenheiro chefe de CRRC explicou ao site Mashable que o Trem Autónomo de Trânsito Rápido (ART) será muito mais barato que os sistemas conhecidos de metrô e bonde porque não requer infraestrutura.
A agência de imprensa estatal Xinhua noticiou que um quilômetro de metrô pode custar 102 milhões de dólares, mas a de um ônibus ART padrão ficaria por meros 2 milhões.
A China promete iniciar as viagens comerciais do ART num percurso de 6,5 quilômetros na cidade de Zhuzhou desde 2018.
A imaginação chinesa provou sua fertilidade na arte durante milênios. Depois da Revolução Cultural essa fecundidade artística virou crime e tudo foi feito para apagar o passado.
Mas com a ânsia de hegemonia planetária das últimas décadas a milenar fantasia voltou a ser empregada nos maiores blefes, fraudes, contrafações e fracassos tecnológicos.
É para se aguardar e ver o que sai. Se antes, o Irã não inventar um trem-tapete magico inspirado em Aladino, Ali Babá e os quarenta ladrões.
Veja por exemplo: Último sucesso da tecnologia chinesa não passou de fraude
Ônibus ecologicamente correto: fraude símbolo do comunismo chinês
Ao menos eles fazem projetos e tentam executar. Aqui, nessa bananolândia chamada Brasil, só em anunciar o projeto as verbas já foram surrupiadas e ninguém vai para a cadeia.
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